Por Nasser Kandil, traduzido pelo Oriente Mídia.
O que foi o Genebra 1?
Foi um entendimento russo-americano para evitar que o conflito iniciado há dois anos, torna-se uma guerra entre a Arábia Saudita e o Irã, portanto, entre a Rússia e os Estados Unidos.
Foi para impedir a infiltração de terrorismo e seu assentamento. Nisso Washington se compromete com a não militarização da oposição, fechar as fronteiras para os insurgentes, prender o terrorismo e apoiar o Plano Annan.
A alternativa à guerra seria eleições antecipadas sob a supervisão de um órgão governamental chamado de Órgão de Governo Transitório. A fase seria temporária para a elaboração de uma nova Constituição, um referendo e eleições presidenciais e parlamentares. Em vez das armas, as urnas. Assim os resultados satisfarão o Mundo.
A oposição se recusou a depor as armas, recorrer às urnas, militarizou-se, se financiou, se armou, trouxe o terrorismo e chamaram por uma ameaça direta dos EUA.
Genebra 1 aconteceu para impedir a Guerra.
Genebra 2 foi o resultado do fracasso da Guerra.
Conta a história que um homem apontou a arma para um outro e lhe disse: me dê 1000 libras senão eu atirou. Antes que o outro reaja, começou atirar e esvaziou todos os tiros sem acertar o homem. Então aí, com revolver vazio, questiona o homem para passar-lhe a grana, já que “tinha prometido”. O homem responde: agora não, já que você atirou e não acertou. Entrega você a arma!
Em Genebra 2 há vencedor e vencido. Há também os acordos que refletem o equilíbrio da Guerra que já teve lugar.
Nasser Kandil é conceituado analista político libanês, editor da Nova Agência de Notícias do Oriente Médio.