Foi numa sexta-feira, *sagrada aos muçulmanos*, que os sionistas se autoproclamaram estado sobre terras palestinas e se antodenominaram Israel. Era dia 14 e ao pôr do sol iniciou-se o sahabat, o dia da semana sagrado aos judeus. E no dia seguinte, 15 de maio de 1948, o *shabat* propriamente, dia a ser integralmente guardado conforme preceitua o judaísmo, é feito sangrento pelos estrangeiros euro-judeus recém-chegados à Palestina que não o observam e dão início ao banho de sangue e despovoamento da Terra Santa, tal qual planejado ainda na segunda metade dos 1800 e tornado plano metódico em 1947, o Plano Dalet. É a Nakba, a catástrofe palestina, lembrada todo dia 15 de maio, neste ano completando seu 72º ano. Os euro-judeus, que tinham menos de 6% da terra (metade disto era, na verdade, também de palestinos, de população originária, mas de fé judaica), tomam pela força 76% da Palestina Histórica e desta porção expulsam ou matam ao redor de 88% da população palestina originária. É desta limpeza étnica que resulta tudo que se dá hoje na Palestina e os 6 milhões de refugiados palestinos espalhados pelo mundo, 9% da população refugiada mundial, mesmo sendo os palestinos apenas 0,2% da população mundial. É como se para cada 46 refugiados no mundo, 45 fossem palestinos, ou, dito de outro forma, 45 palestinos refugiados para cada 1 de qualquer outro grupo humano na mesma condição. Isso é crime de lesa humanidade cometido pelos fundadores de Israel e hoje sustentado por quem o administra e segue ocupando a Palestina. Isso precisa ser corrigido. Aproveitemos esta sexta-feira do sagrado mês de Ramadan, que daqui a pouco dá início do shabat, para refleirmos sobre esta injustiça histórica buscam os meios de corrigi-la. Será bom para todos na Palestina. E que todos saibam: não esqueceremos. Voltaremos. #PalestinaLivre.
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