Moção de Solidariedade do Partido Pátria Livre – aprovada no dia 22 de setembro de 2013, em reunião do Diretório Nacional.
Ao Partido Baath e ao povo sírio e sua liderança nacional, presidente Bashar Al Assad
O Partido Pátria Livre – PPL tem acompanhado com atenção especial a luta heroica do povo sírio, unido a seu exército nacional e sua liderança – Bashar Al Assad – para garantir a soberania nacional, a independência e a integridade síria. Temos participado de forma ativa nas reuniões do Comitê de Solidariedade ao Povo Sírio, de atos públicos – realizados em diversos pontos do país – manifestações de solidariedade ao povo sírio e de repúdio à odiosa intervenção do imperialismo norte-americano na tentativa de golpear o governo legítimo, popular e independente da Síria. Temos buscado, em todas as oportunidades, ampliar esta solidariedade entre os brasileiros e a compreensão dos fatos reais que atingem a Síria entre os mais diversos setores e forças políticas de nosso país.
Saudamos com entusiasmo as vibrantes e diárias vitórias contra os grupos paramilitares com contingentes de dezenas de milhares de mercenários que durante os últimos dois anos e meio atentam contra a paz, a estabilidade, a economia e ceifam vidas de mulheres, crianças e idosos em diversos pontos da Síria. Saudamos particularmente as vitoriosas batalhas de Al Qusair e nos arredores de Latakya que deixaram claro para o mundo inteiro que os mercenários financiados pelos EUA e pelas petromonarquias mais retrógradas e submissas ao Império estão sendo derrotados.
Foi essa derrota dos bandos montados na vã tentativa de derrubar o governo popular de Bashar Al Assad que levou o Império a engendrar a provocação de Al Ghouta, fabricando o incidente com armas químicas para justificar uma agressão direta dos EUA, com mísseis, a partir de naves fundeadas a Leste do Mediterrâneo.
Também no terreno da diplomacia, das articulações internacionais a Síria teve atuação exemplar e isolou – em especial na Reunião do G20 – a posição estúpida e agressiva do governo Obama.
A decisão do governo sírio de fornecer todas as condições para a atuação da missão de investigação de armas químicas da ONU, ajudou a desmontar a mentira com base na qual o império e governos a ele submissos queriam atacar a Síria. Destacamos o posicionamento claro e de solidariedade aberta, inclusive no Conselho de Segurança da ONU e mesmo no terreno militar, deslocando cruzadores para a região e fundeando suas naves no porto de Tartus, do governo russo, além da solidariedade clara e atuante da China, Índia, África do Sul e diversos outros governos soberanos, na América Latina e nos demais continentes.
O governo brasileiro também declarou de forma clara que a única saída para o conflito é a saída política e, desta forma, rejeitou a intervenção militar imperial.
Estamos lutando no seio de nossa sociedade para que o nosso governo tenha cada vez mais claro em termos de visão e posicionamento a urgência da garantia do direito da irmã República Árabe Síria à soberania e autodeterminação. São interesses comuns que nos unem. Além da solidariedade entre os nossos povos irmãos a necessidade de uma união entre os povos diante da agressividade do império que atinge em especial os países árabes, em virtude do interesse em dominar a região e pilhar suas riquezas. A Síria tem sido atingida também por sua solidariedade firme e sem titubeios à luta do povo palestino contra o colonialismo genocida de Israel, contra a ocupação dos territórios palestinos e o apoio militar ao regime israelense de apartheid e ocupação.
Neste sentido, nos deixam muito felizes, as vitórias do povo sírio, a formação de missões internacionais de solidariedade e a ampliação dos atos populares de apoio à Síria.
Aprovamos também o envio desta moção de solidariedade às organizações populares brasileiras, aos parlamentares de nosso país e ao governo brasileiro, solicitando que a decisão de afastar o embaixador brasileiro de Damasco, pelo ministro do Exterior agora afastado, seja revogada – por injusta, inoportuna e no sentido inverso à solidariedade e independência de nossa política internacional – e que seja indicado o embaixador brasileiro na capital síria de Damasco, assim como fazem todos os países do grupo dos BRICS e que prezam por uma política internacional soberana e independente dos interesses e injunções malévolas e retrogradas do Império.
Viva a luta heroica e soberana do povo sírio!
Viva a amizade do povo brasileiro e do povo sírio!
Fora da Síria com o Império norte-americano e seus mercenários!