Alastair Crooke: Lutas intrablocos e existenciais em mundo transformado

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25/1/2021, Alastair Crooke, Strategic Culture Foundation

O “Estado Azul” [do Partido Democrata] está com tudo. E agora, portanto, é dono também de futuras ‘quebras’ [ing. ‘breakages’]. Trump foi-se e, ‘coincidindo’ com sua partida, naquele mesmo dia passou a circular um documento (que, pelo que se noticiou, já circulava ‘nos dois campos do plenário há alguns meses’) que implicitamente prega um ‘reset’:[1] um retorno aos dias pré-Trump – essencialmente fazer o relógio voltar a um momento antes de Trump ter saído da Parceria Trans-Pacífico e iniciado a confrontação comercial com a China.

A questão não é se esse específico manifesto ‘alçará voo’ ou não (alguma coisa dele ou semelhante a ele quase com certeza, sim, permanecerá em pauta). Mas o que esse falso ‘vazamento’ mostra é o quão profundamente enraizada nas elites está a ideia fixa de ‘fazer voltar o relógio’ ao momento em que a equipe Obama-Biden deixou o governo.

A questão que se impõe, contudo, é se, nessa amargura ‘contra Trump’, aquelas forças viram (e assimilaram) a mudança radical pela qual passou o mundo em que vivem os EUA, nesses últimos quatro anos.

Tony Blair, um dos arquitetos do manifesto, bem claramente nada percebeu. Diz que compreende por que as pessoas estão céticas, e até mesmo furiosas, contra a elite globalista e acrescenta: “Mas as elites não são tão ruins. Na realidade, o sistema que pregam é simples ‘senso comum’”.

Mas tantas coisas mudaram ao longo dos últimos quatro anos, notavelmente no mundo exterior, mas também domesticamente, nos EUA. O ponto aqui é menos sobre se as políticas de Trump fracassaram (algumas iniciativas de política exterior sem dúvida fracassaram), ou sobre se o globalismo seria simplesmente ‘racional’; trata-se é de compreender se o animus emocional contra o Trumpismo teria obnubilado de tal modo a visão da equipe que chega ao governo, que já assumem, simplesmente, que poderiam congelar o tempo no ponto em que aquelas velhas políticas (que jamais antes deram muito certo) ainda sobreviviam; e que agora, quatro anos depois e sabe-se lá como, elas seriam ainda mais bem-sucedidas.

O corpo político dos EUA está fraturado. Sou testemunha direta, depois de trinta anos de envolvimento em conflitos em sociedades polarizadas, de que a principal condição, primus inter pares, para qualquer ‘unificação’ política, é o reconhecimento, pelos dois lados, de que, por mais que ‘um lado’ recuse completamente a narrativa do ‘outro lado’; por mais que além de recusá-la, um lado veja a narrativa do outro lado como historicamente falseada e rejeite-a completamente como visão de futuro possível – a política é simplesmente impossível até que os dois ‘lados’ aceitem que a narrativa ‘do outro’ (‘verdadeira’ ou não) é autêntica para aquela comunidade humana. Não há ‘vamos juntos’. (Foram necessários quatro anos para alcançar esse ponto na Irlanda do Norte –, até que os dois lados conseguiram dizer ‘discordo completamente, mas consigo aceitar que aquela seja ‘a verdade deles’).

O Estado Azul (Democrata) nos EUA está tomando a via oposta. Quer esmagar completamente as narrativas dos libertaristas[2] e o desejo dos Vermelhos (Republicanos) de recuperar o ethos Republicano. Para conseguir isso, proclamam que a verdade, os fatos e a própria ciência pertenceriam com exclusividade aos Azuis (Democratas). A entrada em cena de Biden, portanto, será tão disruptiva quanto a era Trump.

Essa via provavelmente fraturará o Great Old Party, GOP [o Partido Republicano] e, possivelmente, com o tempo, também fará rachar o Partido Democrata. Afinal, a ‘ala progressista’ dos Azuis vê como ‘o outro’, a ala dos Trumpistas Azuis, declarada tão moralmente corrompida, desprezível e ilegítima quanto Trump… A tal ponto que a via que parece ser a única possível – retomar a história a partir da saída de Obama – constitui resposta completamente inadequada.

A equipe Harris-Biden sugere que suas prioridades iniciais são quatro: ‘as crises que se cruzam e somam-se’ da Covid-19, da recuperação da economia, da mudança climática e da justiça social/racial’. Qualquer dessas prioridades domésticas já seria desafio enorme se tomada separadamente. Mas tentar confrontar as quatro como um ‘conjunto’ no qual quatro crises descomunais interpenetram-se, pode deixar Biden-Harris com espaço mínimo para cuidar da política externa. Porque, nessa específica esfera, bem pouco, quase nada, permanece como foi há quatro anos. Só essa evidência já exigiria que o tema recebesse cuidadosa reconsideração. Mas… será reconsiderado?

Também domesticamente, muita coisa mudou (e não se deve culpar Trump por essas mudanças chaves, as quais, essencialmente, remontam à era Greenspan). A estrutura da economia dos EUA é hoje irreconhecivelmente diferente do mito do capitalismo norte-americano: os mercados de ativos foram separados de seus reais retornos e voaram para longe – sem âncora que os prendesse a ganhos em dinheiro; a precificação, via interação de mercado, já não existe; nenhum mercado é livre, todos são gerenciados pelo Tesouro; o empreendedorismo capitalista metamorfoseou-se em oligarquismo monopolista; a inovação e os pequenos negócios foram esmagados; cada vez menos norte-americanos trabalham para empresas mais jovens; a desigualdade é rampante; emissão de dinheiro e endividamento já não são contidos por qualquer reflexão prudente –, mas são cada vez mais puxados sempre adiante, adiante, logo ali, por alguma excitante ‘oportunidade’ da Moderna Teoria Monetária; e as taxas de juros já não servem como mecanismo pelo qual o capital seja dirigido para seu uso mais efetivo e produtivo. Todas essas são mudanças monstro.

O Banco Central dos EUA já não controla esse Leviatã (pelo menos, seus movimentos só fazem disparar perigosa crise de maus modos no mercado). As energias do Banco Central dos EUA são inteiramente devotadas a garantir que as taxas de juros permaneçam no zero (dado que a montanha da dívida dos EUA não seria sustentável, se os juros subissem em termos reais). Presa num corner (não há, nesse caso, como fazer os ponteiros do relógio andarem para trás), o melhor que Yellen pode fazer agora é manter esse modelo econômico de desmesurado faz-de-conta– para levá-lo ao limite máximo e esperar conter os rendimentos [ing. yields], mesmo com o Tesouro emitindo sempre mais papéis da dívida.

A era da ‘reflação’ Biden já está a pleno vapor. Commodities estão pegando fogo; preços de produtos agrícolas subiram 42% desde quando tocaram o fundo, em abril; metais industriais subiram 54% – ambos preços estão mais altos do que antes do início da pandemia.

Contudo, é na área da política exterior que a noção de a Equipe Biden ter chegado para assumir as rédeas da antiga abordagem Obama-Biden é mais determinada e mais rígida (i.e., na retomada dos esforços para derrubar o presidente Assad). Ao mesmo tempo, aqui é onde, dentre tantas novidades, muita coisa mudou. As mudanças são tão grandes que o novo governo ainda terá de demonstrar que buscar a ‘continuidade’ da abordagem Obama seja ação válida. Aqui listo só os exemplos principais:

Digam os apoiadores de Biden o que queiram dizer sobre a visão ‘trumpista’, fato é que Trump realmente mudou a conversa da política externa em três diferentes áreas. Trump e equipe, sim, mudaram – e de modo radical – as perspectivas dos EUA sobre a China. Trump também, sim, implantou a narrativa segundo a qual o Irã estaria sendo chantageado (não seduzido) pela Coreia do Norte, para aceitar um acordo. E entrincheirou firmemente a narrativa de apoio incondicional dos EUA ao estado judeu, com os palestinos condenados a recolher quaisquer migalhas, do jeito que consigam, depois de encerrado o banquete.

Mesmo que algumas (ou todas) dessas iniciativas tenham dado errado, mesmo assim são ‘fatos em campo’ que mudaram o mundo. A narrativa de Trump sobre a China não será ‘recolhida’ (e não há nem sinal de que Biden tenha qualquer vontade de a ‘recolher’ – por trás de alguma cortina de guerra de tarifas): “Trump acertou no assunto China” [aqui, link inserido pelos tradutores], disse recentemente um assessor de Biden.

Verdade é que Trump perdeu a ‘guerra comercial’ EUA-China. Já antes da epidemia Covid-19, a China mostrou capacidade para não se deixar desorientar pela guerra de tarifas de Trump; mas logo a pandemia foi controlada, e a demanda por equipamento médico e por computadores para home-offices realmente fez explodir o superávit chinês, na balança comercial com os EUA. Desde 2016, o déficit comercial dos EUA cresceu, na relação com a China (cresceu, quer dizer, não diminuiu: a China continua a embarcar maiores quantidades de produtos de exportação (a Ásia está comprando mais); e a fatia dos EUA nas exportações para a Ásia diminuiu. Hoje, o déficit norte-americano na balança comercial com a China permanece em ponto de alta recorde.

Há pouco a fazer que consiga mudar isso. O crescimento chinês voltou, e a China permanece como fábrica do mundo. É o maior mercado da União Europeia (a China já deslocou os EUA para o segundo lugar).

Isso deixa Biden carregando a mala da guerra contra a liderança chinesa do mundo tech. Mas para que dê certo (quer dizer, para que não fira mais os EUA, que a China), os EUA precisam de aliados que se unam com eles, na empreitada de isolar a China. Precisamente durante a trégua na transição em Washington, a União Europeia correu a assinar um grande acordo comercial com a China. Esse movimento da União Europeia (que enfureceu o governo Biden), principalmente reflete mudança chave nas atitudes europeias (embora não seja mudança livre de controvérsias).

O Conselho Europeu das Relações Exteriores [ing. European Council on Foreign Relations, ECFR] pesquisou 15 mil pessoas, de 11 países. Descobriu que seis, de cada 10 pesquisados, entendem que a China se tornará mais poderosa que os EUA nos próximos dez anos: “Nossa pesquisa mostrou que as atitudes dos europeus em relação aos EUA passou por mudança massiva. Nos estados-membros chaves, há agora maiorias que entendem que o sistema político norte-americano está quebrado; que, numa década, a China será mais poderosa que os EUA; e que, assim sendo, os europeus não podem confiar nos EUA para os defender” – dizia o relatório de pesquisa. Essa pesquisa fala realmente de uma metamorfose; não se trata de reles ‘mudança’ [ing. ‘change’].

Não surpreendentemente, a Rússia espera pouco além de retribuição do ‘Estado Permanente’* dos EUA (que ainda culpa Moscou pelo fracasso da tentativa de Clinton para chegar à presidência; e já toma a Rússia como sujeita a um assalto de mudança de regime). Alexei Navalny já foi recriado como ‘celebridade’ no ocidente, com governos europeus disputando entre eles a primazia de lhe garantir ‘apoio’; agora, foi devolvido à Rússia para testar se, com esse apoio e seu novo status de celebridade, poderia ‘levantar-se’ como mobilizador da ‘rua’ russa versus Putin. (Há muito tempo Washington e Londres vivem obcecadas com a tese da fragilidade de Moscou.)

Vale repetir: a Rússia novamente se transformou, ao longo dos últimos anos. As Forças Armadas russas foram modernizadas. Silenciosamente os conceitos militares russos de ‘contenção’ foram repensados e reimaginados e têm hoje novo formato. O maior paradoxo, contudo, é que, enquanto os EUA mudam-se para uma economia de Moderna Teoria Monetária experimental, a Rússia faz o oposto. A Rússia tornou-se economicamente ‘prudente’. É dos poucos países do mundo que mantiveram operacionais suas próprias variáveis econômicas. A Rússia não está arqueada sob o peso da dívida ou de déficits, e está investindo em capacidade produtiva. Em breve veremos o capital ocidental correr para a estabilidade da economia russa. O presidente Putin não se deixará perturbar por Navalny, nem pelo retorno de Bill Burns (ex-embaixador dos EUA na Rússia).

Porém, a mais total inversão e transformação em relação ao status quo ante aconteceu no Irã. O Irã é questão que, esteja o novo governo ‘pronto ou não’ nos EUA, baterá à porta de Biden dia 21 de fevereiro, data a partir da qual o Irã expulsará inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (ing. IAEA). Biden diz que tem esperanças de chegar a um acordo com o Irã. Mas o contexto para acordo desse tipo tornou-se muito, muito mais complicado do que na era Obama.

Naquele momento, construiu-se um acordo exclusivamente em torno da questão nuclear (e o pivô daquele movimento foi Obama, que mudou de posição e passou a aceitar o enriquecimento de urânio até um limite de 3,6% verificado no próprio país). Então, a ameaça de o Irã ‘passar’ para a produção de arma atômica era onipresente no pensamento dos EUA. Atualmente, armas atômicas permanecem na agenda, mas tornaram-se questão subsidiária. Ao longo dos anos recentes, enquanto o foco ocidental permanecia fixo na ‘Big One’ nuclear, o Irã, discretamente, foi produzindo e acumulando recursos muito maiores de contenção anti-Israel e EUA. Antes, embora a questão nuclear estivesse no topo da agenda, nem altos agentes da segurança de Israel jamais acreditaram seriamente que alguma arma nuclear fosse usada contra Israel – simplesmente porque o Oriente Médio é pequeno demais.

O novo paradigma, criado com a tecnologia stealth, é que Israel vê-se agora cercada por drones de ataque e mísseis inteligentes capazes de escapar aos radares – grande número deles – de Gaza, ao Líbano e Síria; e Iraque, Irã e Iêmen. Esse novo paradigma é real e tem potência para devastar Israel – e é paradigma contra o qual Israel não tem resposta (ou só tem resposta muito limitada).

Recentemente, Netanyahu escreveu ao vice-primeiro-ministro Gantz, informando-o de que, dali em diante o primeiro-ministro passava a assumir sozinho o comando da política israelense para o Irã. Gantz e outros políticos sentiram-se ofendidos. E autoridades israelenses vazaram depois que, por trás daquela carta estava a preocupação de Netanyahu, de que alguns, em Israel, já estivessem formando posição favorável à iniciativa de Biden, de voltar ao Acordo Nuclear do Irã (ing. JCPOA). De fato, funcionários da segurança têm comentado, pelas costas de Netanyahu, que todos precisam é de discussão profunda com a equipe de Biden – em segredo (e sem vazamentos). Claro. Precisam discutir com os EUA esse novo paradigma iraniano de contenção, antes que a equipe Biden inicie negociações sobre um ‘novo’ JCPOA.

Por quê? Porque os EUA voltarem ao Acordo Nuclear do Irã em nada altera a situação estratégica de Israel, hoje cercado por mísseis inteligentes. Como lidar com essa mudança? Netanyahu, por razões eleitorais, quer continuar com sua ‘velha linha’: quer ‘fatiar’ a região e expulsar os iranianos, do Líbano, de Gaza, do Iraque, etc. Problema aí é que essa política é mentirosa.

Os ataques “massivos” de Netanyahu contra infraestrutura iraniana são, principalmente, ações de propaganda, cuidadosamente montadas para evitar a guerra (atacam, quase sempre, armazéns e depósitos vazios). Netanyahu tem medo de iniciar guerra que alcance toda a região. Chegou à encruzilhada: as questões agora têm a ver com se Israel está tão pregada no canto do ring que o próprio Netanyahu criou (a demonização inicial do Irã foi feita para que o Partido Trabalhista mudasse sua política e se reconciliasse com a ‘vizinhança próxima’ árabe), que todas as soluções tornaram-se politicamente impossíveis. Em segundo lugar, se qualquer nova abordagem será politicamente ‘vendável’ nos EUA (dada a preponderância dos lobbies de linha-dura pró-Israel) – e, finalmente, se algum novo paradigma poderia ser ainda ‘vendido’ a um Irã transformado, que agora está no controle das decisões de paz ou guerra no Oriente Médio.

O mundo é hoje espaço realmente transformado, e com os EUA se autoconsumindo em amargas lutas existenciais e intrablocos, é hora de se perguntar: O que, afinal, poderia dar errado?!*******

[1] O termo ‘reset’ (ing.) surge em português do Brasil, no jargão da computação. Precipitadamente, jornalistas ‘de repetição’ e alguns tradutores brasileiros têm divulgado o termo “reinicialização” (port.), para designar esse Grande Reset de que se cogita em Davos 2021. O problema naquela tradução é que ali se consagra, sem qualquer rigor tradutológico, o deslocamento ‘ingênuo’, de um termo com específica definição num campo técnico, para outro campo também técnico, e muito distante do primeiro.

O principal risco nessa operação é que, por causa do deslocamento apressado, faz-se como se não existisse toda a constelação de outros significados que acompanham o significado de reset no campo da computação. Dentre esses outros significados que estão subsumidos na expressão “reinicialização” para traduzir “Reset à moda Davos”, inclui-se, muito relevante, o significado de “corrigir, ninguém precisa saber como, algo que deixou de funcionar ninguém sabe como ou por quê, e que, pelo reset/reinicialização poderia ser posto novamente em movimento, ninguém precisa saber como nem por quê” (sobre isso, há explicação interessante em português, aqui). Essa Nota dos Tradutores é work in process. Pode ser revista. Todos os comentários e correções são bem-vindos [NTs].

[2] Orig. Libertarian. Outra palavra de difícil tradução ao português. Libertarian não significa “libertário(a)” em nenhuma acepção que se aproxime do anarquismo. A única força ou instituição que os libertarian norte-americanos odeiam absolutamente e da qual querem libertar-se e que querem ver completamente abolida, é o Estado democrático. De fato, querem libertar-se, isso sim, do dever de pagar impostos. Até segundo aviso, traduziremos libertarian por “libertaristas”, para marcar a distância entre essa palavra e “libertário(a)”. Boa ‘reflexão’ sobre libertarian, no Urban Dictionary, aqui Essa Nota dos Tradutores é work in process. Pode ser revista. Todos os comentários e correções são bem-vindos (NTs).

* Orig. Deep State (lit. “Estado Profundo”). Já há algum tempo temos optado por traduzir a expressão por “Estado Permanente”. Depois de muito discutir, chegamos a um consenso: “Afinal de contas, o tal Deep State (i) não é ruim por ser profundo: é ruim por ser eterno, permanente, imutável, inalcançável pelas instituições e forças da democracia; e além disso, (ii) nem ‘profundo’ o tal Deep State é: ele vive à tona, tem logotipos, marcas e nomes na superfície; é visível, portanto; mesmo assim, se autodeclara “profundo”. Não. Ele que se autodeclare o que queira. Nós o declaramos “Estado Permanente” – e anotamos nossos motivos, aqui, em nota dos tradutores (NTs).

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga

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