África do Sul: Massacre em Gaza, mostra Israel violando decisão da CIJ sobre genocídio

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Brasil diz que o massacre de palestinos em busca de ajuda humanitária no norte de Gaza mostra que Israel não tem “limites éticos ou legais”

The Cradle, 1º DE MARÇO DE 2024

Palestinos deslocados pelo conflito esperam por comida em uma escola pública em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 19 de fevereiro de 2024. (Foto: MOHAMMED ABED/AFP)

A África do Sul diz que o assassinato de palestinos famintos por Israel enquanto eles se reuniam em torno de um comboio de ajuda humanitária no norte de Gaza violou a ordem provisória do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) de que Israel cessasse de cometer genocídio no enclave costeiro.

“A África do Sul condena o massacre de 112 palestinianos e o ferimento de centenas de outros enquanto procuravam ajuda para salvar vidas”, afirma o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul num  comunicado .

“Esta última atrocidade é outra violação do direito internacional e das ordens provisórias vinculativas do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ).”

“Um apelo imediato e incondicional a um cessar-fogo é agora uma necessidade moral e que salva vidas”, acrescentou o comunicado.

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Em Janeiro, o TIJ ordenou que Israel tomasse todas as medidas ao seu alcance para evitar que as suas tropas cometessem genocídio contra os palestinianos em Gaza. Israel matou mais de 30 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, ao mesmo tempo que destruiu grandes áreas do enclave para torná-lo inabitável desde 7 de Outubro.

Israel apresentou um relatório ao TIJ para relatar o seu progresso, ao qual Pretória estava a preparar uma resposta.

Desde que a decisão do TIJ foi emitida, Israel permitiu a entrada de menos ajuda em Gaza, em vez de mais, deixando centenas de milhares de pessoas em perigo de fome, especialmente no norte de Gaza.

Em 26 de Fevereiro, a Amnistia Internacional  afirmou  que Israel tem “bloqueado e impedido a passagem de ajuda suficiente para a Faixa de Gaza, em particular para o norte, que é virtualmente inacessível, numa clara demonstração de desprezo pela decisão do TIJ e numa flagrante violação da sua obrigação de prevenir o genocídio”.

O governo brasileiro afirma que o massacre de quinta-feira perto do comboio de ajuda mostra que a ação militar de Israel em Gaza não tem “limites éticos ou legais” e apelou também a um cessar-fogo imediato no conflito.

“A humanidade está falhando com os civis de Gaza. E é hora de evitar mais massacres”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil em comunicado.
Fonte: The Cradle

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