O General Yoav Gallant, antigo Ministro israelense da Defesa, reconheceu, em 7 de Fevereiro no Canal 12, ter ordenado às FDI (Forças Defesa de Israel-ndT), em 7 de Outubro de 2023, aplicar a «Diretiva Hannibal». Segundo ele, ela foi aplicada em alguns lugares, mas não em outros . Em situações extremas, este protocolo prevê matar israelenses em vez de os deixar cair nas mãos da Resistência palestina.

Em Janeiro de 2024, o The Cradle afirmara que pelo menos metade das vítimas do festival Super Nova haviam sido mortas pelas FDI , e não pelo Hamas.

Os Serviços de comunicação do Estado hebraico apresentaram, posteriormente, uma montagem vídeo aos parlamentares ocidentais, mas recusaram-se a torná-la pública. Aqueles que a viram, numa difusão privada, foram tomados pela emoção e veicularam a versão oficial do « maior pogrom da História ». No entanto, ao ver depois algumas fotos eles colocaram dúvidas.

☞ A “Diretiva Hannibal” é uma doutrina militar israelita, elaborada, em 1986, pelo General Yossi Peled, Comandante das Forças do Norte.

A ordem inicial, redigida com o Coronel Gabi Ashkenazi (futuro Chefe do Estado-Maior das FDI e que foi membro do gabinete de guerra de 7 de Outubro) e um oficial da Inteligência, o Coronel Yaacov Amidror (mais tarde Conselheiro de Segurança Nacional), estabeleceu que em caso de captura a missão principal das FDI é impedir, a todo o preço, que os soldados sejam feitos prisioneiros.

Ela equivale à ordem de atirar sobre um soldado capturado para evitar que ele seja feito prisioneiro.

Segundo antigos generais, ela resume-se assim : « Mais vale um soldado morto do que um cativo vivo ». Ou ainda : «Após o ativar do protocolo, concentra-mo-nos sobre uma zona precisa e com um único fim : perturbar o inimigo e impedi-lo de se escapar com um prisioneiro» .

Em 2014, quando a Resistência palestiniana capturou o soldado Hadar Goldin em Gaza, as FDI bombardearam Rafah à razão de com um disparo de míssil por minuto durante 4 horas. Elas mataram 150 civis e declararam que o soldado tinha morrido devido aos seus ferimentos.

Muitos militares contestaram esta diretiva que foi várias vezes reformulada. Entre eles, o General Benny Gantz, atual líder da Oposição.