Um banner com um slogan contra o chamado “acordo do século” próximo à Mesquita Al-Aqsa em Al-Quds, 14 de fevereiro de 2020. (Foto: AFP)
Os palestinos acusam o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, de apoiar o expansionismo israelense e dizem que vão fundar seu estado, incluindo Al-Quds.
“Os Estados Unidos não podem alienar nossas terras, onde estabeleceremos um estado independente com Al-Quds (Jerusalém) como sua capital”, sublinhou na quarta-feira o porta-voz da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Nabil Abu Rudeineh.
O funcionário palestino repudiou as declarações do chefe da Diplomacia de Washington, que afirmou que a decisão do regime de Tel Aviv de anexar grande parte da Cisjordânia ocupada é uma prerrogativa do novo Executivo israelense.
Os comentários de Pompeo foram feitos depois que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-militar Benny Gantz, rivais nas eleições legislativas passadas, assinaram um pacto para formar uma aliança governamental, além de concordar em anexar grande parte da Cisjordânia ocupada.
Como Rudeineh enfatizou, “não haverá segurança ou estabilidade na região” sem conceder à nação palestina sua parte legítima.
De fato, com suas declarações, Pompeo dá luz verde ao regime israelense para continuar expandindo suas colônias ilegais nas terras palestinas e continuar suas manobras de anexação, violando todas as leis e convenções internacionais, continuou Rudeineh.
O porta-voz palestino também ratificou sua condenação ao chamado “acordo do século” planejado pelo governo dos EUA, presidido por Donald Trump, bem como qualquer medida consistente com o referido pacto.
Em janeiro passado, a Casa Branca apresentou o mencionado controverso acordo, que concede aos palestinos autonomia limitada em uma terra descontínua, deixa o premiado Vale do Jordão nas mãos do regime de Tel Aviv e esquece o problema de milhões de refugiados palestinos desejosos para voltar para suas terras.
As facções palestinas pedem ao Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (HAMAS) e à ANP que aumentem a cooperação para responder adequadamente aos desafios que este novo gabinete de coalizão do regime de Israel apresentará.
Hispantv, 23/04/2020