Os serviços secretos franceses calculam que permanecem na Síria 160 adultos franceses dos mais de 1.450 que desde 2012-2013 saíram para esse país e para o Iraque com o objetivo de combater em grupos ‘jihadistas’.
14:41 – 11/03/21 POR LUSA
MUNDO SÍRIA
Alguns regressaram por meios próprios, mas a maioria foi detida na Turquia e enviada para França, onde a justiça se ocupa destes casos, já com diversos indiciamentos e condenações a penas de prisão.
Núñez precisou que cerca de 250 adultos estão detidos na Síria e no Iraque, e “umas dezenas” se dirigiram para o Magrebe e para a Turquia, com as autoridades francesas a seguirem a sua pista.
Para mais, sabe-se “de forma quase segura” que cerca de 400 foram mortos, e presume-se que outros 300 também tenham falecido.
O coordenador da luta antiterrorista insiste que, apesar de debilitado, o grupo ‘jihadista‘ Estado Islâmico (EI) dispõe de estruturas de propaganda e operativas, e mantém o seu desejo de reconquistar territórios.
No deserto sírio e no Iraque existem grupos que continuam a efetuar atentados. Os serviços secretos franceses vigiam “de muito perto” a situação para prevenir “um ataque planeado” à França, que constitui “uma grande preocupação”.
O segundo fator de inquietação para as autoridades francesas consiste na dispersão de alguns destes combatentes nos Balcãs e no Magrebe.
No final de 2020 a França foi alvo de uma nova vaga de atentados ‘jihadistas‘, em particular o assassinato do professor Samuel Paty na região de Paris e de três pessoas numa igreja em Nice.
Desde 2017 e a chegada ao poder do Presidente francês Emmanuel Macron, foram impedidos 33 atentados em França, segundo os dados oficias.