Nota de pesar da ARBIB sobre o Dr. Assad Frangiéh

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Se a morte é um evento final e inevitável que marca o fim da vida biológica, ainda assim ela se torna um tema central na reflexão filosófica, influenciada por crenças e visões de mundo.

Como muçulmanos, a finitude da existência  terrena não é o colapso da existência, mas em apertadíssima síntese, uma passagem onde os humanos são testados e o teste comporta várias nuances, mas o momento não é o apropriado para a expansão do tema, mas o que ao assunto interessa, podemos dizer que não perdemos o Dr. Assad, mas exatamente o contrário, nós o ganhamos, pois poderíamos ter passado por essa existência sem a influência de alguém que serviu de instrumento para a nossa evolução e amadurecimento.

A sofisticação das suas análises, a polidez na sua fala, a humildade quando falava com altivez, a segurança e convicção do que expressava, o dom de discordar com elegância e várias outras virtudes são alguns dos legados deixados pelo Dr. Assad, mas na nossa humilde visão, o maior e sem dúvida o mais importante legado deixado, que é o legado apenas dos grandes nobres e livres, foi não ter flexibilizado com a verdade e com a justiça, pois não negociou e tão pouco avaliou prejuízos na defesa das suas convicções, até porque era crente de que a divergência de ideias não deve (ou não deveria) ser motivo para inimizades.

Em suma, o vencedor é o Dr. Assad que passou por esta existência sem negociar e sem flexibilizar a verdade e a justiça, enquanto nós continuamos em teste e rogamos à Deus que tenhamos a mesma virtude deste grande homem e que possamos a cada dia beber do legado de dignidade deixado por este grande homem.

 

Associação Religiosa Beneficente Islâmica do Brasil – Mesquita do Brás   Nota

 

 

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