Livro: “Sob os nossos olhos” – do 11 de Setembro a Donald Trump (9/25)

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A França manipulada

Prosseguimos a publicação do livro de Thierry Meyssan, Sous nos yeux (Sob os nossos Olhos). Neste episódio, o autor mostra que a França post-colonial foi recrutada pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos para se juntar às guerras contra a Líbia e a Síria, sem que estas duas potências a informem sobre o seu projecto de «Primaveras Árabes». Absorvidos pelo desvio de fundos aos quais se dedicavam, os dirigentes franceses nada viram surgir. Logo que perceberam que tinham sido mantidos à parte da planificação, a sua reacção foi puramente comunicacional: tentaram aparecer como os campeões da operação, sem se preocupar com as consequências das acções dos seus parceiros.

| Damasco (Síria)

Este artigo é extraído do livro Sob os nossos olhos.
Ver o Indíce dos assuntos.

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O Reino Unido manipulou a França, levando-a a reboque nas suas aventuras no Oriente Médio Alargado sem lhe revelar a operação que aí preparava com os Estados Unidos desde 2005.

18— A preparação das invasões da Líbia e da Síria

Antes mesmo da sua confirmação pelo Senado, a futura Secretária de Estado Hillary Clinton contacta Londres e Paris para desencadear uma dupla operação militar no «Oriente Médio Alargado». Washington considera como impossível, depois do fiasco iraquiano, usar as suas próprias tropas para este tipo de aventura. De um ponto de vista norte-americano é chegado o momento de remodelar a região, quer dizer, de redesenhar os Estados cujas fronteiras foram definidas, em1916, pelos impérios inglês, francês e russo (a «Tripla Entente») e de impor linhas favoráveis aos interesses dos EUA. Este acordo ficou conhecido pelo nome dos delegados britânico e francês, Sykes e Picot, (o nome do embaixador Sazonov foi esquecido devido à revolução soviética ). Mas, como convencer Londres e Paris a arruinar a sua herança senão prometendo deixá-los recolonizar a região? Daí a Teoria da «liderança pelas traseiras». Esta estratégia é confirmada pelo antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Mitterrand, Roland Dumas, o qual atestará na televisão ter sido contactado pelos Britânicos e Norte-Americanos, em 2009, para saber se a Oposição francesa apoiaria um novo projecto colonial.

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Por instigação dos Estados Unidos, a França e o Reino Unido assinam os acordos de Lancaster House. Uma cláusula secreta previa a conquista da Líbia e da Síria. A opinião pública ignora no entanto o acordo entre Londres e Washington quanto às futuras «Primaveras Árabes».

Em Novembro de 2010, ou seja, antes do início da pretensa «Primavera Árabe», David Cameron e Nicolas Sarkozy assinam, em Londres, os Tratados de Lancaster House [1]. Oficialmente trata-se de compartilhar elementos de Defesa, incluindo nucleares, de modo a obter economias de escala. Muito embora esta seja uma ideia estúpida, tendo em vista a diferença de interesses dos dois países, a opinião pública não capta o que se trama. Um dos Tratados junta as «forças de projecção» (entender as forças coloniais) das duas nações.

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Operação «Southern Mistral»: o estranho logo do Comando das operações aéreas. O reciário não protege o pássaro da liberdade, antes o faz prisioneiro com a sua rede.

Um anexo destes Tratados indica que a Força expedicionária franco-britânica levará a cabo as mais importantes manobras militares conjuntas na história dos dois países, de 21 a 25 de Março de 2011, sob o nome de «Southern Mistral». O sítio Internet da Defesa precisa que o cenário do jogo de guerra será o de um bombardeamento de longuíssimo alcance para ir em socorro de populações ameaçadas por «dois ditadores do Mediterrâneo».

Foi precisamente 21 de Março que o US AfriCom e o US CentCom —os comandos regionais das Forças norte-americanas— escolheram como a data para que a França e o Reino Unido ataquem tanto a Líbia como a Síria [2]. O que cai como uma luva, já que as Forças Franco-britânicas estão prontas. Mas, como as coisas nunca se passam tal como previsto, a guerra contra a Síria é adiada um pouco para mais tarde, e Nicolas Sarkozy, que quer ser o primeiro a malhar, ordena ao seu exército para atacar apenas a Líbia a partir de 19 de Março, a chamada operação «Harmattan» (tradução francesa de Southern Mistral).

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O ex-companheiro de Kaddafi, Nuri Massoud Al-Mesmari, desertou em 21 de Outubro de 2010. Ele colocou-se sob protecção dos Serviços Secretos franceses pretendendo “conhecer” os segredos do Guia.

A França acredita dispor de um às de trunfo: o chefe do Protocolo líbio, Nuri Massoud Al-Mesmari, desertou e pediu asilo em Paris. Sarkozy está convencido que o homem era o confidente do Coronel Kaddafi e que pode ajudá-lo a identificar os que estão prontos a traí-lo. Infelizmente, esse belo palrador organizava a agenda do Guia mas não assistia às reuniões [3].

Alguns dias após a assinatura dos Tratados de Lancaster House, uma delegação comercial francesa viaja para a Feira de Benghazi com funcionários do Ministério da Agricultura, dirigentes da France Export Céréales e da France Agrimer, gerentes da Soufflet, da Louis Dreyfus, da Glencore, da Cani Céréales, da Cargill e da Conagra. No local, os agentes da DGSE que os acompanham encontram-se secretamente com militares para preparar um golpe de Estado.

Avisada pelos Estados Unidos, Trípoli prende os traidores, a 22 de Janeiro de 2011. Os Líbios imaginam-se protegidos pela sua nova aliança com Washington, enquanto esta se prepara para lhes desferir o golpe de morte. Os Franceses, por sua vez, devem arrastar-se de volta para a sombra do Grande Irmão norte-americano.

Enquanto os Franceses se entretêm a preparar a invasão da Líbia, os Norte-Americanos lançam a sua operação junto com os Britânicos. Ela é muito mais vasta do que aquilo que eles disseram ao seu agente Sarkozy. Não se trata simplesmente de derrubar Muammar Al-Kaddafi e Bashar Al-Assad, como lhe fizeram crer, mas, sim todos os governos laicos e de os substituir pelos Irmãos Muçulmanos. Eles começam, pois, pelos Estados amigos (Tunísia e Egipto), deixando os Britânicos e os Franceses tratar dos inimigos (Líbia e Síria).

O primeiro golpe arranca na Tunísia. Em resposta à tentativa de suicídio de um comerciante de rua, Mohamed el-Bouzazi, a 17 de Dezembro de 2010, sucedem-se manifestações umas às outras contra os abusos da polícia, depois contra o governo. A França, que acredita na espontaneidade das mesmas propõe-se equipar a polícia tunisina com material anti-motins.

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Nicolas Sarkozy e Michèle Alliot-Marie, ignorando o projecto anglo-saxónico das «Primaveras Árabes», negoceiam com a família do Presidente Ben Ali a venda de um avião oficial que eles desviaram, enquanto a «revolução de jasmim» se inicia na Tunísia.

Nicolas Sarkozy e a sua Ministro dos Negócios Estrangeiros, Michèle Alliot-Marie, têm toda a confiança em Ben Ali, com o qual mantêm negócios «pessoais». Após ter mandado construir e equipar um Airbus A330, como super-avião presidencial, eles revenderam os dois aviões antigos destinados às viagens oficiais. O A319CJ, matriculado F-RBFB, foi discretamente removido dos inventários e vendido à sociedade tunisina Karthago Airlines, propriedade de Aziz Miled e de Belhassen Trabelsi (irmão da Sra. Ben Ali) [4]. Ninguém sabe quem foi o feliz contemplado desta transacção. Após a fuga do Presidente Ben Ali, o avião virá a ser recuperado e vendido a uma empresa de jogos em Singapura, depois à Turquia.

Totalmente ocupados a tapar o seu receptador, Nicolas Sarkozy e Michèle Alliot-Marie caiem das nuvens quando o Presidente Ben Ali pede para pousar em Paris e aí se refugiar. O Eliseu só tem o tempo suficiente para anular o envio de um avião de carga transportando o material de manutenção da ordem prometido, o qual aguarda na pista devido às demoras nas formalidades de despacho aduaneiras, e de reenviar o avião do Presidente derrubado para fora do seu espaço aéreo.

Neste entretanto, no Egipto, o engenheiro informático Ahmed Maher e a blogueira islamista Israa Abdel Fatah apelam a manifestações contra o Presidente Hosni Mubarak, em 25 de Janeiro de 2011, como «dia da ira».

Imediatamente apoiados pela TV catariana, Al-Jazeera, e pelos Irmãos Muçulmanos, eles lançam um movimento que, com a ajuda de «ONG.s» da CIA, desestabiliza o regime. A partir de 28 de Janeiro, as manifestações sucedem-se todas as sexta-feiras à saída das mesquitas, enquadradas pelos Sérvios que o fabricante de «revoluções coloridas», Gene Sharp, treinou. Finalmente, Nicolas Sarkozy fica a saber, em 11 de Fevereiro, por uma chamada telefónica do seu sogro, o embaixador dos EUA Frank Wisner Jr, que, a instruções da Casa Branca, ele convenceu o General Mubarak a retirar-se.

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Tendo vindo ao Cairo para participar na reunião de lançamento das Primaveras Árabes na Líbia e na Síria, pela CIA, o lobista Bernard-Henri Lévy (dito «BHL») assume pose na Praça Tahrir.

A CIA organiza, então, uma reunião secreta no Cairo, à qual o Presidente Sarkozy envia uma delegação incluindo o lobista Bernard-Henri Lévy, um antigo amante de Carla Bruni e de Ségolène Royal. O Irmão muçulmano Mahmud Jibril, que é o n º 2 do Governo líbio ao entrar na sala, torna-se o líder da «oposição ao tirano» à saída. Entre os Sírios presentes, encontram-se, nomeadamente, Malik al-Abdeh (um antigo da BBC que criou a BaradaTV com dinheiro da CIA e do Departamento de Estado) e Ammar Qurabi (membro de uma miríade de associações de defesa dos Direitos do homem e criador da OrientTV) [5].

As guerras contra a Líbia e contra a Síria acabam de começar.

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Aparecendo na Praça Verde, a 25 de Fevereiro de 2011, Muammar Kaddafi denuncia um ataque ao seu país pelos terroristas da Alcaida. Lírico, proclama orgulhosamente que se baterá até ao fim contra eles junto com o seu Povo, mesmo que seja preciso fazer correr «rios de sangue» e sacrificar-se ele próprio. Anuncia uma distribuição de armas aos cidadãos para defender a pátria em perigo. A propaganda atlantista vai acusá-lo de querer fazer derramar o sangue do seu Povo.

19— O início da guerra contra a Líbia

A imprensa ocidental garante que a polícia líbia dispersou uma manifestação em Bengazi, a 16 de Fevereiro de 2011, atirando sobre a multidão. Depois, o país revoltou-se, prossegue ela, e as autoridades atiravam sobre tudo o que mexia. Pressentindo o possível regresso da escravatura, 200 mil trabalhadores imigrados tentam fugir do país e as televisões mostram-nos à espera nos postos fronteiriços. Muammar Kaddafi aparece três vezes na televisão. Ele denuncia que se trata de uma operação montada pela Alcaida e declara que está pronto a morrer como um mártir. Em seguida, anuncia a distribuição de armas à população para fazer correr «rios de sangue», exterminar esses «ratos» e proteger o país. Retiradas do seu contexto, as frases do Guia são difundidas pelos canais ocidentais que as apresentam não como anunciando a luta contra o terrorismo, mas, sim como a repressão de uma hipotética revolução.

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Tomados de pânico, os trabalhadores negros do Leste da Líbia tentam fugir antes que a Jamahiriya seja destruída. Estão persuadidos que se os Ocidentais restabelecerem o Antigo Regime, eles serão reduzidos à escravatura. Segundo a ONU são dezenas de milhar a precipitarem-se para as fronteiras.

Em Genebra, a 25 de Fevereiro, o Conselho dos Direitos do Homem da ONU ouve com horror os testemunhos da Liga Líbia dos direitos humanos. O ditador ficou louco e «massacra o seu próprio povo». O embaixador do Paquistão denuncia os abusos do Poder. De repente, a delegação oficial Líbia entra na sala, valida os testemunhos escutados e declara-se solidária com os seus concidadãos face ao ditador. Uma Resolução é adoptada e transmitida ao Conselho de Segurança [6]. Este adopta de imediato a Resolução 1970 [7] — ao abrigo do capítulo VII da Carta que autoriza o uso da força — estranhamente pronta já há vários dias. Aciona o Tribunal Penal Internacional e coloca a Líbia sob embargo. Esta última medida é imediatamente retomada e ampliada pela União Europeia. Indo ainda mais longe do que outros Ocidentais, o Presidente Sarkozy proclama : «Kadhafi tem de sair!»

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O antigo ministro da Justiça, Mustafa Abdel Jalil (aqui com BHL), que tinha feito torturar as enfermeiras búlgaras, torna-se chefe do Governo provisório.

A 27 de Fevereiro, os insurgentes de Bengazi fundam o Conselho Nacional Líbio de Transição (CNLT), enquanto que, saindo de Tripoli, o Ministro da Justiça, Mustapha Abdel Jalil, cria um Governo Provisório. Estas duas instâncias, controladas pelos Irmãos Muçulmanos, fundem-se dando a impressão de uma unidade nacional. De imediato, as bandeiras do tempo do rei Idriss flutuam por toda a Bengazi [8]. A partir de Londres, o seu filho, S. A. Mohamed Senussi, declara-se pronto para reinar.

Não conseguindo convencer todos os membros do CNLT a fazer apelo aos Ocidentais, Abdel Jalil nomeia um Comité de crise dispondo de plenos poderes e presidido pelo antigo número 2 do governo de Kadhafi, Mahmud Jibril, regressado do Cairo.

Em Paris, admiram a maneira como Washington manipula os acontecimentos. No entanto, contradizendo as informação vindas de Bengazi e das Nações Unidas, os diplomatas e os jornalistas presentes em Trípoli asseguram nada ver que evoque uma revolução. Mas pouco importa a verdade, desde que as aparências sejam favoráveis. Assim, o «filósofo» Bernard-Henri Levy persuade os Franceses do bem fundado da causa, garantindo ter convencido, ele próprio, o Presidente da República a envolver-se em favor da liberdade depois de se ter encontrado com «revolucionários» líbios.

O Exército francês vem buscar Mahmud Jibril e leva-o a Estrasburgo, onde ele apela a uma intervenção «humanitária» ocidental perante o Parlamento Europeu. A 10 de Março, Nicolas Sarkozy e o Primeiro-ministro britânico, David Cameron, escrevem ao Presidente da União Europeia instando-o a reconhecer o CNLT, em substituição do «regime», e a instaurar uma zona de exclusão aérea [9]. Em perfeita coordenação, o Deputado ecologista francês Daniel Cohn-Bendit (o agente de influência no Maio de 68) e o liberal belga Guy Verhofstadt fazem adoptar, no mesmo dia, no Parlamento Europeu uma Resolução denunciando o «regime» de Kaddadi, e apelando ao controlo do espaço aéreo líbio para proteger a população civil da repressão do ditador [10]. Ainda no mesmo dia, o Secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, anuncia trabalhar nos meios técnicos necessários para implementar esta exclusão aérea.

A 12 de Março, a Liga Árabe vota a favor da zona de exclusão aérea apesar da oposição da Argélia e da Síria.

Únicas notas dissonantes neste concerto de unanimidade: a Bulgária, que se lembrava de Abdel Jalil ter coberto as torturas às enfermeiras búlgaras e ao médico palestino, recusa a reconhecer o CNTL. Por seu lado, a União Africana opõe-se veementemente a qualquer intervenção militar estrangeira.

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O Livro verde de Muammar Kaddafi

A Jamahiriya Árabe Líbia está organizada segundo os princípios do Livro Verde de Muammar Kaddafi. Este é um admirador dos socialistas libertários franceses do século XIX, Charles Fourrier e Pierre-Joseph Proudhon. Imaginou, pois, um Estado mínimo, o qual se mostra incapaz de defender o seu povo face aos exércitos imperialistas. Além disso, ele encarregou o Estado da missão de responder às aspirações dos Beduínos: gratuitidade de meio de deslocação, de uma habitação e de abastecimento de água. Cada um dispõe, portanto, de viatura, estando os transportes públicos de facto reservados aos imigrantes. Pelo casamento, cada um recebe um apartamento, embora às vezes seja preciso esperar três anos que a casa seja construída para poder casar-se. Obras gigantescas foram realizadas para tirar água de lençóis freáticos milenares, a enorme profundidade sob o deserto. O país tornou-se próspero. O seu nível de vida é o mais elevado de todo o continente africano. No entanto, pouco foi feito em matéria de instrução. Embora as universidades sejam gratuitas, a maioria dos jovens abandona os seus estudos precocemente. Muamar Kaddafi sub-estimou o peso das tradições tribais. Três milhões de líbios fruem uma existência tranquila, enquanto 2 milhões de imigrantes africanos e asiáticos os servem.

A 19 de Março, 18 Estados (Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Itália, Iraque, Jordânia, Marrocos, Noruega, Países Baixos, Polónia, Catar e Reino Unido) e 3 Organizações internacionais (Liga Árabe, União Europeia e ONU) reúnem-se em Paris para anunciar a iminência da sua intervenção militar [11]. Algumas horas mais tarde, a França passa a perna aos seus parceiros e ataca primeiro.

As coisas tardam, pelo contrário, a concretizar-se na Síria. Os apelos para manifestações a 4, 11, 18 e 25 de Fevereiro, e os de 4 e 11 de Março, em Damasco, dão em nada. Ao contrário, é no Iêmene e no Bahrém que o Povo vem para a rua, sem ser convidado para tal.

No Iémene, os Irmãos Muçulmanos —entre os quais a jovem Tawakkol Karman, que irá receber o Prémio Nobel da Paz— lançam uma «revolução». Mas, tal como na Líbia, este país está organizado de maneira tribal de modo que não é possível ter uma leitura exclusivamente política dos acontecimentos.

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Nicolas Sarkozy dá instruções a Alain Bauer para contrariar a revolução no Bahrém.

A requisição do soberano baremita, o Exército saudita entra para «restabelecer a ordem» neste minúsculo Reino que abriga a Quinta Frota naval norte-americana. O Reino Unido envia o torcionário Ian Anderson, o qual havia feito maravilhas ao dirigir a repressão na época colonial (quer dizer antes de 1971). Enquanto que, para reorganizar a polícia, a França envia Alain Bauer, Conselheiro de segurança do Presidente Sarkozy e, ao mesmo tempo, antigo chefe da NSA norte-americana para a Europa, e antigo Grão-Mestre do Grande Oriente de França [12].

A desordem propaga-se por contágio, resta fazer crer que ela é iniciada pelos povos e que ela visa estabelecer democracias.

(Continua …)

Tradução


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