Hollywood – A Farsa: E o Oscar vai para… a Al-Qaeda!

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O negócio de Hollywood é o fake. Dessa matéria prima se fazem os filmes – exibicionismo fake de uma realidade falsificada que só existe na cabeça de roteiristas, diretores e do público enganável de sempre. (Confissão: gosto de alguns filmes.)

27/2/2017, Moon of Alabama

Traduzido por Vila Vudu

 Jordan Horowitz, producer of "La La Land," shows the envelope revealing "Moonlight" as the true winner of best picture at the Oscars on Sunday, Feb. 26, 2017, at the Dolby Theatre in Los Angeles. Presenter Warren Beatty and host Jimmy Kimmel look on from right. (Photo by Chris Pizzello/Invision/AP)

Hollywood jamais se acanhou de plagiar. Cada ideia, narrativa de alguma espécie de truque cinematográfico que causou agito em algum lugar – e que portanto é geradora potencial de dinheiro – será copiada e recopiada vezes sem conta. Cada sucesso ganha um remake. E mais um.

Em 2015, o apresentador da franquia “Miss Universo” ‘leu errado’ o nome da vencedora. O homem anunciou “Colômbia” quando a escolhida era “Filipinas”. Alguns minutos depois, “corrigiu-se”, ele mesmo. Esse “erro” gerou muita atenção a mais, da mídia – e muito mais dinheiro – para o dono do evento.

A Academia de Artes e Ciências do Cinema, a organização norte-americana para marketing e lobby dos fazedores de filmes, distribui anualmente alguns prêmios precoces, arranjados para promover filmes específicos ou específicas pessoas na indústria do cinema. A premiação é cerimônia entediante, mas tratada com muita atenção e correspondentemente promovida pela indústria de mídia (promoção que, por sua vez, arrasta para as mídia-empresas toneladas de publicidade-grana dos anunciantes-empresas).

Para aumentar ainda mais o valor da premiação em 2017, o evento desse ano plagiou a ideia dos promotores do ‘evento’ Miss Universo. Um dos apresentadores anunciou o filme errado como vencedor de alguma daquelas categorias, e depois se desdisse e anunciou outro filme, o vencedor “real”. Foi tão “erro”, quanto o mais novo filme de Hollywood é narrativa de eventos reais da vida real.

Os sem memória entraram no desejado frenesi, os insiders bocejaram. “Oh… é o velho fake malfeito de sempre”.

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Um dos prêmios de 2017 foi entregue a um “documentário” inventado sobre um grupo de “resgate” inventado que faz e distribui vídeos encenados inventados, fotos posadas inventadas e “vítimas” maquiadas com sangue cenográfico, da guerra contra a Síria.

Os “Casquetes Brancos” [ing. White Helmets], auxiliares-assessores de propaganda da al-Qaeda, são atores de uma operação britânica de desinformação financiada com mais de $100 milhões do dinheiro de contribuintes norte-americanos e britânicos. A tarefa genérica desses atores é convencer o público “ocidental” de que a guerra contra a Síria seria justificada por causa da “crueldade do governo sírio” – a qual crueldade inventada os mesmos atores fake trabalham para implantar na mente dos seus consumidores.

Hollywood jamais se acanhou de passar a mão em dinheiro público para promover guerra contra um ou outro país apresentado como “inimigo”. O escritório de ligação do Pentágono em Hollywood financia inúmeros filmes. Se alguém precisa de alguns tanques e heróis militares num ou noutro roteiro, o Pentágono organiza a entrega, tanques verdadeiros e soldados, grátis – desde que, claro, o Pentágono possa ler e “corrigir” o roteiro do modo como bem entenda. Os realizadores de Top Gun precisam de aviões, porta-aviões e muitos explosivos? Sem problema. E sem custos para os produtores. Em troca, os recrutadores militares esperam apanhar os incautos apreciadores de cinema ‘de ação’, já no instante em que saem das salas exibidoras. O Congresso sempre terá muito prazer em aprovar cada vez mais dinheiro, para aviões cada vez mais inúteis.

O Prêmio da Academia reforça a mensagem distribuída pelo filme e acrescenta valor ao pessoal por trás da mensagem. As empresas de marketing que criaram e comandam os “Capacetes Brancos” com certeza arrecadarão alguns milhões extra, graças ao evento promocional que foi a premiação do Óscar, ontem.

Tudo em Hollywood é falso. O vencedor ‘errado’ é anunciado, e a al-Qaeda leva um Óscar? “Sem problema” – dizem os promotores/propagandistas de todas essas falsidades.

Exceto para o povo sírio. Para o povo sírio a destruição e a morte propagandeadas pelos habitantes dos bairros ricos de Los Angeles são reais, demasiadamente reais.*****

 

 

 

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