Rússia: Casa Branca está ‘defendendo terroristas do Daesh’

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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que a situação na Síria está piorando, dadas as constatações de que os rebeldes intensificaram seus ataques desde o início do cessar-fogo, em 12 de setembro, e de que Washington não consegue atacar os jihadistas.

“Se antes tínhamos suspeitas de que a Frente al-Nusra é protegida desta maneira, agora, depois dos ataques aéreos de hoje contra o exército sírio chegamos a uma conclusão realmente aterrorizante para o mundo inteiro: a Casa Branca está defendendo o EI [Estado Islâmico ou Daesh)”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russa, Maria Zakharova, em transmissão pelo canal de televisão Rossiya 24.

Com informações de Sputnik e RT

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A declaração é uma resposta contundente à administração Obama após um comunicado do Comando Central dos EUA sugerindo que a coalizão liderada pelos Estados Unidos tinha avisado a Rússia antes de lançar os ataques aéreos contra posições do Exército sírio em Deir Ez-Zor neste sábado.

A chancelaria russa tem acusado os EUA de não lidar de boa fé no marco do acordo de cessar-fogo acordado em Genebra para a resolução política do conflito sírio. O general russo Vladimir Savchenko disse que “a situação está piorando”, com as forças rebeldes aumentando o número de ataques desde que o acordo entrou em vigor, em 12 de setembro “A Rússia está exercendo todos os esforços possíveis para evitar que as tropas do governo [sírio] contra-ataquem”, disse o general sênior do exército russo Viktor Poznikhir. A resposta dura por parte da Rússia foi suscitada não apenas porque os Estados Unidos tentaram jogar a culpa em Moscou pelo ataque que matou 80 soldados sírios de acordo com a agência de notícias SANA, mas também devido a relatos de que os terroristas do Daesh iniciaram uma grande ofensiva contra as tropas sírias após o ataque aéreo norte-americano ter aleijado as tropas de Assad.

 

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Moscou convoca reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU

 

A Rússia convocou uma sessão de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para tratar dos ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA contra o Exército sírio neste sábado, que, segundo Moscou, vão enfraquecer o histórico acordo de cessar-fogo que entrou em vigor no início desta semana.

O Ministério das Relações Exteriores sírio fez eco a Moscou na convocação de uma reunião emergencial para que o Conselho de Segurança possa condenar oficialmente os ataques aéreos da coalizão contra as posições do exército sírio.

A Síria tem sustentado há tempos que os ataques aéreos liderados pelos norte-americanos no espaço aéreo do país são ilegais porque o governo Assad nunca convidou Washington a intervir. Os ataques acontecem apenas cinco dias após o incício do cessar-fogo mediado pela Rússia e pelos EUA. Em comunicado, Moscou disse que os EUA eram responsáveis pelo colapso iminente do acordo.

Sessão marcada A missão da Nova Zelândia, que está na presidência do Conselho de Segurança da Onu durante o mês de setembro, anunciou que a reunião convocada pela Rússia será realizada às 19h30 no horário de Nova York (20h30 no horário de Brasília). As consultas serão realizadas a portas fechadas.

Senador russo afirma que ataque contra Exército Sírio foi intencional

RT. “Os Estados Unidos atacaram as tropas do governo na Síria intencionalmente. Seu objetivo era derrubar Bashar al-Assad para a oposição chega ao poder e os seus interesses económicos na região serem resolvidos.” Estas foram as afirmações do primeiro vice-presidente da Comissão de Defesa eo Conselho de Segurança da Federação Russa (a câmara alta do Parlamento), Frants Klintsévich, cujas palavras recolhe RIA Novosti.

“Qualquer operação aérea é coordenada com os comandantes no terreno”, disse o senador, que passou mais de duas décadas de sua vida ao serviço nas tropas aerotransportadas. Para atacar posições do governo em torno do aeroporto de Deir ez-Zor, os comandantes militares de EUA “usaram os dados de reconhecimento  que tinham sido fornecidos pela sua inteligência infiltrada no Estado islâmico”.

Os ataques aéreos  “permitiram desmascarar as pombas de paz” estadunidenses e mostrar ao mundo que na verdade não estão mesmo dispostos a lutar contra o terrorismo internacional “, acrescentou Andrei Krasov, vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma de Estado (câmara baixa Parlamento russo).

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