Por Carlo Cauti
A Coréia do Sul foi o maior surto de coronavírus (covid-19) depois da China. O país asiático, geograficamente próximo ao epicentro da pandemia conseguiu todavia bloquear o avanço das infecções sem ter que paralisar sua economia através de um chamado “lockdown”. Como isso foi possível?
Em vez de tentar forçar a desaceleração das infecções impondo a todos os cidadãos – mesmo aos saudáveis - um isolamento forçado, o governo coreano realizou um enorme número de teste. Não somente em casos suspeitos e naqueles que tiveram contato com os doentes, mas em qualquer pessoa que quisesse verificar se estava contagiado
Ao contrário do que ocorreu na Itália, que realiza testes apenas nos casos de evidentes sintomas da doença, como problemas respiratórios, para ter um diagnóstico confirmatório. Na Coréia do Sul os testes têm o objetivo de identificar casos assintomáticos para colocá-los em quarentena e evitar que eles possam constituir cadeias de contágio.
Antes mesmo da chegada da pandemia no país, o governo coreano reuniu os representantes das indústrias farmacêuticas e concordou com eles a produção em massa de kit de testes para coronavírus. Agora a Coreia do Sul não somente é autossuficiente nesse insumo, produzindo cerca de 100 mil kits por dia, mas vai em breve poder exportar o produto.
Para ter uma idéia, a Itália com uma população maior que a coreana, fez menos de 50 mil testes no total, enquanto na Coréia foram realizados 400 mil.
Tecnologias contra o Coronavírus
Além da prevenção de contágio identificando casos positivos, a Coréia do Sul usou a tecnologia para rastrear as pessoas infectadas e identificar os seus contatos.
Isso foi possível ,graças a uma lei que permite ao governo acessar as filmagens de câmaras de vigilância, GPS de carros e telefones celulares, transações de pagamento com cartões e cartões de débito. Além disso, o avanço na tecnologia de reconhecimento facial, assim como o uso de tecnologias e big data permitiu o rastreamento e a identificação de pessoas que podem ter tido contato com a pessoa infectada.
As pessoas que são detectadas como positivas ao coronavírus devem instalar um aplicativo no celular que permite as autoridades de verificar os seus movimentos durante a quarentena.
Além disso as pessoas não infectadas podem baixar um app que sinaliza quando um contagiado está próximo, e quais foram as suas eventuais saídas caso ele esteja violando a quarentena. Dessa forma, elas podem verificar se o encontraram.
Na Itália e na Espanha esta opção não foi nem sequer avaliada pois foi considerada uma violação da privacidade.
Não hospitais e sim laboratórios temporários
Fonte: sunoresearch
Claude Fahd Hajjar