RT: E por que os terroristas se declarariam autores do que se viu lá?
CS: É consistente com o método de operação deles, não só do Estado Islâmico, mas de qualquer outro grupo terrorista em todo o mundo. Há também sites e canais de comunicação conhecidos por pertencerem a grupos terroristas. Qualquer um, pela internet e redes sociais, pode fazer declarações em nome do grupo.
Mas há razões para essa declaração, nesse caso. A declaração do Daesh pode ser vista como um ‘revide’ – é o que eles querem fazer crer que seria – contra o efetivo engajamento dos russos na Síria, contra os terroristas, em semanas recentes.
RT: Air France e Lufthansa disseram que não mais voarão sobre a Península do Sinai. O senhor acha que é exagero?
CS: Acho que ninguém pensaria nessa providência, se não houvesse o precedente do MH17. Se você lembra, a Ucrânia não fechou seu espaço aéreo, apesar do conflito armado no leste. E é compreensível que, ante o barulho que a mídia-empresa fez na divulgação do caso recente (com destaque, sempre, para o fato de o avião ser de empresa russa), algumas empresas de aviação adotaram medida preventiva e decidiram mudar seus planos de voo, nem tanto por temor de consequências jurídicas futuras, mas, principalmente, para tranquilizar os passageiros.******