Após a guerra de 12 dias de Israel e dos Estados Unidos contra o Irã, o fumo do conflito dissipa-se ( « Dos Líneas Ferroviarias que Contribuyeron Multifactorialmente al Ataque de Israel y EU Contra Irán [1] »). As posições clarificam-se, em particular as da China e da Rússia, que não são noticiadas, na realidade são mesmo boicotadas, pelo Ocidente.

Após o seu tom diplomático suave inicial, as mídias chinesas exprimem agora o seu descontentamento, tal como testemunha a opinião incendiária de Xin Ping no Global Times : « A crise no Médio-Oriente é uma catástrofe mundial alimentada pela hipocrisia dos Estados Unidos [2] ».

A Rússia, que melhorou consideravelmente as suas relações bilaterais com Trump, mostrou-se muito prudente na nova guerra do Médio-Oriente, já que ela está mais ocupada com o golpe de misericórdia a desferir no regime do comediante khazar Zelensky, e com os seus esforços em não atiçar as chamas de uma guerra nuclear mundial a partir dos países fronteiriços [3]. O mais inquietante reside no conceito utilizado pelos bombeiros : os super-incêndios, que se produzem quando dois incêndios afastados convergem.

Hoje, várias guerras incandescentes e indecentes convergem na Eurásia : as duas conhecidas, a de Zelensky na Ucrânia com o seu correligionário khazar Netanyahu – o qual trava as suas sete guerras, às quais se junta a dos guerrilheiros iemenitas do Ansarallah — e outras menos mediatizadas, como as perigosas escaramuças entre a Índia e o Paquistão e a guerra entre o Azerbaijão e a Arménia [4].

Parece que o que resta dos estrategas ocidentais – que praticamente perderam a guerra na Ucrânia e, na melhor das hipóteses, empataram com o Irão – trata de passar para primeiro plano o axioma (megasic!) velho de 118 anos do Britânico Halford Mackinder ( A Geografia como pivô da história; [5]), procurando pôr a ferro e fogo as fronteiras e as regiões periféricas da Rússia e da China, quando hoje em dia os BRICS do Sul pluralista deixaram para trás o oligopólio, em queda livre, do G-7, aquele que é apoiado pela anglosfera.

É preciso não esquecer, de forma alguma, as guerrilhas e /ou guerras clandestinas que Israel dirige contra o Irã  : para além das células adormecidas da sinistra Mossad dentro do país persa, Israel tem encorajado o ataque multidimensional por drones por parte dos seus antigos aliados entre os Mujahideen el-Khalk ( sediados na Albânia, tal como antes Osama bin Laden ), os Curdos de Irbil (no Iraque) e a Oposição azeri anti-persa no Azerbaijão.

Um dos surpreendentes cisnes negros da “guerra de 12 dias” foi a revelação do Paquistão, potência nuclear média, em apoio ao Irã, no propósito de contrariar a “Opção Sansão” de Netanyahu e de Itamar Ben Gvir.

O The National Interest , criado por Nixon, afirma que « o Irã se prepara para comprar uma nova Força aérea à China [6] » : um bom acordo para as duas partes ; melhora o mercado de exportação de armas da China e dá ao Irã consideráveis novas capacidades, uma vez que a sua Força Aérea estava em ruínas antes da guerra. Parece, sob reserva de confirmação, que os aviões chineses J-10C ( Dragão Vigoroso ) do Paquistão foram superiores aos Rafale franceses da Índia [7], ayant abattu six de leurs avions [8], tendo abatido seis destes aviões [9].

Segundo o Bulgarian Military.com , « o Irão aposta nos aviões chineses J-10C, que deram provas, com os seus radares e os seus mísseis avançados, para contrariar o poder dos F-35 Is de Israel [10]. ». A viragem do Irão em favor dos aviões chineses foi relatada no jornal iraniano Khorasan e citada pelo diário russo Kommersant : ela redefine a estratégia militar do Irão e sublinha o papel crescente da China como fornecedora de defesa no Golfo Pérsico.

Segundo peritos na matéria, os supostos aviões chineses J-10C, nas mãos do Irã, superariam os F-35 norte-americanos, graças aos quais Israel manteve a superioridade no ar até esta ser contrariada pelos mísseis hipersónicos furtivos, indetectáveis e imparáveis do Irão, que acabaram por tomar conta dos céus israelenses

Tradução
Alva
Fonte
La Jornada (México)