Continuam as investigações sobre a trucagem da operação anti-Daesh

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Enquanto o general Joseph Votel se apresta para assumir o comando do CentCom, com a missão de libertar Rakka dos jiadistas (Síria) do E.I. [1], a imprensa norte-americana retorna ao clima de medo que reina nesta unidade.

Em agosto de 2015, enquanto o general John Allen (um “falcão liberal” como David Petraeus, Hillary Clinton e Jeffrey Feltman) era o responsável da Coligação internacional anti-Daesh, o New York Times revelava que relatórios da Inteligência do CentCom tinham sido falsificados para fazer crer que a Coligação efectivamente combatia o Daesh (E.I.) [2].

No Próximo-Oriente, numerosos responsáveis políticos e jornalistas relatavam que, em lugar de lutar contra o Daesh, a Coligação Internacional lhe fornecia armas e apoio aéreo.

Em Setembro de 2015, durante a 2015 National Intelligence & Security Summit (Cimeira de Segurança e de Inteligência Nacional de 2015- ndT), altos responsáveis da Inteligência —entre os quais os directores da DIA, da CIA e da NGA— tinham denunciado, sem o nomear, o general John Allen, acusando-o de falsificar os relatórios do CentCom de maneira a mascarar sua real ação em favor do Daesh [3]. O The Daily Beast revelava que 50 analistas do CentCom teriam sido vítimas de censura e tinham apresentado queixa junto ao Inspector Geral do Pentágono [4].

O presidente da Comissão de Supervisão e Reforma do governo na Câmara dos Representantes, Jason Chaffetz, lançou então um inquérito parlamentar, paralelamente à investigação interna do Pentágono [5].

O actual chefe do CentCom, o general Lloyd Austin tinha tentado, então, minimizar o caso, enquanto o general John Allen apresentava a sua demissão [6].

Sempre segundo o The Daily Beast, os parlamentares teriam estabelecido que os generais Steven Grove e Gregory Ryckman exerciam pressões sobre o pessoal, mas eles teriam tido a maior dificuldade em medir a extensão dos danos. Com efeito, um oficial do CentCom está presente, silenciosamente, na sala dos investigadores durante cada interrogatório [7].

O relatório da Inspecção-Geral, por sua vez, deveria estar terminado este mês, mas ele não será provavelmente tornado público na sua totalidade.

Só desde a nomeação de Brett McGurk como «Czar anti-Daesh», em Fevereiro de 2016, é que as forças norte-americanas combatem efectivamente o Daesh.

Tradução  Alva

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