A conselheira especial da presidência síria, Bouthaina Shaaban, disse que o cenário da eleição presidencial confirma a vontade do povo e reflete o fracasso das políticas dos EUA.
Em uma entrevista com Al Mayadeen, Shaaban enfatizou que o presidente sírio Bashar al-Assad “escolheu a cidade de Douma para votar e dizer que as pessoas ali eram reféns dos terroristas, não seus associados”.
Ela ressaltou que a Síria está aberta a todos, “mas o fato de vários países dizerem que não reconhecem as eleições é algo que não nos preocupa”.
Ela também afirmou que as tribos árabes desafiaram as forças separatistas e foram votar e rejeitar o serviço militar obrigatório.
Al Assad redefiniu o conceito de revolução e que o povo sírio está liderando uma revolução contra o terrorismo, a traição e a corrupção, disse a conselheira especial.
Segundo Shaaban, a libertação dos territórios ocupados é uma prioridade do presidente Al Assad na próxima etapa, assim como o estreitamento das relações com os aliados do país.
Foram as nações árabes que boicotaram a Síria e são eles que deveriam tomar a iniciativa de restabelecer as relações com ela, disse.
Quando algum país árabe toma a iniciativa de restabelecer relações, estudamos o assunto em relação aos interesses do povo, disse.
Ela também falou que “as prioridades do estado são apoiar as iniciativas da indústria e da agricultura e trabalhar para a mobilização de energia”.
A assessora especial da presidência confirmou que “a China não se abstém de investir na Síria, e o último telegrama do presidente da nação asiática confirma isso ”.
Ela explicou que a visita do chanceler chinês à região teria começado em Damasco, mas que a infecção de Al Assad pelo coronavírus a impediu.
Neste contexto, Shaaban destacou que “existem projetos propostos entre os dois países para serem implementados, e este é um passo da China para contestar as sanções dos EUA. ”
Quanto à Rússia ela ressaltou que, “é aliada e parceira”, enquanto os Estados Unidos “ocupam território sírio”.
Shaaban observou que o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o presidente francês Emmanuel Macron não tratam com o governo sírio, mas com grupos conhecidos.
Por outro lado, afirmou que a relação do Catar com a Turquia é distinta e que a abordagem turca ao Egito afetou as relações entre o Catar e o Egito.
Shaaban:
A firmeza da Síria se refletiu na Palestina
A assessora especial da presidência síria destacou que “a Palestina e a Síria estão interligadas e disse que a firmeza de seu país se reflete na Palestina”.
A última rodada de guerra na Palestina elevou o moral do povo sírio; sublinhou que “o que foi tomado à força só pode ser recuperado à força”, frisou.
Shaaban disse que a quinta coluna visa promover a normalização das relações da Síria com “Israel”, e afirmou que isso é impossível de acontecer.
Fonte: Agências