25 de maio de 2000: “Dia da Resistência e da Libertação”

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Prisão De Al Khiam, Líbano - O Feixe De Suspensão Imagem Editorial - Imagem de tortura, evite: 119477730

Prisão De Al Khiam, Líbano – Local onde foram praticadas torturas e atrocidades sionistas

Por Claude Fahd Hajjar

Boa noite a todos!

Saudamos as autoridades civis e religiosas aqui presentes, representantes diplomáticos, partidos políticos e entidades irmãs,*

Senhoras e senhores,

Hoje, 25 de maio comemoramos o Dia da Resistência e Libertação do solo libanês da presença do ocupante sionista. Venceu a dignidade, a determinação, a vontade intrínsica que emana da determinação de um povo e principalmente de seus jovens.

Entre Resistir e desistir temos a diferença de uma letra.

Ao escolher o desistir seria o não lutar, o não enfrentar e não combater.

Quando escolhemos Resistir estamos falando de enfrentar, perseverar e lutar.

Esta escolha do RESISTIR teve a mais expressiva manifestação de oposição à invasão sionista ao Líbano de 1982 .

O ocupante sionista com o seu desaforado exército invadiu o Líbano e chegou a Beirute pretendiam, chegar por terra a Damasco. Sofreram as primeiras derrotas quando foram bravamente rechaçados pelos tanques sírios e pela resistência nacional libanesa.

Começaram ai suas derrotas, mas ainda assim conseguiram deixar a sua marca mortal no Massacre de Sabra e Chatila em setembro de 1982.

A população libanesa e todos os jovens envolvidos com a Resistência nacional do Líbano imaginavam formas de rechaçar o invasor, foi quando surgiram as primeiras sequências de ações de resistência ao inimigo e que aconteceram em meados de 1985 no Líbano.

Inauguradas pelo companheiro Kaled Halwan em Beirute, seguidas pela magnífica, Sanaah Mhaidale.

Foi com o ato de resistência da também chamada Arrusat Al Junub ou a Noiva do Sul que se seguiram:

– A socióloga Ibtisam Harb da região do Chiuf,

-A psicóloga Norma Abi Hassan

-A universitária Mariam Kair Al Din

-O Jovem Sírio Zahaar Abi Assaf

-A jovem Fadua Ghanem e outros muitos outros. .

Na verdade estas ações de resistência se multiplicaram e foram um fenômeno que expressava a vontade de se opor ao inimigo e buscar com a própria vida uma realidade mais digna.

Formou-se uma fila de mais mil inscritos que queriam participar e defender com o seu martírio e a própria vida a dignidade de seu povo. Muitos o fizeram!

Estas ações de resistência foram condenadas por muitos, mas podemos dizer que estas e outras lutas do Movimento de Resistência Libanesa culminaram com a retirada parcial do inimigo em 1985.

Apesar desta retirada parcial o inimigo continuava presente no Sul do Líbano, a exercer a mais sórdida das ocupações, com um vergonhoso currículo de atrocidades e massacres e transformando a vida dos cidadãos em verdadeiro campo de concentração. Em 1996 deixaram outra vez a sua marca macabra no massacre de Qana. . .centenas de mortos!!

No Sul do Líbano, transformaram cada cidadão em prisioneiro e forjaram a mais odiosa casa prisional na região de Khiam entre outras prisões.

Nestas prisões era contida a população que se rebelava contra o invasor. A entidade sionista nunca respeitou nenhuma regra ou lei, sempre prendeu e torturou sem acusação ou julgamento, manteve os presos em celas úmidas e féticas.( conforme a Anistia Internacional e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha)

Segundo grupos dos Direitos Humanos as atrocidades cometidas na prisão de Khiam ainda terão de ser relatados na íntegra para que o mundo tome conhecimento de como procediam estes tiranos bárbaros.

A luta contínua e determinada da Resistência transformou a população na íntegra em Resiste e combatente pela Liberdade, a sua missão era expulsar o inimigo.

Muitos foram martirizados, foram mais de 20 mil mortos que tombaram para alcançar a Liberdade e expulsar o inimigo e a estes todos dizemos: A sua luta não foi em vão!   Vencemos!

O objetivo foi alcançado em 24/5/2000 após 22 anos de ocupação do inimigo no Líbano. O invasor saiu, desmoralizado, derrotado e amedrontado, pois sabia que uma nova fase da luta estava se iniciando.

A importância deste fato se manifesta na destruição do Mito, de Exército mais preparado do Oriente Médio e com a maior força bélica. . .para a sua expulsão do Líbano marcou o futuro das ações da Resistência e o destino da região.

Ao desmontar a grande mentira que é a Entidade sionista, abriu-se o espaço para novas conquistas e novas vitórias.

– A Guerra dos 33 dias de julho de 2006, quando o Exército mais preparado do mundo lança, mais uma vez ,a sua ira contra a população libanesa não poupando a população civil, residências, escolas, estradas, mas por fim foi vencido e capitulou graças aos foguetes da Resistência e a coragem e paciência de seu povo.

– A guerra contra Gaza em 2008/2009

– A Guerra Internacional contra a Síria, e que o Eixo da Resistência protagonizou e venceu, na qual permanece presente, até hoje, já que esta guerra não acabou.

-A guerra contra Gaza 2014

– A batalha de Seif al Quds 2021 , a mais recente, que está completando 1 ano, revelou a fragilidade da sociedade sionista e a sua vulnerabilidade, assim como a ineficiência da sua Cúpula de Ferro. Revelou também a forte coesão da população na Palestina Ocupada integrando palestinos de 1948, com os da Cisjordânia, e de Gaza em uma única voz que fazia eco com os palestinos da diáspora seja na Jordânia, Líbano, Síria ou Norte da África e nos demais países do mundo.

Quantos Palestinos como Nizar Banat deverão ser covardemente assassinados pelas forças de segurança da entidade sionista, para que a justiça seja estabelecida?

O recente assassinato da jornalista Shireen Abu Akl mostra a fraqueza da entidade sionista e o seu desespero ao matar uma jornalista durante o exercício de sua profissão.

Mas a resposta da população palestina foi um enterro acompanhado por 75 kilômetros por toda a população palestina e retransmitido em todas as TV do mundo e cujas imagens circularam maciçamente pelas redes sociais.

Todos estes exemplos e muitos, muitos outros não relatados aqui mostram que resistir é a única opção possível para esmagar a ocupação e expulsar o inimigo da Palestina Ocupada.

Foi a Vitória de 25 de maio de 2000 que inaugurou um novo ciclo de vitórias, mesmo que pequenas, mas que vão garantir a justiça e a vitória final com Palestina livre e soberana, junto com o Golã sírio e as fazendas de Shabaa do Líbano. Com a Resistência garantindo a extração do Gáz e petróleo do litoral libanês para que o seu povo possa voltar a viver com dignidade!

Resistimos!!!

Claude Fahd Hajjar 

Editora do site Oriente Mídia

  • Discurso feito na  ARBIN – Associação Religiosa Beneficente Islâmica do Brasil em 25/5/2022
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