Mais de um milhão de iraquianos apresentam-se para lutar contra o terrorismo

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Fonte AlManar Spanish
Tradução Oriente Mídia

(AP / Karim Kadim)

 

Um milhão e meio de iraquianos apresentaram-se nos centros de recrutamento para combater o grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque e na Síria (EIIS).

Na sexta-feira, responsáveis iraquianos declararam que havia longas filas nos centros de recrutamento de voluntários que queriam lutar contra os militantes takfiris. Os voluntários eram de todas as idades, inclusive oficiais aposentados.

Isto aconteceu depois que os líderes religiosos, incluindo o líder xiita, aiatolá Ali al-Sistani, e líderes políticos iraquianos terem chamado a pegar em armas e derrotar os militantes takfiris no país. Um dia antes, na quinta-feira, o EIIS divulgou um manifesto em Mosul, a segunda maior cidade do Iraque, já ocupada, chamando à destruição de todos os mausoléus e locais religiosos xiitas.

Algumas milícias xiitas já existentes aderiram à convocatória. Milhares de xiitas encheram as ruas de Bagdá, Najaf e Kerbala para receber armas e se alistar.

Um dos primeiros grupos a se mobilizar foi Asaib Haq ou Liga dos Virtuosos, uma milícia xiita que foi formada em Samarra e Bagdá, em um esforço para parar o avanço do EIIS. As Brigadas Badr, outra milícia ligada à Organização Badr Hadi Amiri, também enviou milicianos.

A televisão iraquiana mostrou dezenas de veículos repletos de centenas de homens em Bagdá cantando músicas relacionadas com a Batalha de Karbala de 680, na qual um exército omíada causou o martírio do neto do profeta Maomé, Imam Hussein e seus companheiros.

“As pessoas têm medo dos invasores wahabitas”, disse o xiita Abu Zeinab, ao jornal McClatchy, referindo-se a ideologia do EIIS. “Todos os homens do bairro que estavam na milícia durante a ocupação americana tem voltado e centenas de jovens do Sul têm vindo para lutar. O governo e as milícias estão entregando armas. Eu acho que há iranianos aqui também. Sempre há iranianos em Mausoléu (Kadhimiya, em Bagdá)”.

Enquanto isso, o governador da Babilônia, Sadeq Adlul al Sultani, disse sexta-feira que milhares de voluntários chegaram nos centros de recrutamento e que eles “receberão instrução na Academia de Polícia da província,” de acordo com a agência de informação iraniana Farsnews. Ele ressaltou que os chefes das tribos do norte da província de Babilônia pediram ao governo local para recrutar membros para a luta contra EIIS.

Por outro lado, a província de Basra, no sul do Iraque, anunciou a formação de uma brigada chamada com o nome de um dos companheiros do Profeta Muhammad, Ammar bin Yasser. Os iraquianos da província de Nínive, ocupada pelo EIIS, criaram a Brigada dos Leões de Nínive para lutar contra os terroristas e libertar a sua província.

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