Posição oficial do Governo Sírio 1

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A posição da República Árabe Síria face as alegações ocidentais e seus aliados regionais sobre o uso de armas químicas na Síria.

Desde o início da crise na Síria, e durante quase dois anos e meio, os Estados Unidos da América e seus aliados, incluído países europeus e regionais, especialmente a Arábia Saudita, Turquia e Catar, e seus instrumentos de grupos terroristas armados e a organização Al-Qaeda, vêm agindo na destruição da Síria, suas infraestruturas, e matando seu povo. Estes grupos terroristas cometeram horríveis massacres contra os cidadãos sírios, civis e militares, e aqueles países forneceram para os grupos terroristas todos os tipos de apoio, político, financeiro, militar e logístico, tolerando seus crimes, atribuindo ao governo sírio a responsabilidade do que está ocorrendo contra a Síria, estado e povo.

Em vista da resistência do nosso povo e de nosso exército e a decisão do comando sírio de proteger os cidadãos sírios e combater o terrorismo, chegando a alcançar várias vitórias, alguns dos países ocidentais e outros países aliados, árabes e regionais, principalmente a Arábia Saudita, Turquia e Catar, começaram, desde o ano de 2012, a incitar e fomentar a possibilidade do uso de armas químicas pelo governo sírio contra a sua população. Isto nos leva a suspeitar que eles tinham informações sobre a intenção dos terroristas de usar este tipo de armamento e acusar o estado sírio disto. O governo sírio chegou a enviar vários ofícios para o Secretário Geral das Nações Unidas e para o Conselho da Segurança, alertando que alguns países que apoiam estes terroristas chegaram a muni-los com armas químicas a serem usadas na Síria e acusar o governo sírio da autoria destes crimes.

Na data de 19/03/2013, os grupos terroristas armados lançaram um míssil carregando de materiais tóxicos contra a cidade de Khan Al-Assal no Subúrbio de Aleppo, o que causou a morte de 25 mártires, além de atingir e causar o mal estar de mais de 110 pessoas, entre civis e militares. No mesmo dia a Síria ingressou com um pedido oficial para que o Secretário Geral das Nações Unidas envie uma delegação técnica internacional, íntegra e imparcial, para investigar este incidente. Os Estados Unidos da América, a Grã Bretanha e a França obstruíram a chegada da delegação de inspetores através de apresentar falsas alegações e pretextos que o governo sírio usou armas químicas em outras regiões da Síria depois de meses do incidente.

Após o período de cinco meses houve um acordo entre a República Árabe Síria e a Secretaria Geral das Nações Unidas e uma delegação de inspetores das Nações Unidas foi enviada para investigar as alegações de uso de armas químicas. Esta delegação iniciou seus trabalhos na data de 19/08/2013, para sondar o incidente da cidade de Khan Al-Assal e outras localidades ao norte da Síria. O governo sírio ofereceu todas as formas de cooperação para esta delegação para chegar à verdade.

Na data de 21/08/2013, durante a presença da delegação internacional de inspetores em Damasco, e enquanto as forças do exército árabe sírio lutava contra os grupos terroristas que planejavam invadir a capital Damasco, e que lançavam diariamente morteiros e mísseis, de forma aleatória, contra a população desarmada da cidade de Damasco, ataques estes, que causaram a morte de centenas de civis inocentes. Estes grupos terroristas e seus aliados do ocidente e da região alegaram que o governo sírio usou armas químicas na região de Ghouta no Subúrbio de Damasco. Desde o primeiro momento de noticiar estes incidentes, os Estados Unidos da América e seus aliados e seus instrumentos regionais, especialmente, a Arábia Saudita, Turquia e Catar, iniciaram uma campanha midiática e política acusando o Estado Sírio de cometer este ato e ao mesmo tempo inocentando os grupos terroristas armados e a organização de Al-Qaeda, e anteciparam as consequências, mesmo antes de terem a confirmação da delegação das Nações Unidas sobre o uso de tais armas. Isto chegou ao ponto de que os Estados Unidos da América, a Grã Bretanha e a França manifestarem suas intenções de realizar ato de agressão contra a Síria.

Na data de 25/08/2013, o governo da República Árabe Síria acatou imediatamente a solicitação das Nações Unidas de permitir que a delegação das Nações Unidas investigasse as alegações de uso das armas químicas na região de Ghouta. Em menos de 24 horas depois da chegada a Damasco da alta representante da ONU para o desarmamento, Angela Kane, foi acordado de visitar quatro localidades, escolhidas pela delegação, para fazer a investigação. O governo sírio tratou este assunto com a maior flexibilidade, transparência, responsabilidade e engajamento, partindo do princípio de sua preocupação em chegar à verdade. A delegação iniciou seus trabalhos no dia seguinte visitando os locais combinados em coordenação com o governo sírio. A Síria cumpriu todos seus compromissos de oferecer todo auxílio e toda garantia possíveis para assegurar o êxito do trabalho da delegação.

A rápida rejeição dos Estados Unidos da América e alguns de seus aliados, incluído países europeus, árabes e regionais, da reação positiva da Síria, atendendo à solicitação das Nações Unidas, e a flexibilidade e cooperação oferecida para a delegação dos inspetores da ONU, evidencia as intenções ocidentais agressivas e ocultas contra a Síria, além do receio de desvendar suas mentiras e calúnias, e o papel que desenrolam em munir os terroristas e a organização Al-Qaeda com estas armas, internacionalmente banidas e proibidas.

O fracasso do plano de destruir o Estado Sírio, apesar de tudo que foi oferecido de apoio financeiro, além de enorme armamento, ocidental e regional, para estes grupos terroristas armados e a organização Al-Qaeda, levou os Estados Unidos da América e seus aliados a usarem o pretexto de uso das armas químicas para concluírem a execução deste plano. Não é nenhuma novidade que os Estados Unidos da América e seus aliados tentem enganar e induzir a opinião pública mundial, nem fabricar mentiras ou inventar pretextos para invadir e ocupar outros países, sem o consenso internacional, como foi feito no Iraque.

O governo sírio não usou as armas químicas, e mesmo se tiver tais armas, nunca usará contra sua população, e sob quaisquer circunstâncias, partindo do princípio de respeitar os valores morais, legais, políticas e humanas, e afirma que a única parte  beneficiária do uso destas armas químicas são os grupos terroristas armados e a organização Al-Qaeda. A Síria já exigiu, através do seu Ministro das Relações Exteriores, daqueles que acusam o exército sírio de usar estas armas imorais, de apresentar as evidências que comprovam a veracidade de suas acusações, revelando as provas para a opinião pública.

A precipitação, apressando o anúncio de ataque, a linguagem de escalada e de ameaça usada pelos Estados Unidos da América e seus aliados, Grã Bretanha e França, e a demasiada pressa em emitir julgamentos e sentenças, soltar acusações, fabricar e inventar evidências, apesar de não existir nenhuma evidência que o Estado Sírio usou armas químicas, têm como objetivo atrapalhar a missão da delegação dos inspetores da ONU e impedi-la de concluir seus trabalhos como já ocorreu com a missão dos observadores árabes e a delegação dos observadores da ONU presidida pelo General Robert Mood, e abortar todos os esforços internacionais de achar uma solução política para a crise síria, e ao mesmo tempo evitar o colapso dos grupos terroristas armados e a organização Al-Qaeda, levantando sua baixa estima e moral, e fortalecer a segurança de Israel através de atacar as capacidades defensivas sírias. Tudo isto revela, sem nenhuma sombra de dúvidas, as verdadeiras intenções do projeto de agressão americano-ocidental contra a Síria.

Qualquer agressão contra a Síria será um golpe para a ONU, para a Carta das Nações Unidas, para sua credibilidade, e seu papel de conservar a segurança e paz internacionais. O uso de força, por parte dos países ocidentais, apoiados pelos seus instrumentos regionais, especialmente, pela Arábia Saudita, Turquia e Catar, contra a Síria, devolve ao mundo de hoje, a lógica da dominação e ingerência colonial, ameaçando assim a segurança, a soberania e a independência dos países em desenvolvimento, o que requer deles a consolidação de suas posições, tanto nacional como internacionalmente, para frustrar esses planos ocidentais agressivos e seus instrumentos.

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Um comentário sobre “Posição oficial do Governo Sírio

  1. Responder Amanda Farias set 9,2013 1:53

    concordo com o fato de que o presidente não atacaria sua população, mas qual é o interesse dos EUA, e dos outros países em destruir a Siria? o que esta por tras disto tudo?

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