A Palestina submeterá durante o mês de novembro ao Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução que defenda o fim da ocupação israelense.
A decisão foi anunciada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, durante uma reunião na Mukata, a sede do Governo, em meio a uma turbulenta situação em Jerusalém, denominada de Al Quds pelos muçulmanos, e uma maior percepção internacional sobre a falta de vontade de Israel para a negociação.
É improvável que o texto prospere devido ao possível veto dos Estados Unidos, membro permanente do Conselho de Segurança, apesar de recentes divergências entre Washington e Tel Aviv, em particular depois da agressão militar de 50 dias à Faixa de Gaza.
Entre princípios de julho e finais de agosto últimos, o Exército israelense desencadeou uma inda de bombardeios indiscriminados contra Gaza que causou a morte a cerca de 2.200 civis, em sua maioria mulheres e crianças e ferimentos a cerca de 11 mil pessoas.
No final do mês passado, Abbas declarou sua intenção de dirigir-se ao Conselho de Segurança com uma resolução que “deixará claro se os Estados Unidos são partidários de uma solução pacífica do problema palestino e da criação de um Estado independente” nas fronteiras anteriores a junho de 1967.
Com sua ocupação das terras palestinas Israel viola todas as leis internacionais, disse o mandatário durante o encontro para examinar a crise desencadeada em Jerusalém por ultrajes de judeus extremistas da mesquita de Al Aqsa, um dos três lugares mais sagrados do Islã.
A construção de assentamentos e a instalação de comunidades humanas em territórios de países sob ocupação militar são considerados um crime de guerra pela Quarta Convenção de Genebra à qual os palestinos se propõem aderir.
Queremos uma declaração da ONU que afirme o status quo aplicado a Jerusalém desde (a ocupação militar depois da guerra de) junho de 1967, asseverou o mandatário.
O texto fixa um prazo de pouco mais de dois anos até 2017, para a retirada israelense da Cisjordânia e de Jerusalém, de acordo com versões que circulam em veículos de comunicação palestinos.
No sábado (8), a nova chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, declarou que Jerusalém deve ser a capital de dois estados independentes que vivam em paz e respeito mútuo.
Nos últimos meses el Governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acelerou a construção nos assentamentos paramilitares em Jerusalém, com o intento de judaizá-la.
Fonte: Prensa Latina