Mais uma covardia: Principal líder do Hamas assassinado por Israel em Beirute 2

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O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertou semanas atrás sobre uma resposta forte se algum líder do Hamas fosse morto no Líbano

Redação de notícias
3 DE JANEIRO DE 2024

(Crédito da foto: The Cradle / Hassan Fakih – eyeofhassoun)

Saleh al-Arouri, um alto líder do Hamas e co-fundador da sua ala militar, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, foi assassinado no subúrbio de Dahiyeh, em Beirute, na noite de 2 de Janeiro, por um aparente ataque de drone israelense.

O ataque teve como alvo um edifício que abrigava um escritório do Hamas com três mísseis, matando Arouri e seis outros líderes e quadros do movimento: Samir Fandi, Azzam al-Aqra, Mahmoud Zaki Shaheen, Mohammad Bashasha, Mohammad al-Rayes e Ahmed Hammoud.

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“Os covardes assassinatos levados a cabo pela ocupação sionista contra os líderes e símbolos do nosso povo palestino dentro e fora da Palestina não conseguirão quebrar a vontade e a firmeza do nosso povo ou minar a continuação da sua valente resistência”, disse Izzat, alto funcionário do Hamas. al-Rishq disse num comunicado , alegando que o ataque “prova mais uma vez o fracasso abjeto do inimigo em alcançar qualquer um dos seus objetivos agressivos na Faixa de Gaza”.

O conselheiro do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Mark Regev, negou a responsabilidade, dizendo à MSNBC:

“Não assumimos a responsabilidade pelo ataque em Beirute e este não teve como alvo o governo libanês ou o Hezbollah.”

Uma hora antes, porém, o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, disse:

“Parabenizo o exército israelense, o Shin Bet, o Mossad e as forças de segurança pelo assassinato do líder terrorista do Hamas, Saleh Al-Arouri.”


Duas autoridades dos EUA disseram à Axios que Israel estava de fato por trás do ataque de terça-feira, mas alegaram que não notificou a Casa Branca com antecedência sobre o ataque.

Um alto funcionário israelense confirmou que Israel não notificou os EUA com antecedência, mas disse que notificou a Casa Branca “enquanto a operação estava acontecendo”.

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertou publicamente Israel há várias semanas contra a tentativa de matar líderes do Hamas em Beirute. Ele ameaçou uma resposta forte se isso acontecesse.

Arouri também foi comandante militar das Brigadas Qassam na Cisjordânia ocupada. Ele trabalhou para fortalecer a presença do movimento ali, financiando e planejando operações contra as forças israelenses.

Ele também foi recentemente descrito como “um dos arquitetos” da operação Inundação  Al-Aqsa, na qual o Hamas e outras facções da resistência palestiniana atacaram bases militares israelitas e colonatos no envelope de Gaza, em 7 de Outubro.

Em 1992, foi capturado e preso pelo exército israelense durante 18 anos. Em 2015, foi designado terrorista pelo Departamento de Estado dos EUA. Em 2017, foi eleito vice-líder do Bureau Político do Hamas. Então, em 2018, o Departamento de Estado dos EUA anunciou uma recompensa de 5 milhões de dólares por qualquer informação que levasse à sua captura.

Arouri desempenhou um papel importante na execução da “Operação Faithful To The Free”, que levou à troca do soldado israelita Gilad Shalit por 1.027 prisioneiros palestinos, incluindo Yahya Sinwar, o principal líder político do Hamas em Gaza.

Enquanto estava baseado em Beirute, Arouri coordenou estreitamente com o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e com autoridades iranianas como parte do Eixo de Resistência.

Em Agosto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou assassinar Arouri.

Em resposta, Arouri respondeu : “Abu Ammar [Yaser Arafat] foi martirizado juntamente com o Xeque Ahmed Yassin e todos os líderes do Hamas. Abu Ali Mustafa [líder da FPLP] e milhares de mártires. Nosso sangue e nossas almas não são mais preciosos ou mais valorizados do que qualquer mártir. Em primeiro e último lugar, o mártir que nos precedeu é superior a nós.”

Fonte: The Cradle

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2 thoughts on “Mais uma covardia: Principal líder do Hamas assassinado por Israel em Beirute

  1. Responder Fernando Oliveira jan 3,2024 9:07

    Os assassinatos, estupros, torturas, sequestros de civis m Israel, não foram covardes? Não li esse termo aqui no começo de outubro. A covardia caracteriza os atos sem aviso prévio, como, por exemplo, o massacre de civis em Israel em 7 de outubro. A busca pelos líderes terroristas do Hamas foi avisada milhares de vezes…

    • Responder Claude Hajjar jan 3,2024 23:31

      Israel é um Estado com força militar e estrutura, tem apoio irrestrito americano e da OTAN.
      Teve 76 anos a oportunidade de manter uma convivencia com os Palestinos, mas o que o Estado Sionista faz é oprimir. matar, tripudiar , expulsar e fortalecer a presença de colonos armados dentro dos territórios palestinos.
      Covardia foi o que o Netanyahu fez na Onu EM SETEMBRO: MOSTROU UM MAPA AONDE PALESTINA NÃO EXISTE.
      Veja o artigo da Amira Hass- colunista do Haaretz.
      Outro artigo Israel admite que matou israelenses no Festival Nova de Música.
      Uma pena, mas Israel fez a aposta errada. Será que está em tempo ainda?

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