Al Manar, 17/05/2021
Fontes de alto nível do sistema de segurança israelense e do exército israelense admitiram que o comandante da ala militar do Hamas, Mohammad Deif, conseguiu impor uma nova equação a “Israel” após decidir lançar mísseis contra todas as regiões da entidade sionista, relatou o canal de satélite libanês Al Mayadeen.
Sob a luz dos ataques israelenses na Faixa de Gaza, o Conselho Ministerial Restrito se reuniu no domingo, 16 de maio, por quatro horas e meia para discutir o curso e o resultado da batalha, à luz das vozes que pediam o seu fim.
Essas chamadas refletem uma clara divergência de pontos de vista dentro da liderança israelense.
Na verdade, há aqueles que pedem um uso mais agressivo da força militar para a destruição total da Faixa de Gaza, notadamente o primeiro-ministro israelense Benyamin Netanyahu, o ministro da Segurança Benny Gantz e outros ministros.
E aqueles que vêem que é chegado o momento de interromper esta operação, incluindo ministros do reduzido gabinete, mas também funcionários e altos funcionários de segurança, à luz das discussões sobre os temores de uma escalada em várias frentes. Este último expressou sua profunda preocupação com uma escalada de confrontos na arena doméstica, particularmente na Cisjordânia, ou uma deterioração na situação de segurança nas fronteiras com o Líbano, ou a ameaça de lançamentos de mísseis da Síria.
Divergências quanto a continuação da guerra
Relatórios no site de Wallah acrescentaram que “altos funcionários políticos e de segurança intimamente ligados à operação de Gaza acreditam que” Israel “deve começar a iniciar contatos de cessar-fogo” devido à crescente pressão internacional em relação aos danos causados aos civis “.
Relatórios indicaram que “o exército israelense teme uma complexidade de ataques que levem à morte de cidadãos (colonos) ou a uma conquista militar do Hamas”.
Por outro lado, fontes de alto nível no estabelecimento de segurança e no exército admitiram que “o comandante da ala militar do Hamas, Mohammad Deif, conseguiu forçar uma nova equação com” Israel “após decidir lançar mísseis contra todo o território da entidade sionista. A questão que é ainda mais perigosa: a transferência dos voos do aeroporto de Ben Gurion para o aeroporto de Ramon devido ao perigo para os voos turísticos, e a suspensão das obras do campo de gás Tamar.
Os crescentes apelos para acabar com a guerra da mídia em “Israel” foram resumidos pelo analista de assuntos árabes do site de notícias Wallah, Avi Issacharoff, que disse que a operação em Gaza deve ser interrompida por vários motivos:
1 – As operações táticas do exército israelense não vão mudar o feito militar estratégico do Hamas, que explodiu Gaza, Cisjordânia, Líbano, Síria e até “Israel”, e matar mais palestinos em Gaza “não vai mudar o quadro”.
2 – A Cisjordânia começou a acordar depois de anos de sono profundo, e a cessação da operação em Gaza pode levar a um calmaria da situação na Cisjordânia, bem como dentro de “Israel”.
3 – Repensar a questão de Gaza se tornou uma necessidade após as políticas erradas dos governos de Netanyahu, que fortaleceram o Hamas.
4 – A única medida efetiva seria uma operação terrestre, entretanto, há um consenso dentro da liderança israelense de que não há vontade de realizar tal operação que seria terrivelmente onerosa em baixas para o “exército israelense”.
Fonte: mídia israelense