As esperanças de progresso nas negociações de paz de Astana podem ter sofrido um revés depois de que um dos principais grupos armados de oposição, que participaram delas, fora totalmente aniquilado pela Frente Al-Nusra.
Fonte AlManar
O grupo Yaish al Mujahedeen, ligado ao Exército Sírio Livre, esteve entre os grupos apoiados pela Turquia que participaram das negociações de Astana. Isto levou à Frente Al-Nusra a acusar o grupo de “traição” e de “conspirar contra” eles.
Al Nusra, agora chamado Fatah al Sham, tomou as áreas dominadas até então pelo Yaish al Mujahideen, no noroeste da Síria, aniquilando totalmente o grupo, segundo relatos de membros do ELS à Reuters, nesta quarta-feira.
Al Nusra lançou uma ofensiva contra facções do ELS, um grupo já enfraquecido nos últimos anos, incluindo a facção Yaish al Mujahideen. O ESL tem mantido uma estreita relação com Al Nusra nos últimos anos e ambos têm cooperado na província de Idlib, entre outros lugares. No entanto, Al Nusra, não duvida em destruir essas facções rebeldes quando acham que estão envolvidas no processo de paz com o governo sírio, o que, aos seus olhos, é uma “traição”.
Ironicamente, os próprios grupos de oposição insistiram para que Al Nusra fosse incluída no cessar-fogo, apesar de todos os documentos os excluíam explicitamente, e
celebraram sua mudança de nome para Fatah al Sham, que, em sua opinião, transformava a milícia em um grupo diferente.
Depois da ofensiva de Al Nusra contra as facções de ESL, as posições do último poderiam ser muito mais claras, uma vez que nenhum deles pode agora insistir na ficção de que Al Nusra, um grupo nascido e ligado à Al-Qaeda, é um grupo “moderado”.
EI e Al Nusra compreendem mais de 70% dos militantes que combatem o governo sírio.