O Irã vira-se de novo para o seu parceiro histórico : a China. Durante a Antiguidade, a capital persa de Persépolis era adornada com estátuas chinesas, enquanto o farsi se tinha imposto em lugar do mandarim ao longo da Rota da Seda. Hoje, Teerã compra aviões de caças chineses após a sua vitória sobre os F-35 americanos e os Rafales franceses na Índia.

Após a guerra de 12 dias de Israel e dos Estados Unidos contra o Irã, o fumo do conflito dissipa-se ( « Dos Líneas Ferroviarias que Contribuyeron Multifactorialmente al Ataque de Israel y EU Contra Irán [1] »). As posições clarificam-se, em particular as da China e da Rússia, que não são noticiadas, na realidade são mesmo boicotadas, pelo Ocidente.
A Rússia, que melhorou consideravelmente as suas relações bilaterais com Trump, mostrou-se muito prudente na nova guerra do Médio-Oriente, já que ela está mais ocupada com o golpe de misericórdia a desferir no regime do comediante khazar Zelensky, e com os seus esforços em não atiçar as chamas de uma guerra nuclear mundial a partir dos países fronteiriços [3]. O mais inquietante reside no conceito utilizado pelos bombeiros : os super-incêndios, que se produzem quando dois incêndios afastados convergem.
Hoje, várias guerras incandescentes e indecentes convergem na Eurásia : as duas conhecidas, a de Zelensky na Ucrânia com o seu correligionário khazar Netanyahu – o qual trava as suas sete guerras, às quais se junta a dos guerrilheiros iemenitas do Ansarallah — e outras menos mediatizadas, como as perigosas escaramuças entre a Índia e o Paquistão e a guerra entre o Azerbaijão e a Arménia [4].
Parece que o que resta dos estrategas ocidentais – que praticamente perderam a guerra na Ucrânia e, na melhor das hipóteses, empataram com o Irão – trata de passar para primeiro plano o axioma (megasic!) velho de 118 anos do Britânico Halford Mackinder ( A Geografia como pivô da história; [5]), procurando pôr a ferro e fogo as fronteiras e as regiões periféricas da Rússia e da China, quando hoje em dia os BRICS do Sul pluralista deixaram para trás o oligopólio, em queda livre, do G-7, aquele que é apoiado pela anglosfera.
Um dos surpreendentes cisnes negros da “guerra de 12 dias” foi a revelação do Paquistão, potência nuclear média, em apoio ao Irã, no propósito de contrariar a “Opção Sansão” de Netanyahu e de Itamar Ben Gvir.
O The National Interest , criado por Nixon, afirma que « o Irã se prepara para comprar uma nova Força aérea à China [6] » : um bom acordo para as duas partes ; melhora o mercado de exportação de armas da China e dá ao Irã consideráveis novas capacidades, uma vez que a sua Força Aérea estava em ruínas antes da guerra. Parece, sob reserva de confirmação, que os aviões chineses J-10C ( Dragão Vigoroso ) do Paquistão foram superiores aos Rafale franceses da Índia [7], ayant abattu six de leurs avions [8], tendo abatido seis destes aviões [9].
Segundo o Bulgarian Military.com , « o Irão aposta nos aviões chineses J-10C, que deram provas, com os seus radares e os seus mísseis avançados, para contrariar o poder dos F-35 Is de Israel [10]. ». A viragem do Irão em favor dos aviões chineses foi relatada no jornal iraniano Khorasan e citada pelo diário russo Kommersant : ela redefine a estratégia militar do Irão e sublinha o papel crescente da China como fornecedora de defesa no Golfo Pérsico.
Segundo peritos na matéria, os supostos aviões chineses J-10C, nas mãos do Irã, superariam os F-35 norte-americanos, graças aos quais Israel manteve a superioridade no ar até esta ser contrariada pelos mísseis hipersónicos furtivos, indetectáveis e imparáveis do Irão, que acabaram por tomar conta dos céus israelenses
Alva
[1] «Dos Líneas Ferroviarias que Contribuyeron Multifactorialmente al Ataque de Israel y EU Contra Irán», Alfredo Jalife-Rahme, Substack, 25 de junio de 2025.
[2] «The Middle East crisis is a global catastrophe fueled by US hypocrisy», Xin Ping, Global Times, June 27, 2025.
[3] «Forget the Middle East: This region could be next to see a major crisis», Timofey Bordachev, Russia Today, June 27, 2025.
[4] «Russia’s surprising role in the Israel-Iran conflict that you might not know about», Farhad Ibragimov, Russia Today, June 28, 2025.
[5] «The geographical pivot of history», Halford John Mackinder, The Geographical Journal, Vol 170, n°4, December 2004, pp. 298-321.
[6] «Iran Is Preparing to Buy a New Air Force from China», Brandon J. Weichert, The National Interest, June 27, 2025.
[7] «How did China’s J-10C match up to French Rafale in India-Pakistan aerial clash?», Liu Zhen, South China Morning Post, May 12, 2025.
[8] «Defence index», X, June 25, 2025.
[9] «Defence index», X, June 25, 2025.
[10] «Iran bets on China’s J-10C to counter Israel’s F-35I might», Boyko Nikolov, Bulgarian Military, June 27, 2025.