“Plano Yinon” do governo israelense para balcanizar o Oriente Médio

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Publicado por Bajo da Lupa, 24/08/2014
Por Alfredo Jalife-Rahme

Tradução:Oriente Mídia

Em 1982, Oded Yinon (funcionário do governo israelense das Relações Exteriores) defendeu explicitamente a balcanização do Oriente Médio para encorajar Israel no seu Documento Estratégia  para Israel na década de oitenta.

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Um prédio de apartamentos queima após o ataque aéreo pelas forças israelenses no norte da Faixa de Gaza.O ataque deixou 22 feridos, entre eles 11 crianças

O documento de Yinon apareceu em Kivunim (Directions) – Revista para o Judaísmo e o sionismo, n° 14, Inverno, 5742, fevereiro de 1982; Jornal do Departamento de Publicidade da Organização Sionista Mundial, Jerusalém, traduzido e editado por Israel Shahak, com o sugestivo título “O plano sionista para o Oriente Médio” (http://goo.gl/D7Onni), que, em sua opinião, opera dois pré-requisitos essenciais para Israel sobreviver:
1)  Deve se tornar uma potência regional imperial.
2) Deve efetuar a divisão de toda a área em pequenos estados pela dissolução de todos (supersic)  os países árabes existente !.

O falecido tradutor  Shahak -” judeu Ashkenazi polaco” e declarado “antisionista”- era professor de química orgânica na Universidade Hebraica de Jerusalém e diretor da Liga Israelense para os Direitos Humanos e Civis.

De forma premonitória, o oficial israelense, cujo  documento se poderia chamar ” As profecias Yinon”, adiantou-se 32 anos à balcanização do Iraque em processo: “Iraque, rico em petróleo, por um lado e rasgado internamente por outro lado, é garantida (supersic!) como candidato aos alvos israelenses. A sua dissolução é ainda mais importante para nós (supersic) do que a da Síria. O Iraque é mais forte do que a Síria. A curto prazo é o poder iraquiano, que constitui a maior ameaça para Israel. (…) Todo tipo de confronto inter-árabe vai nos ajudar (supersic!) no curto prazo e reduzir o caminho para o objetivo mais importante de dividir o Iraque em denominações como na Síria e no Líbano. (…) Então, três (ou mais) estados existirão em torno das três cidades principais: Basra, Bagdá e Mosul, e as áreas xiitas no sul vão ser  separadas do norte sunita e curdo “.

Outra frase balcanizadora e vulcanizadora do “Plano Yinon” é “A dissolução total do Líbano em cinco províncias serve como precedente para todo o mundo árabe, incluindo o Egito, a Síria, o Iraque e a península Arábica (…) A dissolução da Síria e do Iraque, em áreas étnicas ou religioso como no Líbano, é alvo primário de Israel na frente oriental, a longo prazo, enquanto a dissolução do poder militar dos estados serve como o principal objetivo de curto prazo. ”
O documento do” Plano Yinon”, na tradução Shahak, foi avaliada pelo portal  alternativo canadense Global Research (http://goo.gl/FGQDs), dirigido por Michel Chossudovsky renomado economista.
Na minha visão, a estratégia geopolítica de Israel do “Plano Yinon” é muito semelhante ao famoso “Teoria do Arco da Crise (Crescent de Crise http://goo.gl/45BKue)” de 1978 do geoestrategista polonês-americano-canadense  Zbigniew Brzezinski – retomado tanto pelo polêmico historiador israelo-anglo-americano  Bernard Lewis em 1980 (http://goo.gl/rYwejb), que era um espião britânico, funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha e, também consultor do Departamento de Estado e, assim como,de forma trivial, mas não menos  desestablizadora, pelo especulador George Soros, que é designado como padrinho pecuniária de “Revoluções Coloridas” na Europa Oriental e no Cáucaso.

O “Plano  Brezinski/ Lewis, quase um decalque do “Plano Yinon”, visava principalmente a desestabilização da URSS, e do Irã, que são complicados.

De antemão eu abordei o teorema do “Arco da  Crise” desde o Iêmen (http://goo.gl/VAKB36) passando pela região islâmica da China (http://goo.gl/ulvCY9) até ao” Qaedastan / Caostán” petróleo (http: //goo.gl/uPzZiz), que, na minha opinião, não está longe de “Israelistán / Sionistán” que subentende o “Plano Yinon” como o” choque de civilizações” de Samuel Huntington.

Outro documento de 1996 “A ruptura: uma nova estratégia para garantir o reinado”, do israelense-americano Richard Perle  -prominente conselheiro de defesa do baby Bush e do “Grupo de Estudo sobre uma nova estratégia israelense de 2000” – do Instituto Avançado de Estratégica e Estudos políticos do Likud partido de direita fundamentalista (http://goo.gl/cQOXQk) constitui o enlace com  o teorema do “Arco da Crise Brzezinski / Lewis”  de 1978-1980 e o “Plano Yinon “, de 1982, que se cumprem requintadamente no Iraque e Síria, para não falar no Iêmen e na Somália, no verão quente de 2014.

Em Counterpunch, a britânica Linda Heard, especialista em Oriente Médio, perguntava desde 2006: EUA executa as guerras de Israel? de acordo com ” A profecias (super sic) de Oded Yinon” (http://goo.gl/ctDuQ7) ?

Três anos atrás, Medvedev, então presidente russo alertou aos árabe sobre o extremismo regionais (http://goo.gl/2zf870), sabendo que a implementação do “Plano de Yinon” e suas conseqüências que ele conhece como ninguém os geo-estrategas citados e com quem trabalhara .

A professora universitária Sultana Afroz no jornal The Daily Star de Bangladesh – quarto país mais populoso no mundo islâmico (149 milhões) atrás da Indonésia (221 milhões), Paquistão (189 milhões) e Índia (166 milhões) – conjuga de forma alarmante ” O Plano Yinon” (http://goo.gl/fAvIY5) com o” Papel do Novo Estado Islâmico (EI)” – Isis, por sua sigla em Inglês; Daesh em árabe.

Devido à importância demográfica de Bangladesh no mundo islâmico (de um total de mil 600 milhões), o que supera o Egito (78 milhões), o maior país populoso do mundo árabe (422 milhões) – resulta trancedental a sua percepção sobre o a  a implantação do “Plano  Yinon” do governo israelense para balcanizar o Oriente Médio.
De acordo com Afroz, o hoje denominado EI, e ontem ISIS / Daesh, ” é um instrumento de engano dos EUA / Israel para o “novo Oriente Médio” , à semelhança  Ocidental (supersic!) da “Primavera Árabe” fabricada na África do Norte , o projeto de EI é o pior engano, concebido com intenções odiosas  para provocar o caos e a terrível destruição mediante o poder militar para a criação do “Novo Oriente Médio“, com Israel como uma potência regional no controle dos recursos de petróleo, gás e de água da região”.
Afroz vincula ” a meteórita guerra do EI no Iraque” com “a criação de uma ilusão para iniciar o cumprimento de uma agenda pré-planejada no Ocidente, em estreita aliança com Israel” para reconfigurar o mapa de toda a região de “Novo Oriente Médio“.

Conclui que este é o ” “Plano Yinon” em andamento, cujo objetivo é a balcanização do Oriente Médio e Norte da África com entidades ou Estados menores e mais fracos, a fim de assegurar a posição dominante de Israel”.

Nem mais nem menos do que a mesma perspectiva dos meus dois artigos recentes sobre o papel do novo califado do século XXI (http://goo.gl/sa13zO e http://goo.gl/vgti28) e a revelação de John McCain como o supremo califa de EI (http://goo.gl/qe5ww3), somados agora ao “Plano Yinon” (http://youtu.be/QM2ii6MzCqE) do governo israelense para a balcanização do Oriente Médio.

http://alfredojalife.com

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