Washington comeu a poeira…

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O mundo vê a Rússia como o vencedor na batalha de extradição do norte-americano Edward Snowden que denunciou os programas de espionagem das Agências Norte Americanas dos EUA, relata editorial do diário chinês. Segundo o jornal “Global Times” editado em inglês, Moscou exibiu suas características nacionais de determinação e ousadia e manteve Washington “na baía”. O diário chinês acrescentou que “a Rússia tem impressionado o mundo, que vê o Kremlin como o “vencedor ” e a Casa Branca como o “perdedor”, referindo-se a decisão de Moscou de conceder asilo a Snowden, ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA), em primeiro de agosto. “Washington comeu a poeira neste momento”, disse o editorial.

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Neste dia, o Jornal Britânico “The Guardian” publicou uma análise sobre a decisão russa de conceder asilo político a Snowden definindo a ação como “uma humilhante e repulsiva ferida aos EUA”. O jornal do Reino Unido relatou também que “a permanência de Snowden na Rússia poderia ser por tempo indeterminado”, e que “entre outras coisas, o caso Snowden expôs a impotência do poder dos EUA no século 21. Na ausência de qualquer tratado de extradição entre o Kremlin e a Casa Branca, os EUA podem fazer pouco para tirar Snowden fora.

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Em 7 de agosto, o presidente dos EUA, Barack Obama cancelou seu encontro com o presidente russo Vladimir Putin, aparentemente em retaliação por Moscou ter dado asilo a Snowden. Em reação à atitude dos EUA, o alto assessor de política externa Yury Ushakov disse que a Rússia está decepcionada com a decisão de Obama de cancelar o encontro acrescentando que Washington “como antes, não está pronto para construir relações em pé de igualdade.”

Snowden vazou dois principais programas secretos de espionagem do governo dos EUA em que a NSA e o Federal Bureau of Investigation (FBI) estão espionando milhões de registros telefônicos dos americanos e de europeus e também os dados das principais empresas de Internet como o Facebook, Yahoo, Google, Apple e Microsoft. Em 9 de junho, Snowden admitiu seu papel no vazamento de um vídeo com entrevista de 12 minutos publicada pelo Guardian. Ele deixou o estado do Havaí nos EUA para Hong Kong em 20 de maio. No entanto, em 23 de junho, Snowden deixou Hong Kong, um dia depois que Washington buscou aumentar a pressão para entregá-lo. O Departamento de Estado dos EUA revogou o passaporte de Snowden. Na época, os líderes sul-americanos expressaram apoio ao norte-americano, sendo que a Venezuela, a Bolívia e a Nicarágua, ofereceram-lhe asilo.

 Texto reproduzido e traduzido do Press TV

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