Liderando com Insight: Habilidades de pensar que os líderes precisam na era das transformações

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Por Dr Miled Sebaly

Pode ser um gráfico de texto que diz "LEADING WITH INSIGHT Building ambitious leaders for life."

Num mundo onde a mudança é acelerada e os desafios se enredam, as ferramentas tradicionais de liderança já não são suficientes. A nova realidade exige que os líderes sejam mais do que apenas tomadores de decisões; pensadores estratégicos, inquisidores constantes, comunicativos, conectados à realidade, conscientes do seu entorno a partir de sistemas interferentes.
Em meio à ascensão da Inteligência Artificial, transformações digitais e crises globais recorrentes, surge a necessidade de novos modelos de pensamento, capazes de lidar com a realidade não através da sua fração, mas entendendo-a como um tecido integrado. Isto exige ter habilidades fundamentais como: Inquérito Crítico, Pensamento de Sistemas, Conscientização de Sistemas, Escuta Profunda e Liderança Adaptativa.

Primeiro: desde resolver problemas até remapeá-los

Num mundo complexo, não basta procurar uma solução para os problemas, temos que reformulá-los. A forma como entendemos o problema, determina o tipo de soluções que procuramos. Portanto, a transição de Resolução de Problemas para Enquadramento de Problemas é uma mudança detalhada no pensamento de liderança.
Líderes perspicazes não apenas respondem, fazem perguntas que revelam suposições ocultas e abrem novos horizontes de compreensão. Estes tipos de perguntas, chamadas “Questões Motivacionais” ou Questões Catalíticas, não são apenas úteis para resolver, mas formam a base para uma cultura de aprendizagem e crescimento dentro de uma equipe ou organização.

Segundo: Pensamento de Sistemas – Uma visão mais ampla da realidade

Pensamento sistemático não é apenas uma ferramenta para analisar relacionamentos, mas uma nova lente para ver o mundo. É a capacidade de ir além dos detalhes isolados e entender como as partes dentro de um todo interagem.
Quando entendemos que o baixo desempenho de uma equipe não é apenas resultado de um mau treino, mas também de interferência em papéis, poderes e tarefas, um mistério na mensagem ou uma tensão no relacionamento com outros departamentos, só então nos aproximamos de encontrar a verdadeira solução.

O pensamento sistemático permite aos líderes:

• Percebendo loops de efeitos mútuos (loops de feedback)
• Distinguir entre causas raízes e sintomas
• Identificando pontos de alavancagem de impacto alta (pontos de alavan
• Projetar estratégias baseadas na compreensão da estrutura e não na intuição ou impressão

É o pensamento que lida com o tempo, interligação, entrelaçamento e complexidade dinâmica – não apenas complexidade, mas complexidade dinâmica.

Terceiro: Liderança adaptativa como ferramenta para persistência e progresso em meio à neblina e à incerteza

Vivemos em um mundo que não recompensa estabilidade, mas sim adaptabilidade, em meio a tanta ambiguidade e incerteza. Neste contexto, os líderes não só são obrigados a saber com antecedência, mas a aprender enquanto agem e executam, rever suas decisões e adotar pensamentos experimentais.
Perante o entrelaçamento e variáveis, o papel de um líder já não se limita a dar ordens ou a tomar decisões rápidas. Em vez disso, é essencial que um líder se adapte, reflita e guie as equipes para a aprendizagem coletiva e a experimentação consciente.

Liderança adaptativa significa a capacidade de:

• Correndo o desconhecido sem medo
• Ouvindo ativo várias visualizações
• Interaja com a mudança, não resistindo
• Reconstrua padrões mentais quando necessário

Esta liderança não é espontânea, mas baseada na resiliência mental, alta confiança, baseada em valores, não controle. E é uma liderança de diálogo, não uma autoridade, que constrói relações sobre abertura e aprendizagem.

Liderança adaptativa requer autoconsciência, abertura para o desconhecido e capacidade de mudar padrões mentais quando necessário. Neste contexto, o papel de um líder não é impor um ponto de vista específico, mas sim coordenação entre pontos de vista diversos e direcionar o diálogo para soluções.

Quarto: Múltiplas Perspectivas Transformadoras e Insights

Uma das maiores ilusões em ambientes organizacionais é a suposição de que a opinião “certa” é o que vem de cima. O fato é que o verdadeiro valor vem de múltiplas perspectivas, e a capacidade de integrá-las para construir uma compreensão mais ampla e inclusiva.

Ouvir Profunda aqui não é apenas ouvir, mas ouvir Transformacional, o tipo de escuta que muda a forma como entendemos um problema ou outra opinião. É ele que abre o caminho para uma cooperação genuína, e inova soluções que vão além do que cada parte vê sozinho.

Quando as decisões são construídas com base em múltiplas perspectivas, tornam-se mais resilientes, têm uma legitimidade mais forte e parecem uma profundidade que reflete as complexidades da própria realidade.
Quinto: um currículo de pensamento que integra inteligência artificial e não se sujeita a isso.

Na esteira da tecnologia e da IA generativa, é fácil ficar impressionado com a sua capacidade de gerar respostas. Mas o que a tecnologia não pode fazer é fazer as perguntas certas, compreender o contexto ou perceber a dimensão moral das decisões.

Aqui é destacado a importância de nos treinarmos para pensarmos integrados com ferramentas inteligentes, não pensarmos associados a isso e rendermo-nos cegamente a isso. E este leva :

• Entendendo Máquinas de Inteligência Artificial, Seus Limites e Direções
• Use-o como meio de inovação, não como substituto para o pensamento
• Manter a distância humana e moral na tomada de decisões

Por outras palavras, a tecnologia produz respostas, temos que reinventar as perguntas.

Sexto: Aplicações nos setores da educação, cultura e administração pública

Na educação:

Professores e líderes educacionais que adotam essas habilidades não estão apenas transmitindo informações, eles treinam como pensar, conectar múltiplos conceitos e entender as relações entre as partes. Estão a criar gerações capazes de lidar com a realidade como interação contínua e não como factos difíceis.

Em instituições culturais:

Cultura não é luxo, é um sistema que encarna valores e identidade. O pensamento sistemático permite que as instituições culturais concebam programas mais interativos e impactantes que levem em conta a estrutura social, as relações históricas, as dinâmicas psicológicas e sociais.

Na Administração Pública e liderança eleita:

Aqui, a capacidade de pensamento sistemático e conscientização sobre relações entrelaçadas torna-se fatal, especialmente com a possibilidade de diferença de nível e abordagens das pessoas escolhidas, o que pode resultar em diferenças que não são necessariamente coerentes.

Líderes capazes de compreender como as suas decisões afetam a longo prazo, e em vários setores, são aqueles que geram mudanças sustentáveis. É imperativo que as autoridades estejam cientes das relações entrelaçadas entre políticas, indivíduos e sociedade.

Uma boa liderança neste contexto requer uma consciência de todo o sistema e seu funcionamento, e a capacidade de guiar equipes dentro de redes complexas de influência e influência.

Rumo a novos conhecimentos de liderança

Já não basta ter certificados ou dominar ferramentas analíticas. O mundo de hoje requer um novo tipo de conhecimento de nós: Literacia de Liderança capaz de ligar compreensão profunda, análise sistemática e senso humano moral racional.

A liderança no século XXI não é medida apenas por conquistas, é medida pela sua capacidade de abraçar complexidades, lidar com incerteza e ambiguidade, diálogo direto e moldar um futuro participativo.

Liderança não é apenas uma habilidade. É um padrão de consciência e pensamento, um estilo de vida dinâmico e um estilo radical de mudança.

Dr Miled Sebaly
Presidente e CEO na empresa  Educação Global
 Diretor gestor  na empresa Aprendizagem Global

 

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