Mercenários pró-EUA chacinam 90 trabalhadores

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Por Nathaniel Braia.

Os terroristas invadiram os alojamentos de operários na cidade industrial de Adra, a 21 quilômetros de Damasco. Entre as atrocidades, a de queimar nos fornos da padaria os que chegavam para comprar pão. Na quarta, dia 11, os alojamentos de trabalhadores da cidade industrial de Adra foram invadidos por integrantes dos bandos de terroristas que pululam no interior da Síria e teve início mais um massacre com atrocidades horrendas que tirou a vida de noventa trabalhadores sírios.

adra1 Clique na imagem para ampliar ou acesse o vídeo na íntegra (se você tiver estômago para aguentar)

Entre os requintes de crueldade – os mercenários que já filmaram cenas de corte de cabeças a canivete – houve a queima em fornos de uma padaria dos que inadvertidamente lá chegavam de manhã cedo para comprar pão. Os assassinos não agiram por conta própria. A decisão de realizar massacres, com esse grau de desumanidade e de forma repetida, não é tomada por um chefe de esquadrão, ela é decidida (assim como os ataques com drones no Paquistão e Iêmen, assim como a invasão de países inteiros produtores de petróleo) nos atapetados salões da Casa Branca. “Neste momento a prioridade de Washington é a diplomacia dos esquadrões da morte, é a ‘opção Salvador Allende’ onde todas as regras se aplicam”, denunciou Stephen Lendman, colunista de diversos sites e revistas progressistas nos EUA (Counterpunch e outros, autor do livro “Banker Occupation: Waging Financial War on Humanity”- Ocupação dos banqueiros: lançando a guerra financeira contra a humanidade).

“Elas incluem os massacres, torturas e outras atrocidade horrendas. O alvo principal são civis inocentes homens, mulheres, crianças, os velhos e os doentes”, caracteriza Lendman. Em comunicado conjunto, a Federação Sindical Mundial e a Confederação Internacional dos Sindicatos Árabes repudiaram o massacre e declararam o apoio aos trabalhadores sírios e acrescentaram que a chacina “reflete o nível de ódio que estes criminosos abrigam assim como sua bancarrota e o fracasso em atingir seus objetivos a serviço dos patrões”.

Como afirmou o primeiro-ministro sírio, Wael al-Halqi, os massacres como o que foi cometido pelos terroristas em Adra “são formatados pelos governos que os apóiam”, e aí incluídos, além dos EUA, capachos a serviço da tentativa de derrubada de mais um governo soberano no Oriente Médio, como a Arábia Saudita e Turquia. Al Halqi afirmou ainda que “o crime e o terrorismo serão varridos da Síria e a vitória será alcançada através da solidariedade entre o exército e o povo”, destacando que “os atos criminosos não dissuadirão os sírios de se manterem firmes, afirmando seu compromisso em fazer avançar sua economia e nem o governo de fornecer ao povo o que lhe é necessário à sobrevivência e seguir na luta para restaurar a segurança e a estabilidade a todos os cidadãos”.

O premiê reiterou que o governo sírio irá à conferência em Genebra sem precondições e que “não existe solução que não seja política e com respeito aos padrões nacionais e de soberania”, acrescentando que “nessas questões não existe a possibilidade de concessões nem barganhas”. O massacre de Adra não foi o único, mas se enquadra em uma série de chacinas – muitas delas com o intuito de jogar a culpa no governo sírio. Foi assim que os agressores tentaram fazer com as matanças com gás sarin em Khan Al Assal, em março deste ano e Saqareb em março do ano passado.

No caso de Assal as vítimas são famílias de curdos que se uniram ao governo sírio exatamente por conta da capacidade deste de manter o Estado acima das diferenças de credo da população. É o contrário dos invasores a serviço dos EUA que na região norte da Síria – onde conseguiram ocupar – denominaram de Estado Islâmico do Iraque e do Levante. As forças governamentais iniciaram uma rápida contra-ofensiva e já retomaram a maior parte da cidade e dos bandos terroristas permanecem apenas alguns franco-atiradores.

Segundo o correspondente do jornal Russia Today, Abutaleb Albouhaia, “algumas famílias foram sequestradas para serem usadas como escudos humanos nas áreas onde o exército sírio tenta libertar os civis”. Os militares sírios lutam de casa em casa e já conseguiram liberar dezenas de famílias de alauitas, druzos e cristãos que predominam na pequena cidade de 20.000 habitantes.

O morador de Adra, Muhammad Al-Said, declarou que os terroristas tentaram jogar a culpa nos militares sírios “mas os residentes de Adra estavam esperando pela chegada das tropas para nos salvarem dos terroristas”.

Nathaniel Braia é editor internacional do Jornal Hora do Povo

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