
Um grupo de militantes do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia) que controlam a área da aldeia de Samra, na província de Hama, aceitaram as condições do acordo de trégua e entregaram as armas aos representantes do governo, informou o coronel Sergei Ivanov, representante do Centro russo para a Reconciliação da Síria, nessa quarta (11).
O acordo foi assinado pelo ancião da aldeia, Omar Hassan Halaf, o governador da província de Hama e o general Muaffak Asaad, presidente da comissão de segurança em Hama.
Segundo o documento, os representantes da aldeia são obrigados a terminar todas as atividades militares e a colaborar com as agências governamentais e policiais. Além disso, todas as pessoas que participaram dos combates poderão retornar à vida pacífica.Antes de assinar o documento, Sergei Ivanov afirmou que a Rússia vê os esforços do governo sírio para estabelecer a paz no país. Segundo ele, Moscou apoia este processo, usando todos os meios possíveis.
O general Muaffak Asaad, por sua vez, destacou o papel dos intermediários russos nos avanços do processo de reconciliação na Síria e assegurou aos moradores da aldeia que o Exército sírio vai garantir a sua segurança e protegê-los de ataques terroristas.
“Apelamos a todos os cidadãos e residentes da aldeia a voltarem às suas casas, às suas terras e ao seu trabalho. Enquanto nós, por parte do governo, faremos todo o possível para garantir a vida normal na aldeia”, disse Muaffak.
Maner Hussein al-Hasan, um dos militantes que entregou as armas, disse que foi militante do grupo Ahrar al-Sham durante dois anos. De acordo com ele, chegou uma altura em que percebeu que tinha escolhido o caminho errado e decidiu voltar para a sua família.
“No que se refere aos militantes dos outros grupos, eu acho que eles também vão seguir o nosso exemplo. Eles já estão mostrando sinais de prontidão de voltar a uma vida pacífica”, acrescentou o ex-militante.
Durante a trégua na Síria muitos representantes dos grupos militares entregaram as armas ao governo. A trégua não se aplica às ações antiterroristas em relação aos grupos que não concordaram com o cessar-fogo.
Fonte: Sputnik