Por Nathaniel Braia.
Escolhi este artigo por que apesar de curto tem denúncia importante. Na terça à tarde (16/07), sete soldados israelenses armados de metralhadoras e um oficial participaram de uma operação que em qualquer lugar no mundo seria muito estranha mas não na Palestina ocupada: a prisão de uma criança de cinco anos de idade.
Segundo o comando do exército israelense, o menino, Wadi’a Maswadeh, teria atirado uma pedra sobre o carro de um assentado judeu em terra tomada aos palestinos. A pedra teria atingido o pneu do carro do israelense.
O garoto é visto gritando e chorando quando os soldados o colocam em um jipe militar e o levam até sua casa. A mãe do menino pede que não o levem pelo menos até que o pai, Karam, retorne. Quando o pai chega, ambos, pai e filho são levados ao posto policial militar 56, perto da cidade palestina de Nablus. Lá o pai é algemado e tem os olhos vendados enquanto ao garoto mandam aguardar.
Meia hora depois chega o tenente-coronel da Administração Militar do Distrito que dirigiu-se aos soldados dizendo. “Do ponto de vista das relações públicas vocês causaram dano. Quando há câmeras por perto, os palestinos devem ser tratados de forma agradável”.
Todo o triste episódio foi filmado por voluntários da organização de direitos humanos B’Tselem. Uma das coisas mais chocantes no vídeo é a calma com que agem os soldados israelenses como se prender uma criança de cinco anos, apavorada e chorando, não fosse uma atitude hedionda e sim algo normal, parte da rotina da ocupação.