Nota da Embaixada da República Árabe da Síria

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Os Estados Unidos da América, seus aliados ocidentais e seus instrumentos na região árabe estão dando continuidade a uma campanha ofensiva, principalmente no que diz respeito ao cumprimento de seus compromissos relativos ao Tratado para a Proibição de Armas Químicas. Esta campanha está sendo mantida, apesar da decisão histórica da Síria de aderir ao Tratado para a Proibição de Armas Químicas, em resposta à sábia iniciativa da Federação Russa amiga.

Esta feroz campanha ocidental aponta falsas acusações contra a Síria, sem se basear em fatos, mas sim em pretextos e alegações sobre o uso de armas químicas por parte da Síria em algumas áreas ao norte do país. Estas partes ocidentais e seus instrumentos regionais também puseram em dúvida a credibilidade e a precisão das declarações e informações apresentadas pela Síria sobre os aspectos relacionados aos materiais químicos tóxicos, com o objetivo de desviar as atenções da comunidade internacional do sucesso da Síria em seu cumprimento dos compromissos assumidos com a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), num curto espaço de tempo e apesar de toda a situação que vem enfrentando, fato sem precedentes na história da OPAQ.

O oportunismo mostrado por estes países, durante os debates realizados recentemente nas Nações Unidas, em Nova Iorque, e no Conselho Executivo da OPAQ, em Haia, sobre o relatório periódico divulgado pela Comissão de Investigação, criada pelo Diretor Geral da OPAQ para investigar os boatos sobre o uso de material químico, que supostamente seria o gás cloro, não passam de uma propaganda barata e distante de qualquer objetividade e coerência, especialmente porque o relatório não chegou à nenhuma conclusão definitiva, na qual pudesse se definir uma posição final sobre o assunto.

As discussões realizadas durante e depois das reuniões do Conselho Executivo da OPAQ mostraram o fracasso dos Estados Unidos da América e seus aliados em impor a sua visão ao restante dos países membros da Organização, que rejeitaram as tentativas ocidentais de sabotar a credibilidade das declarações apresentadas pela Síria e o uso político da natureza técnica do trabalho da Organização. Estas discussões mostraram, de maneira flagrante, a política de dois pesos e duas medidas adotada pelos Estados Unidos da América e claramente motivada por Israel. Neste sentido, a Síria afirmou que ao mesmo tempo em que os países ocidentais tentavam fabricar a sua versão sobre o uso de gás cloro por parte da Síria, eles fecharam os olhos sobre o fato das organizações terroristas, encabeçadas pelo ISIS (Estado Islâmico para o Iraque e a Síria), estarem fazendo uso do gás cloro no Iraque, e ignoraram intencionalmente a prática de crimes por parte desta organização terrorista, cometidos indiscriminadamente dos dois lados, tanto no Iraque como na Síria.

A Síria aproveita a oportunidade para expressar a sua satisfação com todos os países, que em grande número rejeitaram a lógica da provocação, da manipulação e da subserviência às mobilizações dos países ocidentais e seus agentes, e reafirma a sua esperança e seu otimismo, porque países respeitados e de histórico antigo na atuação internacional continuam firmes diante destas tentativas de manipulação ocidental sobre o trabalho das organizações internacionais e rejeitam, fortemente, qualquer tentativa ocidental ou de seus instrumentos árabes que sirva às agendas políticas particulares e não às metas internacionais sobre a não proliferação, a segurança, a estabilidade ou à paz na Síria, na região e no mundo.

A Síria reitera sua condenação ao uso de armas químicas ou de outras armas de destruição em massa, em qualquer lugar o por quem quer que seja, e afirma de forma definitiva que nunca fez uso de gás cloro ou de quaisquer substâncias tóxicas em qualquer ocorrência ou circunstância ou qualquer operação realizada pela República Árabe da Síria, desde o início da crise e até hoje.

Assim como afirma o seu total compromisso com os dispositivos previstos pelo Tratado para a Proibição de Armas Químicas e sua total colaboração com a OPAQ. Com o apoio de seus amigos e dos países fiéis às políticas de não proliferação das armas de destruição em massa, que respeitam a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional, a Síria conseguirá abortar todas as tentativas e os esforços maliciosos que visam denegrir a sua imagem e anular suas conquistas. A Síria afirma que a continuidade dos pretextos e acusações contra ela servem somente aos terroristas e ao terrorismo, protagonista de todos os tipos e formas de crimes, que conta com o apoio externo, especialmente dos países ocidentais, da Turquia e do regime saudita.

Data: 14/10/2014

Fonte: Embaixada da República Árabe da Síria em Brasília

Tradução: Jihan Arar

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