Mercenários dos EUA abatidos em Homs e Aleppo 4

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Por Nathaniel Braia – Editor Internacional do Jornal Hora do Povo.

Desenha-se a maior derrota do Império desde que Fraud-Obama assumiu a Casa Branca. No domingo, uma das centenas de gangues – lotadas de mercenários estrangeiros (com elementos que chegam de localidades as mais diversas, a saber, países africanos de religião islâmica, Jordânia, Chechênia e, mesmo da Europa central e ocidental, especialmente França e Inglaterra) – foi destroçada quando tentava entrar em Damasco através do bairro periférico de Adra. O bando vinha sendo seguido em sua trajetória rumo a Damasco e foi emboscado por uma unidade militar síria. Na refrega (segundo informa o grupo pró-intervenção norte-americana, Observatório Sírio dos Direitos Humanos, OSDH) 49 dos agressores morreram. Segundo ainda o OSDH, outros 27 foram abatidos em embates ocorridos no mesmo dia 21.

Depois da vitória em Qusair, as forças sírias estão atuando para a retomada das áreas que foram dominadas pelas hordas invasoras nas cidades de Homs, Alepo, Idleb e Daraa; com ênfase nas duas primeiras. Segundo informa a Agência de Notícias Síria, SANA, tropas militares sírias eliminaram mercenários que haviam se entrincheirado em edifícios no bairro Bab Hood, destruindo armas e munições inimigas.

Os combates estão ocorrendo no distrito de Saif Al Dawla, áreas que ainda estão em mãos dos mercenários. Também há informações de combates no bairro de Sukari. O exército, segundo a agência SANA, limpou de bandidos o bairro de Salahuddin. As cidades de Talbisah e Al Ghanto, no município de Homs, foi palco de um embate importante e foi registrado mais um revés dos elementos a serviço dos EUA, da mesma forma como Ariha em Idleb.

O presidente da Síria, Bashar Al Assad, destacou que a Síria está engajada em uma “batalha crucial e heróica que vai determinar o destino da Nação”. No final de semana, a agência de notícias Reuters, que em meio aos reveses nos embates com o exército sírio, os terroristas estão sofrendo perdas importantes em pessoal e munição por conta de refregas entre os próprios bandos. Segundo o New York Times, uma das recentes refregas registradas envolveu elementos do chamado Exército Livre Sírio (ELS) e um braço da Al Qaeda. “As perspectivas de unidade entre os rebeldes tornam-se crescentemente remotas”.

O NYT relata ainda que “islâmicos disseram recentemente haver expulsado uma brigada de Raqa, que fica a nordeste da Síria, por que alguns de seus integrantes foram visto bebendo vinho e cortejando mulheres”. Segundo os tais ‘islâmicos’, os elementos da brigada expulsa também “relutavam em lutar”. Por outro lado, os membros do ELS declararam que em Dana, próxima a Idleb, dois de seus integrantes tiveram suas cabeças decepadas por “um grupo islamita extremista”, nas palavras do NYT. Como vem denunciando o governo sírio e outras fontes, entre estes “extremistas” estão o grupo de terroristas da chamada Frente Al Nusra.

A repulsa aos invasores cresce entre os moradores das aldeias que são ocupadas pelas gangues, pois em muitos casos, mercenários estrangeiros tentam impor suas concepções de comportamento religioso, recorrendo muitas vezes a execuções sumárias em público para impor esta “ordem”. A agência Reuters tem feito reportagens onde grupos filiados à Al Qaeda tentam monopolizar suprimentos de trigo e contrabandear combustível.

Estas perdas levaram o general Martin Dempsey, chefe do Estado Maior do exército norte-americano, a declarar por escrito ao senador Carl Levin que lhe pedira informações sobre as condições para atender ao pedido dos mercenários para uma invasão direta dos EUA (coisa que, assim como na Líbia e Iraque começou com as chamadas zonas de exclusão aérea) requereria o deslocamento de milhares de soldados norte-americanos e um custo de cerca de um bilhão de dólares por mês e seria “não menos que um ato de guerra declarada”.

Ele desaconselhou a ação, pois “algumas opções não são factíveis nem em termos de tempo, nem de custo, sem comprometer nossa segurança (sic) em outras regiões”. O general da reserve, James Mattis, também ressaltou, em conferência realizada na cidade de Aspen, Colorado, que tal ação na Síria teria “um custo muito elevado”. Entre outras coisas o general Mattis alertou que serão precisos muitos helicópteros para “recuperar pilotos que virão a ser derrubados pela artilharia síria”. E por ultimo, o vice-diretor da chamada Agência de Inteligência de Defesa, David Shedd, disse que um conflito na Síria “poderia durar muitos anos”.

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4 thoughts on “Mercenários dos EUA abatidos em Homs e Aleppo

  1. Responder Hanna miguel jul 24,2013 21:42

    Jornalistas estão presos na Turquia a mando do presidente,verifiquem isto

  2. Responder Claude Fahd Hajjar jul 28,2013 12:18

    A TV Síria divulgou ontem,27 de julho, que na localidade de , Khan Al Assal ,Allepo foram usadas armas químicas pelos assassinos rebeldes que mataram 110 pessoas…. exatamente no momento da chegada (quarta feira 24 de julho)dos enviados da ONU. Os sobreviventes ao ataque quimico foram degolados e mortos com armas brancas ou a tiros….
    No mesmo dia em KSR AL XUGRRUR, localidade central das milicias rebeldes foi realizado um dos maiores massacres pelas foças do ESL, fonte TV Síria.

  3. Responder Carlos Tebecherani Haddad jul 30,2013 7:18

    Os mercenários terroristas que tentaram invadir Damasco chegaram até 50 metros da porta da minha casa, em Bab Sharqi, na Damasco Antiga. Eles estavam mesmo sendo monitorados desde Al Mleiha, e foram rechaçados com firmeza. Os que não morreram, não foram feridos e nem presos, tentaram fugir lançando-se no rio Barada, bem aqui perto. O ataque foi um estrondoso fracasso.

    Em Khan Al Assal, o uso de armas químicas pelos mercenários terroristas não é de agora, já tem meses. O que ocorre é que uma delegação da ONU, após o relatório russo sobre o emprego das armas químicas pelos terroristas, e não pelo Exército Árabe Sírio, está agora na Síria, para fazer uma inspeção e investigação no local.

    E a frente Al Noussra há 5 dias perpetrou um massacre, com cerca de 230 mortos, entre militares e civis, mulheres e crianças inclusos. A maior parte das vítimas, inclusive as crianças, foram violadas. Os militares foram quase todos queimados, e alguns deles, como os comandantes, decapitados e seus corpos queimados, para não haver identificação.

    Mas as derrotas dos Estados Unidos e seus países satélites da OTAN e do Golfo, são acachapantes e não há como reverter esse estado de coisas. Segundo fontes ocidentais, há uma guerra declarada, já, entre a frente Al Noussra, ligada a Al Qaeda, e o assim chamado “exército sírio livre”, que nem é sírio e, menos ainda, livre. Eles, ambos os lados, estão vendeido armas uns para os outros e PARA QUEM QUEIRA COMPRAR.

    O Hizbullah, que sofre pressão formidável por parte de Israel, adquiriu um grande lote de armas sofisticadas, depois de ter sido “premiado” com a entrega por engano de uma quantidade de armas muito modernas e avançadas, que seriam destinadas aos agressores da Síria.

  4. Responder Michel Saccab Filho ago 15,2013 14:01

    Os países ocidentais e democráticos invadiram a Siria para fazer o que os turcos, os franceses, os ingleses e os americanos fizeram ao longo dos séculos, muito antes da primeira guerra mundial. Um bom exemplo desta barbárie é a persistência inglesa na ocupação das Ilhas Malvinas e a politica francesa para as “colônias” do norte da África. Este CANCER tem de ser erradicado assim como a PALESTINA tem de ser restituída ao seu povo. Penso que os americanos deveriam se preocupar com a miséria e sofrimento do seu próprio povo ao invés de se aventurarem em aventuras no mundo árabe, que após a ajuda americana instituiu a guerra civil no Iraque, na Libia, no Iraque e no Egito e fugiram como se nada tivesse acontecido. A Siria agradece e dispensa este tipo de ajuda americana! Vai continuar altiva, forte e soberana sob o comando do Presidente Bashar al Assad.

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