A Força Aérea israelense realizou um ataque à entrada do Quartel-General do Estado-Maior Sírio na capital
The Cradle, 16 DE JULHO DE 2025
(Crédito da foto: X)
Israel renovou seus ataques à Síria em 16 de julho, quando violentos confrontos entre forças governamentais e facções militantes drusas na cidade de Suwayda, no sul do país, entraram em seu quarto dia, apesar de um recente anúncio de cessar-fogo.
Pouco depois que o Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, prometeu continuar os ataques até que as tropas do governo se retirassem de Suwayda, uma grande explosão foi ouvida na capital, Damasco.
“As Forças de Defesa de Israel (IDF) atacaram recentemente o portão de entrada do Quartel-General do Estado-Maior do regime sírio na região de Damasco, na Síria. As IDF continuam monitorando os acontecimentos e as atividades contra civis drusos no sul da Síria e, de acordo com as instruções da cúpula política, realizam ataques na área e estão preparadas para vários cenários”, afirmou o exército israelense em um comunicado.
O canal de notícias hebraico Canal 14 afirmou: “A Força Aérea Israelense realizou um ataque perto do Ministério da Defesa da Síria, como uma mensagem de alerta ao regime de Ahmad al-Sharaa”.
“O regime sírio deve deixar os drusos em Suwayda em paz e retirar suas forças. Como deixamos claro e alertamos, Israel não abandonará os drusos na Síria e aplicará a política de desmilitarização que decidimos”, disse Katz na quarta-feira.
“As Forças de Defesa de Israel continuarão a atacar as forças do regime até que elas se retirem da área e, em breve, intensificarão sua resposta contra o regime se a mensagem não for compreendida”, acrescentou.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), quase 250 pessoas foram mortas desde o início dos combates no domingo, “incluindo pelo menos 21 civis executados extrajudicialmente”.
O OSDH acrescentou que a situação humanitária em Suwayda “se deteriorou dramaticamente”.
Segundo relatos locais, dezenas de famílias em Suwayda estão sitiadas em suas casas enquanto as forças do governo sírio e facções extremistas afiliadas continuam avançando em meio ao temor de novos massacres contra civis.
Imagens e vídeos mostram tropas do governo sírio fazendo ameaças sectárias contra drusos, sequestrando anciãos drusos desarmados (clérigos) e cortando seus bigodes tradicionais.
Fotos também mostram os corpos de clérigos desarmados após serem executados por forças do governo e forças e milícias beduínas aliadas.
Os confrontos começaram no domingo, depois que militantes beduínos pró-Damasco montaram um posto de controle na rodovia Damasco-Suwayda, onde roubaram e espancaram brutalmente um jovem druso, desencadeando uma série de ataques retaliatórios e respostas do governo.
Damasco afirmou no início desta semana que suas forças estavam sendo enviadas para Suwayda para restaurar a ordem e desarmar grupos “fora da lei”.
O Conselho Militar de Suwayda, liderado pelos drusos e formado em fevereiro, liderou uma contraofensiva na terça-feira, recuperando algumas áreas do centro da cidade de Suwayda que, desde então, foram novamente controladas pelas forças governamentais.
A liderança religiosa drusa da Síria apelou à “resistência” contra a ofensiva do governo.
A situação se agravou rapidamente e os confrontos continuam a se intensificar, apesar do anúncio de cessar-fogo feito pelo Ministro da Defesa sírio, Murhaf Abu Qasra, em 15 de julho.
Os ataques israelenses também devem continuar. As forças de ocupação israelenses continuam a consolidar seu domínio sobre o sul da Síria, após ocupá-lo após a queda do governo do ex-presidente sírio Bashar al-Assad e pressionar pela desmilitarização completa da área.
Israel afirma que deseja apoiar a minoria drusa e impedir sua perseguição por Damasco, que tem negociado recentemente com Tel Aviv sobre possíveis acordos de normalização e segurança.
Israel
Síria
Damasco
Drusos
Exército sírio
Ahmad al-Sharaa
Suwayda
Conselho Militar de Suwayda