Pelo menos 1.000 militantes extremistas foram mortos pelas tropas de Damasco e ataques aéreos sírio-russos
The Cradle
1 DE DEZEMBRO DE 2024
(Crédito da foto: X)
O Exército Árabe Sírio (SAA) está avançando com sua contraofensiva contra o ataque extremista massivo lançado contra a zona rural de Idlib e Aleppo dias atrás, que viu grupos armados se infiltrarem até os arredores da província de Hama.
“Mais reforços militares de nossas forças armadas chegaram à zona rural do norte de Hama, incluindo pessoal, equipamento pesado e lançadores de foguetes para apoiar e respaldar o avanço de nossas forças armadas neste eixo, em meio a um estado de fuga em massa por membros de organizações terroristas armadas”, disse o Ministério da Defesa da Síria em um comunicado em 1º de dezembro.
“Os aviões de guerra conjuntos sírio-russos estão intensificando seus ataques precisos nos eixos de movimento dos terroristas em fuga, seus locais, quartéis-generais e seus depósitos de armas e munições, atingindo diretamente e matando e ferindo dezenas deles”, acrescentou a declaração.
Militantes liderados por Hayat Tahrir al-Sham (HTS), anteriormente conhecida como Frente Nusra, chegaram aos arredores da cidade de Hama em 30 de novembro após ocupar várias cidades em seu interior.
No entanto, as tropas do exército sírio rapidamente conseguiram empurrá-los para trás pelo menos 12 quilômetros. As forças sírias teriam retomado as cidades de Suran, Halfaya, Taybat al-Imam e Maardis na manhã de domingo.
O exército também rechaçou uma tentativa de facções lideradas pelo HTS de avançar na cidade de Qalaat al-Madiq, perto das Planícies de Al-Ghab, no interior do norte de Hama.
Ataques aéreos russos e sírios continuam a bombardear os grupos extremistas que tentam avançar mais profundamente no interior de Hama, enquanto também atacam redutos do HTS dentro da cidade de Idlib e no interior da província de Idlib e Aleppo.
Russian airstrike targets central command headquarters of Hayat Tahrir al-Sham (formerly Nusra Front) in the northern Aleppo countryside. pic.twitter.com/8QX2svnv9J
— The Cradle (@TheCradleMedia) December 1, 2024
Pelo menos 1.000 militantes foram mortos nos ataques desde que o HTS, facções aliadas sob seu comando e a coalizão do Exército Nacional Sírio (SNA) apoiada pela Turquia começaram sua ofensiva contra o interior de Idlib e Aleppo no início de 27 de novembro.
(Around 4 hours ago) Hospitals in #Aleppo City are overflowing with dead and wounded #HTS after non-stop joint #Russian–#Syrian Army airstrikes on their positions#Syria pic.twitter.com/I0m3eJxGkW
— Ammar Khan (@AmmarKh12669255) December 1, 2024
No entanto, o centro de Aleppo continua invadido por grupos armados que invadiram a cidade na sexta-feira. Os militantes também capturaram várias cidades controladas pelo governo no interior de Idlib.
“Nossas forças lutaram ferozmente em um trecho de 100 km para deter seu avanço. Durante essas batalhas, dezenas de nossos soldados foram martirizados e outros feridos. Devido ao grande número de terroristas e múltiplas frentes, nossas forças foram redistribuídas para fortalecer as linhas de defesa, absorver o ataque, preservar vidas civis e de soldados e se preparar para um contra-ataque”, disse o Comando Geral do exército sírio no sábado.
O ataque liderado pelo HTS está sendo conduzido pela inteligência turca.
“A operação visa restaurar os limites da zona de desescalada de Idlib”, disse uma fonte de segurança turca ao Middle East Eye (MEE) em 28 de novembro, referindo-se a um mecanismo para interromper os combates acordado em 2017 durante as negociações de Astana e reforçado em 2019 pela Rússia, Turquia e Irã.
Moscou e Damasco reduziram a zona de desescalada e capturaram mais território durante uma ofensiva contra grupos armados de oposição em 2020.
Fonte: The Cradle