Segundo disse neste sábado (14) o Estado-Maior da Rússia, os aeródromos sírios que foram alvos do ataque da coalizão internacional liderada pelos EUA não ficaram afetados.
“Segundo as informações disponíveis, foram lançados 103 mísseis de cruzeiro, incluindo Tomahawk de baseamento naval, e bombas de fragmentação guiadas GBU-38 a partir de aviões B-1B. Aviões F-15 e F-16 usaram mísseis ar-terra. Os aviões Tornado da Força Aérea do Reino Unido lançaram oito mísseis Scalp EG”, afirmou o chefe da Direção-Geral Operacional do Estado-Maior das Forças Armadas russas.
Além disso, a entidade informou que os sistemas de defesa antiaérea russos estavam acompanhando os lançamentos de mísseis de cruzeiro contra o território sírio.
“Os sistemas de defesa antiaérea russos estiveram acompanhando e controlando todos os lançamentos de mísseis, tanto de portadores navais como aéreos dos EUA e do Reino Unido”, informou o chefe da Direção-Geral Operacional do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Sergei Rudskoi.
Rudskoy declarou também que o ataque na Síria representa uma reação dos EUA e seus aliados aos sucessos do país na luta contra o terrorismo internacional.
“Consideramos que este ataque não é uma resposta ao alegado ataque químico, mas uma reação aos sucessos das forças armadas sírias na luta contra o terrorismo internacional”, declarou ele.
O general sublinhou que a Rússia pode rever a questão do fornecimento de sistemas de defesa antiaérea S-300 à Síria e a outros países.
“Quero assinalar que há vários anos, tendo em consideração o pedido insistente de alguns dos nossos parceiros ocidentais, nós desistimos de fornecer à Síria sistemas de defesa antiaérea S-300. Levando em conta o que ocorreu, consideramos que é possível poder rever essa questão. Não apenas em relação à Síria, mas também a outros Estados”, declarou ele.
Para Rudskoy, o ataque contra a Síria tem como objetivo a interrupção do trabalho dos especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) sobre o suposto ataque químico na cidade síria de Douma.