Escalada de Tensões (17) Washington espera restabelecer o seu hiper-poderio graças à guerra na Ucrânia

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Thierry Meyssan

A evolução da operação militar russa na Ucrânia para uma verdadeira guerra entre Moscou e Washington abriu a caixa de Pandora. Os objetivos dos Ocidentais adaptam-se. Já não se trata de defender os banderistas contra a Rússia, mas antes de enfraquecer uns e outros (União Europeia incluída) para restaurar o hiper-poderio norte-americano e o seu mundo unipolar.

Este artigo dá seguimento a :

7-Escalada de Tensões (7) Washington canta vitória, enquanto seus aliados se retiram ←

ORIENTE mídia (orientemidia.org)

8-Escalada de Tensões (8) A Rússia declara guerra aos Straussianos ← ORIENTE mídia (orientemidia.org)

9-Escalada de Tensões (9) « Um bando de drogados e de neo-nazis » ← ORIENTE mídia (orientemidia.org)

10- Escalada de Tensões (10) — Danos colaterais Israel aturdido pelos neo-nazis ucranianos ← ORIENTE mídia (orientemidia.org)

11- Escalada de Tensões (11) Ucrânia : a grande manipulação ← ORIENTE mídia (orientemidia.org)

12-Escalada de Tensões (12) A Nova Ordem Mundial que preparam a pretexto da guerra na Ucrânia ← ORIENTE mídia (orientemidia.org)

13-Guerra cognitiva – Escalada de Tensões (13) A propaganda de guerra muda de forma ← ORIENTE mídia (orientemidia.org)

14- Escalada de Tensões (14) A aliança do MI6, da CIA e dos banderistas ← ORIENTE mídia (orientemidia.org)

15-Escalada de Tensões (15) O fim do domínio ocidental ← ORIENTE mídia (orientemidia.org)

16-Escalada de Tensões (16) Ucrânia : a Segunda Guerra mundial continua ← ORIENTE mídia (orientemidia.org)

Em 23 de Janeiro de 2022, a delegação taïwanesa acolhe o Congresso anual da World League for Freedom and Democracy (WLFD), denominação actual da antiga World Anti-Communist League (WACL). Os guerreiros da guerra fria continuam presentes.

A ressurreição dos Guerreiros da guerra fria

Em dois meses, a operação militar russa especial contra os banderistas transformou-se numa verdadeira guerra opondo os Russos e as Repúblicas populares do Donbass, por um lado, aos Ucranianos apoiados pela OTAN, por outro.

Uma vitória ucraniana será um golpe duro contra a Rússia e uma vitória russa marcará a morte da OTAN. Nenhum dos dois protagonistas pode recuar. Assim todos os golpes são permitidos.

Os banderistas viram primeiro afluir à Ucrânia os seus antigos aliados do Bloco anti-bolchevique das nações (ABN) e da Liga anti-comunista mundial (WACL) [1], tais como os 3 000 milicianos dos Lobos cinzentos turcos.

Enquanto o ABN e a WACL, sem terem desaparecido completamente, foram substituídas pela Ordem secreta Centuria, os laços ideológicos anti-Russos e a fraternidade desenvolvida durante as operações secretas da Guerra Fria permanecem. Já se tinha constatado de forma idêntica durante a guerra contra a Síria, os laços estabelecidos entre os jiadistas de várias nacionalidades no decurso dos seus combates sucessivos sob o comando da CIA no Afeganistão, na Bósnia-Herzegovina, na Chechénia e no Kosovo.

Edward Luttwak

Parece hoje que esta guerra está destinada a durar e a propagar-se. Estas redes prosseguem, pois, a sua mobilização. Por exemplo, de momento, não foi assinalado nenhum combatente asiático, embora Chiang Kai-chek tenha oferecido uma assistência muito significativa à WACL, indo mesmo ao ponto de instalar em Taiwan a Political Warfare Cadres Academy do banderista ucraniano Iaroslav Stetsko. Essa escola era o equivalente do Psychological Warfare Center de Fort Bragg (EUA) e da School of Americas no Panamá, cursos de tortura incluídos. O governador de Mykolaiv, de origem Koryo-saram, Vitaly Kim, poderá fazer a conexão com os sucessores do ditador sul-coreano Park Chung-hee.

A Liga foi profundamente transformada em 1983 a conselho do Straussiano Edward Luttwak [2]. Mudou de nome durante a dissolução da URSS para tornar-se a Liga Mundial para a liberdade e a democracia (WLFD). Ela realizou o seu último Congresso, nos dias 23 e 24 de Janeiro de 2022 em Taiwan, sob a presidência de Yao Eng-chi, um alto quadro do Kuomintang. Ela dispõe de um estatuto de consultoria na ONU e de um gabinete na sede da Organização. Ela recebe em permanência cerca de um milhão de dólares de subvenção anual de Taipé. As suas atividades são cobertas pelo segredo de defesa do governo taiwanês.

A lei de empréstimo-arrendamento à Ucrânia foi apresentada no Senado dos EUA… em 19 de janeiro de 2022, ou seja, antes da operação militar russa. Foi aprovado em 28 de abril e ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Porquê morrer quando se pode explorar a desgraça dos outros ?

Se os continuadores das milícias fascistas do mundo inteiro, apoiadas pela CIA, se juntaram aos banderistas, a OTAN mantêm-se afastada do Exército ucraniano. Trata-se de evitar um conflito direto entre os Estados Unis e a Rússia, duas potências nucleares.

O Pentágono convocou, portanto, uma reunião em 26 de Abril de 2022, na sua base alemã de Ramstein para obrigar 43 dos seus Aliados a dar armas aos ucranianos. Sabendo que antes da guerra, o governo Zelensky considerava que um terço das Forças Armadas eram compostas por milícias banderistas, um terço destas armas irão para os neo-nazis. Todos os Estados que têm Serviços de Inteligência competentes sabem disso. Mas a sua paralisia face ao Tio Sam é tal que apenas Israel ousou boicotar esta reunião [3]. Todavia, a influência de Washington já não é a que era : tinha sido capaz de mobilizar a participação de 66 Estados para apoiar militarmente os jihadistas contra a Síria. Estes Estados representam um terço dos membros da ONU, mas apenas um décimo da população mundial. Mede-se assim a que ponto a posição dos Estados Unidos se enfraqueceu.

Além disso, este afluxo de armas já não torna indispensável ao Exército ucraniano atacar a República moldava do Dniester (Transnístria), a qual abriga o maior stock (estoque-br) de armas no continente europeu.

Em 29 de Abril, a Casa Branca obteve do Congresso US$ 33 mil bilhões de dólares de créditos suplementares para armar a Ucrânia. Isso eleva o orçamento militar ucraniano ao 11º nível mundial.

Após dois meses de combate, as forças políticas dos EUA juntaram-se à guerra dos Straussianos e idealizaram o que poderão sacar dela. Para voltar a ser a superpotência que já foram, os Estados Unidos devem voltar a jogar a sua divisão do início da Segunda Guerra Mundial. Em 1939, eles ainda não se haviam recuperado da crise económica de 1929. Nova Iorque estava muito atrás da sua rival, Buenos Aires. A ideia genial fora a de deixar os Europeus se dilacerarem vendendo-lhes armas fabricadas em massa em troca das suas joias de família. Washington só se envolveu em 1942 e unicamente com a “ponta dos dedos”. A guerra fez 55 milhões de vítimas das quais só 200. 000 Norte-Americanos. O truque foi ter cedido armas sob empréstimo-arrendamento (Loan-Lease Act- ndT). Após a Vitória veio a hora das contas. Os Britânicos foram forçados a ceder o seu império, enquanto as dívidas dos Soviéticos se escalonaram por mais de 60 anos. Elas só foram saldadas por Vladimir Putin.

O Congresso deverá, portanto, rapidamente adoptar a « Lei de Empréstimo e Arrendamento para a defesa da Democracia na Ucrânia ( Ukraine Democracy Defense Lend-Lease Act of 2022 ) já aprovada no Senado (S. 3522). Também no plano económico, a Segunda Guerra Mundial continua [4].

Trata-se aqui de uma aplicação da « Doutrina Wolfowitz » de 1990 : impedir por todos os meios deixar um rival dos Estados Unidos desenvolver-se, com prioridade enfraquecer a União Europeia.

Se esta medida é uma racionalização logística e um excelente investimento económico, também é um desperdício militar: o manuseio da maioria destas armas requer uma longa formação que falta aos combatentes ucranianos. Portanto, eles não poderão servir-se delas a curto prazo. Além disso, estas armas só podem ser usadas na linha de frente, mas não poderão ser para lá encaminhadas porque as centrais eléctricas estão já destruídas e as locomotivas a diesel europeias não são adaptáveis à bitola das ferrovias ucranianas e russas. Além disso, as linhas ferroviárias foram já largamente bombardeadas.

Em 25 de Abril de 2022, o Fórum para a Democracia neerlandês interrogava-se sobre a inacreditável e súbita fortuna pessoal de Volodymyr Zelensky : 850 milhões de dólares !

Tendo em vista a corrupção do Presidente Volodymyr Zelensky, é previsível que, impossibilitado de usar essas armas, ele as revenderá no mercado negro. Elas reaparecerão em outros campos de batalha, desta vez nas mãos de atores não-estatais. Em dois meses, este charlatão conseguiu já desviar centenas de milhões de dólares. Enquanto isso, o seu Povo amarga.

A estratégia dos EUA para voltar a ser o centro do mundo só poderá funcionar se a guerra se estender ao Ocidente. Não falo aqui de inevitáveis operações militares contra a Transnístria [5], mas do envolvimento económico dos membros da União Europeia.

Até à data, apenas os Polacos (Poloneses-br) e os Búlgaros recusaram a pagar o gás russo em rublos e encontram-se pois privados de aprovisionamento. Todos os outros membros da União Europeia aceitaram já pagar em rublos, mas não diretamente à Gazprom, antes passando por intermediários bancários. As fanfarronices polacas segundo as quais o país se apresta a mudar de fornecedor não significam nada : Varsóvia importará gás russo de outros países europeus que, esses, o pagarão em rublos. A única diferença é que terá que remunerar um intermediário suplementar.

Ao seguir o seu suzerano norte-americano, os Europeus devem pois esperar tanto uma fortíssima baixa do seu nível de vida, como depois a perda das suas joias de família. Ninguém parece preocupar-se com isso.

Mapa etno-linguístico da Ucrânia

De momento, as operações militares russas estão estritamente limitadas à destruição das enormes infraestruturas de defesa ucranianas das quais os Ocidentais não têm a mínima ideia. A fase móvel da guerra não começou ainda. Após meses de bombardeamento, ela só deverá ocorrer durante o Verão e deverá ser rápida. O Exército russo proporá então às populações convencidas pelos banderistas deslocarem-se a fim de as reunir na parte do que restará da Ucrânia.

A guerra despertou apetites irredentistas. A Polónia, que havia considerado no mês passado a oportunidade de anexar o enclave de Kaliningrado, encara agora a possibilidade de ocupar o Oeste da Ucrânia. Ela já ocupara esta região, a Galicia, no período entre as duas guerras, durante o desmembramento do Império Austro-Húngaro. A ideia será a de colocar « soldados de manutenção de paz » e permanecer no terreno. No entanto, a guerra polaco-ucraniana deixou más recordações entre os dois povos e foi precisamente neste contexto que os banderistas se formaram. Além disso, Stepan Bandera mandou assassinar o Ministro polaco do Interior, Bronisław Pieracki. Os banderistas reclamam ter assim vingado a repressão de que o seu Partido foi vítima, mas a realidade é que Bandera era já membro da Gestapo nazi e preparava a invasão da Polónia pelo IIIº Reich.

A Roménia nada diz de momento, mas posiciona as suas tropas. Assim que a guerra se estender à Transnístria, não hesitará em pôr em causa a existência tanto da Transnístria, quanto da Moldávia, romenas no século XX. A Hungria cobiça a Transcarpátia ucraniana que ela perdeu durante a queda do Império Austro-Húngaro. A sua população maioritariamente húngara foi discriminada pelos governos ucranianos após a « Revolução da Dignidade » (o Golpe de Estado 2014). Tal como o russo, o seu idioma foi interdito. Hoje, a Transcarpátia está em paz. As tropas russas não a atacaram. Ela serve de refúgio aos Ucranianos da oposição interna. Já a Eslováquia está de olho apenas em algumas aldeias.

A Rússia, essa, que tinha apenas como objectivo de guerra o reconhecimento da independência da Crimeia (já ligada à Federação da Rússia) e das Repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, anunciou em 24 de Março que pretendia anexar todo o Sul da Ucrânia a fim ligar a Transnístria, a Crimeia e o Donbass.

No fim deste desmembramento polaco-romeno-magiar-russo, a Ucrânia deverá perder metade do seu território e ficar reduzida à sua porção mínima.

Segundo o Partido turco anti-Otan, 50 oficiais franceses estariam cercados na siderurgia Azovstal de Mariupol. Eles teriam sido enviados não pelo Estado-Maior inter-armas, mas pelo Estado-Maior do Eliseu, para treinar o batalhão banderista Azov no manejo de armas francesas.

Rara tentativa positiva

Em 26 de Abril, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, foi ao Kremlin com duas propostas.
Criar uma comissão conjunta ONU-Rússia-Ucrânia a fim de coordenar os esforços humanitários ;
Criar com o pessoal da ONU e o da Cruz Vermelha internacional um corredor de saída da siderurgia Azovstal de Mariupol para os civis que o desejassem.

Com efeito, até à data, os Ucranianos propuseram corredores humanitários para a Moldávia e a Polónia, enquanto os Russos propuseram para a Bielorrússia e a Rússia (sabendo que os banderistas aí serão presos e julgados). Nenhum acordo foi alcançado.

Em relação à siderurgia da Azovstal de Mariupol, ignora-se se civis estão lá refugiados. O Exército russo criou um corredor de saída que 1. 300 soldados utilizaram para se render, mas que nenhum civil usou. Prisioneiros de guerra ucranianos garantiram que há civis servindo de escudos humanos aos banderistas, o que Kiev desmente. Uma personalidade turca partidária de uma aliança com a China e a Rússia mais do que com os Estados Unidos, Doğu Perinçek, afirmou que 50 oficiais franceses estavam cercados no interior, sem que esta imputação seja verificável [6]. A Rússia pediu à ONU para vir verificar as condições de detenção desses 1.300 prisioneiros, o que ela não fez. Tratava-se para Moscovo de elevar as suas exigências humanitárias para poder obtê-las para os prisioneiros russos dos Ucranianos. Muitos vídeos circulam atestando maus-tratos e torturas que eles tem sofrido.

Vladimir Putin e Antônio Guterres

Antes mesmo da abertura das conversações, o Presidente russo, Vladimir Putin, fez questão de lembrar publicamente a posição do seu país : a Rússia rejeita as regras estabelecidas pelos Ocidentais e exige o respeito pela Carta das Nações Unidas (o que era o assunto da proposta de um Tratado de Paz bilateral EUA-Rússia, em 17 de Dezembro de 2021 [7].

O Secretário-Geral da ONU explicou então que, segundo a opinião geral, a Carta das Nações Unidas condena a invasão de um país soberano. O Presidente russo respondeu-lhe que este era um caso especial: a Ucrânia declarou publicamente que não aplicará os acordos de Minsk registados pelo Conselho de Segurança e atacou sua própria população de Donbass com armas pesadas. Após oito anos de resistência, estas populações votaram a sua independência e seus governos apelaram à Rússia por socorro, o que ela fez em respeito pelo Artigo 51 da Carta.

Vladimir Putin referiu-se então à decisão do Tribunal Internacional de Justiça relativa à independência do Kosovo. O Tribunal (Corte-br) declarou que o direito dos povos a dispor de si próprios podia aplicar-se sem o consentimento da autoridade central à qual até então estavam sujeitos. O que ninguém contestou. Ora, no Kosovo, foi a Assembleia Nacional que proclamou a independência, enquanto no Donbass, foram as populações que a proclamaram diretamente por meio de um referendo.

Na sequência da discussão, as Nações Unidas e a Cruz Vermelha Internacional puseram-se de acordo com a Rússia para estabelecer um processo de evacuação dos civis da siderurgia Azovstal em Mariupol.

O juramento dos banderistas (1942) : « Filho fiel da minha Pátria, eu junto-me voluntariamente às fileiras do Exército de Libertação Ucraniano, e com alegria uro que combaterei fielmente o bolchevismo pela honra do povo. Realizamos este combate ao lado da Alemanha e dos seus aliados contra um inimigo comum. Com fidelidade e submissão incondicional, eu creio em Adolf Hitler como dirigente e comandante supremo do Exército de Libertação. Eu estou disposto a dar a minha vida sempre pela verdade »

Fonte : arquivos militares russos

A Propaganda de guerra

Entretanto a propaganda de guerra continua. É impressionante constatar que os dois campos se dirigem a alvos diferentes e recorrem a métodos diferentes.

Londres e Washington procuram convencer os Ocidentais da sua narrativa. Eles não se dirigem aos Ucranianos e ainda menos aos Russos. Impõem o seu ponto de vista através da repetição, depois passam a outras coisas. Concentram-se em minimizar os neo-nazis ucranianos, em encenar belas imagens [8] e na denuncia de “crimes” atribuídos aos Russos.

Por exemplo, garantiram que o Exército russo havia cometido um massacre de civis em Bucha. Os seus dirigentes falaram de um possível « genocídio », o crime mais grave que se pode considerar. Peritos explicaram que as vítimas tinham sido abatidas com armas automáticas. Mas quando os legistas forenses invalidaram esta versão [9], Kiev abafou a notícia inculpando dez soldados russos, os quais não se sabe como poderão ter sido identificados.

A propaganda ucraniana concentra-se em dois assuntos: a invenção de vitórias militares elogiadas pela imprensa ocidental, mas rapidamente desmentidas, e a atribuição de crimes abomináveis ao Exército russo, igualmente desmentidos com a mesma rapidez.

Por seu lado, Moscovo considera os Ocidentais como pessoas que não querem aceitar a realidade e não podem, portanto, mudar de ideias até terem perdido. Dirige-se pois apenas aos Russos e aos Ucranianos que considera de boa fé enganados pelos banderistas. Mais do que comunicar os acontecimentos actuais, abre os seus arquivos militares [10] para mostrar que os banderistas jamais tiveram escrúpulos em assassinar, sequer torturar, outros ucranianos. Acima de tudo, atesta que jamais, nunca em absoluto, os banderistas combateram os nazis. Deste modo, inverte a História oficial da Ucrânia propagada pela Wikipedia e a OUN(B), para quem os banderistas lutaram tanto contra os nazis como contra os Soviéticos. A imprensa ocidental não divulga estas revelações porque elas a obrigariam a tomar posição contra os banderistas. Além disso, documentos alemães, igualmente revelados por Moscou, mostram que o regime nazi e os banderistas, em conjunto, conceberam um plano de aniquilamento das populações do Donbass. Este plano, se não foi executado durante a Segunda Guerra Mundial, teve um principio de execução pelos banderistas de Kiev após 2014.

Tradução
Alva

[1]«La Liga Anticomunista Mundial, internacional del crimen», por Thierry Meyssan, Red Voltaire , 20 de enero de 2005.

[2Edward Luttwak é um eminente estratega e o historiador oficial do Exército israelita. Ele foi um dos quatro mosqueteiros de Dean Acheson (sendo os três outros Richard Perle, Peter Wilson e Paul Wolfowitz). Em 1968, publicou Coup d’État : Estado : A Practical Handbook (Golpe de Estado : Manual Prático-ndT) que em 2000 se tornou o livro de cabeceira dos membros do Project for a new American Century e que foi posto em prática em 11 de Setembro de 2001. Ele ameaçou o Presidente francês Jacques Chirac, em nome dos Straussianos, declarando no jornal televisivo da France 2 em 9 de Dezembro de 2003 : « Chirac tem uma conta pendente em Washington ! Ele tem uma pesada conta pendente em Washington. E, em Washington, há evidentemente uma tomada de decisão de lhe fazer pagar a conta. Chirac, quis comer e fartar-se às custas dos Estados Unidos na cena diplomática e, claro, ele vai pagar ». Ameaçou igualmente o Chanceler alemão Gerhard Schröder. Após o qual mais nenhum dirigente ocidental ousou pôr em questão a versão EUA desses atentados e a França serviu a CIA na Geórgia e no Haiti.

[3Além disso, o Parlamento israelita foi a única Assembleia Nacional ocidental a ter-se recusado convidar o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em sessão plenária. Para não hostilizar Washington sem ter que apaparicar um regime neo-nazi, o Knesset organizou apenas uma conferência por “zoom” com os deputados que o desejaram.

[4Ucrânia : a Segunda Guerra mundial continua”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 26 de Abril de 2022.

[5Washington prossegue o plano da RAND no Cazaquistão, a seguir na Transnístria”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 11 de Janeiro de 2022. “Os Straussianos tentam estender a guerra à Transnístria”, Tradução Alva, Rede Voltaire, 4 de Maio de 2022.

[6O seu Partido, o Vatan, deu uma conferência de imprensa a este propósito : « Özgür Bursalı : Macron 50’den fazla Fransız subayını ölüme terk etti », Aydinlik, 22 Nisan 2022.

[7A Rússia quer obrigar os EUA a respeitar a Carta das Nações Unidas”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 5 de Janeiro de 2022.

[8Londres envia Capacetes Brancos para a Ucrânia”, Tradução Alva, Rede Voltaire, 4 de Maio de 2022.

[9Descoberta em Bucha : corpos começam a falar”, Tradução Alva, Rede Voltaire, 4 de Maio de 2022.

[10Desclassificação de documentos sobre os crimes dos banderistas”, Tradução Alva, Rede Voltaire, 4 de Maio de 2022.

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