Redação Opera Mundi| São Paulo – 16/08/2014 – 18h33
Reunidos na praça Yitzhak Rabin, eles gritavam “Fora, Bibi”, em referência ao primeiro-ministro Netanyahu; organizadores falam em 10 mil participantes
Opera Mundi- Milhares de israelenses foram à praça Yitzhak Rabin, em Tel Aviv, na noite deste sábado, para pedir que o governo israelense comece imediatamente negociações de paz coma Autoridade Palestina. O protesto é motivado pelos ataques de Israel em Gaza.
A manifestação foi convocada pelo Meretz, um partido de oposição de esquerda, pelo partido comunista Hadash e pela ONG “Paz Agora”. Os organizadores estimam que cerca de 10 mil pessoas compareceram à praça. No local, eles gritavam “Fora, Bibi”, em referência ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A líder do Meretz, Zehava Gal-On, defendeu a renúncia de Netanyahu, por ter falhado em trazer a paz para região, de acordo com o jornal The Jerusalem Post.
”Você poderia ter conseguido esse cenário que está aceitando agora [extensões de cessar-fogo] sem pagar o preço de 64 soldados mortos e de mortes de civis”, afirmou, ao apoiar o fim definitivo do bloqueio israelense a Gaza.
Segundo a AFP – Agence France-Presse (Publicado também no site Terra) a manifestação é a mais importante do “campo da paz” desde o lançamento da operação israelense em 8 de julho.
Milhares de israelenses se manifestaram neste sábado à noite, em Tel Aviv, para pedir ao governo que retome as negociações de paz com a Autoridade Palestina, de Mahmud Abbas, após a ofensiva militar de Israel contra a Faixa de Gaza.
Essa manifestação é a mais importante do “campo da paz” desde o lançamento da operação israelense em 8 de julho, que matou cerca de 2.000 palestinos e 70 israelenses.
No momento, Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, que controla Gaza, cumprem uma trégua, à espera do resultado das negociações mediadas pelo Cairo.
Um efetivo policial significativo foi mobilizado para o entorno da praça Yitzhak Rabin, no centro de Tel Aviv, para evitar confrontos com manifestantes de ultradireita.
A manifestação foi organizada pelo Meretz, um partido de oposição de esquerda, pela ONG “Paz agora”, hostil à colonização israelense nos territórios ocupados, e pelo partido comunista Hadash.
“A guerra não terminará enquanto não conversarmos”, “Judeus e árabes se negam a ser inimigos” e “Sim a uma solução política” eram algumas das frases escritas nos cartazes dos ativistas.
“O governo de Netanyahu apenas enfraquece Mahmud Abbas e reforça o Hamas”, condenou Nitzan Horowitz, deputado pelo Meretz.