Israel intensificou seus ataques contra os comandantes do IRGC e do Hezbollah no Líbano e na Síria nas últimas semanas
The Cradle, 2 de abril de 2024
O consulado iraniano em Damasco, após ataques atribuídos a aeronaves israelenses, 1º de abril de 2024. (Foto: LOUAI BESHARA/AFP)
O objetivo de Israel é “agir em todos os lugares, todos os dias para evitar o aumento da força dos nossos inimigos”, disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant , em 2 de abril, numa aparente referência ao bombardeio do consulado iraniano em Damasco, na Síria, no dia anterior. .
Como é habitual, Israel não assumiu o crédito pelo atentado, que matou diplomatas iranianos e um alto comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã, Mohammad Reza Zahedi, e o seu vice.
“Estamos numa guerra em múltiplas frentes, no ataque e na defesa. Vemos evidências disso todos os dias, inclusive nos últimos dias”, disse ele em uma reunião do Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset.
Gallant diz que Israel também está trabalhando “para deixar claro a todos os que agem contra nós, em todo o Médio Oriente, que o preço por agir contra Israel será um preço elevado”.
Gallant fez comentários semelhantes na sexta-feira após os ataques israelenses em Aleppo e no sul do Líbano, afirmando ainda a sua intenção de escalar a guerra contra o Hezbollah tanto na fronteira libanesa como em outros lugares.
Falando no Comando Norte do exército em Safed, Gallant afirmou: “Israel está fazendo transição da defesa para a perseguição do Hezbollah; chegaremos onde quer que a organização opere, em Beirute, Damasco e mais além”, disse ele. “Onde quer que precisemos agir, agiremos.”
Mais de 44 pessoas, incluindo 36 soldados sírios e sete membros do Hezbollah, foram mortas nos ataques aéreos israelenses em Aleppo na sexta-feira, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR).
No Líbano, um ataque de drone israelense atingiu um carro perto da cidade portuária de Tiro, no sul, matando um membro do Hezbollah, Ali Naim.
Israel alegou que Naim era o vice-chefe do programa de foguetes e mísseis do Hezbollah.
O assassinato ocorreu depois que o Hezbollah disparou uma saraivada de foguetes Katyusha e Burkan contra os assentamentos israelenses de Goren e Shlomi.
A TV Al-Manar do Líbano disse que o grupo não havia disparado foguetes Burkan, que pesam até 500 kg, apenas contra bases militares e não contra assentamentos, mas agora estava respondendo a ataques aéreos israelenses dias antes que mataram 13 civis libaneses, incluindo nove paramédicos.
Os colonatos israelenses ao longo da fronteira com o Líbano foram evacuados pelas autoridades israelense após o início da guerra, em 8 de Outubro.
Fonte: The Cradle