ONU: Israel está matando uma criança por hora em Gaza

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Fonte: PressTV
Tradução Oriente Mídia

Um médico palestino carrega uma menina que foi ferido por um bombardeio israelense no sul da Faixa de Gaza em 23 de julho de 2014.

Médico palestino carrega uma menina que foi ferida por um bombardeio israelense no sul da Faixa de Gaza em 23 de julho de 2014.

Novo relatório da ONU, divulgado nesta quarta-feira, disse que os contínuos ataques aéreos e terrestres israelenses à Faixa de Gaza ceifaram a vida de pelo menos uma criança palestina a cada hora nos últimos dois dias.

De acordo com o novo relatório, 74% das vítimas são civis, e um terço dos civis mortos até agora são crianças.

Os organismos internacionais e grupos de direitos humanos também dizem que os civis (principalmente mulheres e crianças) são a maioria das vítimas da guerra em curso. Israel atacou também dois hospitais em Gaza nos últimos dias.

De acordo com dados fornecidos pelos serviços de emergência, o número total de pessoas mortas desde a ofensiva israelense em 8 de julho é de quase 665. Mais de 4.200 pessoas feridos foram nos ataques.

ONU: ataques israelenses devem ser considerados crimes de guerra

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse nesta quarta-feira que a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza deve ser considerada um crime de guerra.

“Os exemplos que acabamos de mencionar (descrição de ataques israelenses contra civis desarmados) parecem mostrar que o direito internacional humanitário foi violado de uma forma que poderia constituir crimes de guerra”, disse Pillay.

Falando em uma sessão especial do Conselho de DD.HH. da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação atual em Gaza, Pillay insistiu que os civis e suas casas não devem ser alvos militares.

Em relação às alegações israelenses sobre suas supostas “advertências” aos palestinos antes de lançar ataques aéreos contra seus bairros, afirmou que a população de Gaza “não tem tempo suficiente para sair de suas casas, e mesmo se eles o façam não têm qualquer lugar onde se esconder, nem sabem quando ou onde será o próximo bombardeio.”

A funcionária da ONU também exigiu o fim do duro bloqueio imposto pelo regime israelense à Faixa de Gaza desde 2007.

Também foi indicado que, desde 12 de junho, o regime israelense prendeu mais de 1.200 palestinos na Cisjordânia e Al-Quds (Jerusalém), um grande número deles está sob detenção administrativa, ou seja, prisão sem acusação ou julgamento.

“Na Cisjordânia, Israel continua a expandir assentamentos, demolindo casas palestinas, usando de força excessiva, abusado de forma contínua e constantemente e violando os direitos humanos da população sitiada”, afirmou Pillay.

Além disso, o ministro das Relações Exteriores palestino, Riad Malki, acusou Israel de cometer  “crimes contra a humanidade” na Faixa de Gaza, além de pedir investigação internacional.

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