Foto: REUTERS/Amir Cohen
Foto de arquivo. Exército israelense
Defensores dos direitos humanos da organização Amnesty International acusaram Israel de cometer crimes de guerra contra a população civil na Faixa de Gaza durante a operação militar realizada no verão passado.
Segundo dados de funcionários palestinos, o confronto, que durou 50 dias, ceifou a vida a mais de 2.100 pessoas. Mais de 60 mil casas residenciais e mais de 5 mil empresas e instituições comerciais foram destruídas ou ficaram danificadas.
“O objetivo do ataque das forças israelenses foram as casas onde viviam as famílias de palestinos pacíficos, o que provocou a morte de centenas de civis. Em alguns casos, os ataques atingiram o nível de crimes de guerra”, lê-se num relatório da organização.
Por sua vez, Philip Luther, dirigente dos programas da Amnesty International para o Médio Oriente e Norte de África, citado pela agência Associated Press, declarou:
“As forças armadas de Israel violaram descaradamente as leis da guerra, atacando várias vezes as casas de civis e mostrando uma indiferença dura em relação às matanças em massa”.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel refutou os dados publicados no relatório, declarando que a organização de defesa dos direitos humanos “ignorou os crimes militares documentados do movimento islamista HAMAS”.
“No relatório não se fala no terror imposto pelo movimento HAMAS e outros grupos palestinos, bem como nos túneis por eles construídos para entrarem no território de Israel e realizarem atos terroristas”, declarou o MRE de Israel.
As autoridades de Israel afirmam que, durante a operação na Faixa de Gaza, os militares tentaram com o maior dos cuidados evitar vítimas entre civis, prevenindo-os previamente da realização de ataques contra habitações”.