83 anos de tomada de Iskandaron da Síria por um crime de suborno entre Turquia, Inglaterra e França

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28/11/2022

Damasco, 28 de novembro (SANA)

Já se passaram-se 83 anos do crime de tomada do território sírio em Alexandretta/Skandaron, mas a memória desse fato, é fatal e ainda permanece na consciência dos sírios que se agarram ao direito de recuperar cada centímetro de terra de sua pátria, não importa o quanto o tempo passe.

A trama através da qual  Alejandreta/Skandaron foi desenraizada em 1939 foi consumada como resultado de uma falsificação da realidade de acordo com um tratado tripartido entre a Turquia e as ocupações francesa e britânica.

O negócio ocorreu como um suborno em troca da Turquia se aliar aos aliados na Segunda Guerra Mundial. Quando então, Ancara aproveitou a eclosão da guerra em 1º de setembro de 1939, bem como a situação existente na Europa e a necessidade dos aliados de incliná-la para o seu lado ou mantê-la neutra, pois controlava importantes estreitos marítimos, portanto, anexou Alexandreta/Skandaron.

No entanto, a então Junta das Nações não reconheceu esta passagem nem a sua sucessora, a Organização das Nações Unidas, o que significa que, do ponto de vista internacional, Alexandretta/Skandaron é considerado território sírio.

Alexandretta/Skandaron está localizada na parte noroeste da Síria e tem vista para o Mediterrâneo com uma área de 4800 km2. Mais de um milhão de pessoas, principalmente árabes-sírios, vivem nesta região, enquanto os turcos médios não excediam 20% dos residentes em 1920.

A ocupação procedeu à mudança de topónimos e demografia, deslocou muitos sírios e aboliu o ensino e os procedimentos legais da língua árabe, bem como impôs a moeda turca em contravenção às normas estabelecidas pela Liga das Nações, que funcionava como uma organização internacional na época, quando Alexandretta/Skandaron foi levado embora.

Os nomes das cidades, montanhas e planícies de Alexandretta/Skandaron ainda carregam o espírito da região e sua história, falam através de sua identidade pátria, como Antakya, Iskandaron e al-Swiediya, que são nomes que refletem o arabismo das cidades.

fm/ah

Fonte: Agência Sana

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