Síria:Vacinas adulteradas entraram via Turquia para matar as crianças da periferia de Idleb -Síria

Share Button

Damasco, (SANA)

18/09/2014

Conselho de Segurança da ONU

Conselho de Segurança da ONU

Ministério das Relações Exteriores: A ação das organizações terroristas e as autoridades turcas que estão por trás delas, de vacinar as crianças carentes da periferia de Idlib, na Síria, com vacinas adulteradas  é uma ofensa ultrajante e uma verdadeira calamidade.

O Ministério das Relações Exteriores e Expatriados enviou duas cartas, de igual teor, ao Secretário-Geral das Nações Unidas e ao Presidente do Conselho de Segurança sobre o crime de conspiração ocorrido entre instituições de saúde fictícias, pertencentes a organizações terroristas armadas, em cooperação com as autoridades turcas, que  resultou na morte de 15 crianças sírias inocentes, ao leste de Ma’arrat Numan, na periferia de Idlib, após serem vacinas com vacinas contaminadas, de origem desconhecida, contra o sarampo.

O Ministério das Relações Exteriores disse que a ação dos líderes das organizações terroristas armadas, as autoridades turcas que estão por trás delas e de todos os que atuaram para facilitar ou participar desta calamidade, exige da comunidade internacional uma condenação clara, explícita e direta a este ato criminoso, a esta violação escandalosa e flagrante cometida por essas gangues contra o direito internacional e contra as leis de direitos humanos.

Por sua vez, o Ministério da Saúde condenou a chamada “coalizão”, que cooperou com as autoridades turcas para administrar as vacinas contra o sarampo nas áreas a leste de Maaret al-Numan,  na perifeira de Idleb, e que  levou à morte  de 15 crianças, enquanto outras continuam padecendo após terem sofrido de asfixia.

O Ministério disse em um comunicado, do qual a SANA teve acesso hoje, “15 crianças foram mortas e outras dezenas sofreram dos efeitos da asfixia, no leste da província de Idlib, em consequência da ação da chamada “coalizão”, que em cooperação com as autoridades turcas, deu-lhes vacinas contra o sarampo, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas e que levaram à esta catástrofe humanitária”.

O Ministério denunciou a violação da lei e o desrespeito aos princípios e normas que regem as relações internacionais, facilitando a entrada e distribuição de vacinas e medicamentos genéricos, que tem sua distribuição mundialmente proibida sem receita médica e que foram entregues a pessoas e grupos que não tem sequer noções básicas do trabalho médico e da profissão médica, “expondo nosso povo, nessas áreas, ao risco de uso não autorizado de medicamentos e vacinas, fato que representa uma clara ameaça à saúde pública”.

O Ministério apelou à população, residente em áreas adjacentes à fronteira com a Turquia, a abster-se completamente de fazer uso de todas as drogas ou vacinas que são inseridas através das autoridades turcas, afirmando que o Ministério não poupará esforços no sentido de atender as necessidades médicas da população, em especial as vacinas infantis e que fará uso de todos os meios disponíveis para tal, em cooperação com a Organização da Crescente Vermelha Árabe Síria e das demais organizações internacionais que atuam na área de saúde no território sírio, tendo em conta que a vacinação de crianças requer normas e condições, habilidade técnica rigorosa e experiência nesta área da medicina.

O Ministério da Saúde exigiu da “comunidade internacional que condene esta atitude antiética e desumana dos representantes de organizações terroristas armadas, a chamada “coalizão”, que tratou de forma leviana esta flagrante e dolorosa tragédia, ao fazer promessas de compensação material e moral às famílias das crianças para encobrir suas práticas criminosas contra o direito do povo árabe sírio, esquecendo-se que as feridas das mães enlutadas não podem ser embalsamadas com indenizações por danos materiais e por palavras doces, porque a vida humana não tem preço”.

O Ministério fez um chamado às organizações internacionais de saúde para condenar esta catástrofe humanitária e para investigar as suas circunstâncias, como forma de proteger o direito das crianças ao acesso a cuidados de saúde e garantir que não haja reincidência de tal comportamento criminoso e imprudente com a saúde humana. E exigiu a adoção de campanhas de vacinação em nível nacional e das campanhas “focais” periódicas aprovadas pelo Ministério da Saúde e anunciadas com antecedência em toda a mídia nacional, bem como apoiar os esforços do governo para permitir que as equipes de vacinação qualificadas tenham acesso a todas as áreas afetadas, com o objetivo de imunizar as crianças, de acordo com padrões médicos rigorosos para a administração de vacinas, aprovadas pelo Ministério da Saúde e pelas regionais de saúde nas províncias.

O Ministério da saúde afirmou que se mantêm zeloso na preservação dos requisitos necessários à preservação do estado de saúde das crianças, especialmente através das campanhas de vacinação periódicas e do envio de equipes de vacinação qualificadas, vacinas confiáveis ​​e tratamentos complementares para as áreas de tensão, em colaboração com o setor privado e, especialmente, com a Crescente Vermelha Árabe Síria, afim de garantir a saúde e a segurança das crianças sírias, assegurando o seu crescimento e desenvolvimento de forma adequada.

 

Tradução: Jihan Arar

 

 
Share Button

Deixar um comentário

  

  

  

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.