O ataque extremista massivo começou com ataques de foguetes e artilharia contra posições do governo sírio no interior de Idlib, Aleppo e Hama
The Cradle
27 DE NOVEMBRO DE 2024
(Crédito da foto: Reuters)
Tropas sírias se envolveram em batalhas ferozes com o grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS) em 27 de novembro e bombardearam pesadamente suas posições depois que militantes lançaram o que foi descrito como o maior ataque antigovernamental desde 2020.
“Desde as primeiras horas da manhã, batalhas ferozes estão ocorrendo entre o Exército Árabe Sírio e organizações terroristas que lançaram o maior ataque desde 2020”, disse o Exército Árabe Sírio (SAA) em um comunicado na quarta-feira.
“Confrontos muito violentos estão ocorrendo agora ao longo do eixo rural ocidental de Aleppo, e ataques contínuos de aviões de guerra sírio-russos estão mirando reuniões terroristas e suas linhas de suprimento”, acrescentou.
O ataque do HTS foi lançado contra posições do SAA no interior de Aleppo, Hama e Idlib. Começou com cada ataque de foguete e artilharia nas aldeias próximas sob controle do exército sírio, de acordo com o correspondente da Sputnik.
Entre as cidades atacadas estavam Nubl e Zahraa – duas cidades no interior de Aleppo que foram sitiadas pelo grupo predecessor do HTS, a Frente Nusra da Al-Qaeda, de 2012 a 2016.
“Imediatamente após o ataque, a artilharia do exército sírio começou a bombardear intensivamente os eixos do ataque dos militantes “Al-Nusra”, e os aviões de guerra conjuntos sírios e russos lançaram ataques concentrados nas linhas de suprimento traseiras dos grupos, suas posições de tiro, depósitos de munição e seus quartéis-generais militares”, continuou o correspondente da Sputnik.
Os confrontos entre o exército e os militantes extremistas estão em andamento.
De acordo com Al Mayadeen, milhares de combatentes do HTS participaram do ataque matinal. O veículo relatou, citando fontes em Idlib, que o grupo extremista ordenou que hospitais na cidade de Idlib e no interior parassem todas as operações cirúrgicas e se preparassem para tratar militantes feridos em batalha.
Fontes de campo citadas por Al Mayadeen disseram que o Exército Nacional Sírio (SNA) apoiado pela Turquia – composto por vários ex-combatentes e comandantes do ISIS – estava envolvido no ataque e nos confrontos em andamento. Uma fonte disse ao veículo de notícias que Ancara busca pressionar Damasco a reacender as negociações de normalização entre os dois estados.
O HTS está sediado na província de Idlib – a última província síria sob controle total de facções extremistas da oposição, com exceção de certos bolsões no interior de Aleppo.
As forças de Damasco fizeram seu primeiro avanço em direção a Idlib em 2019, quando capturaram a cidade de Habeet no interior de Idlib.
O Partido Islâmico do Turquestão (TIP), que luta sob o comando do HTS, foi responsável por um ataque de drones a uma faculdade militar síria em Homs em 5 de outubro do ano passado, que matou dezenas durante uma cerimônia de formatura.
As operações da Força Aérea Síria contra posições do HTS e outros grupos em Idlib se intensificaram significativamente desde então.
Fonte: The Cradle