Vitória de Bashar al-Assad e Putin em Aleppo pôs o ocidente em surto de pânico 8

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Até o final de novembro, União Europeia e Washington só fizeram tentar convencer a comunidade internacional de que nenhum dos lados no conflito sírio seria suficientemente forte para colher vantagem decisiva no campo de batalha.


3/12/2016, Martin Berger,
New Eastern Outlook, NEO
Traduzido por Vila Vudu

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Ao mesmo tempo, círculos políticos ocidentais tomaram todas as medidas possíveis para impedir que Damasco e Moscou intensificassem a ofensiva contra os terroristas do ‘Estado Islâmico’ na Síria, sobretudo em Aleppo. Para essa finalidade, o secretário de Estado John Kerry aumentou os esforços diplomáticos para obter um acordo com a Rússia, sobre a Síria, antes de o atual governo deixar o posto –, como registra o Washington Post. Segundo o mesmo jornal, a Secretaria de Estado pouco se incomoda com a chamada “crise humanitária” em Aleppo; o que teme é que o governo assine acordo diferente com Moscou, que, na essência, põe os EUA ao lado de Bashar al-Assad.

É curioso que funcionários da União Europeia tenham posto as suas fontes de propaganda a operar em hora extra, forçando aquelas fontes a publicar todos os tipos de acusações mentirosas contra Moscou e Damasco, dizendo que teriam bombardeado especificamente escolas e hospitais. Fato é que há completo blecaute em todos os jornais e televisões sobre centenas de civis em Aleppo massacrados por militantes radicais, que impediram que a população local de deixar, servindo-se dos corredores humanitários abertos pelo governo do presidente Assad, os territórios que os militantes ocupavam. Mas todos fomos induzidos a crer que os extremistas seriam alguma espécie de heróis; e como prisioneiros os que arriscaram a própria vida para expulsar da cidade os extremistas, essa “peste negra”.

Nesse ponto, o palco da ONU virou cenário para que os governos de Grã-Bretanha, França e Alemanha se pusessem a ‘exigir’ que Damasco fizesse uma “pausa humanitária” em Aleppo. Mas não para garantir alívio aos habitantes da cidade sitiada, porque o ocidente não mandou um único caminhão de ajuda humanitário para Aleppo. Os representantes dos três países acima, como também os representantes dos EUA, sequer tiveram coragem de escoltar (para evitar que fossem emboscados pelos terroristas) os comboios que a Rússia enviou.

Em vez disso, o ocidente usou aquelas pausas para introduzir mais terroristas em Aleppo e garantir-lhes o fornecimento de equipamento militar. Muitas publicações provam que nesse período os jihadistas de Ansar al-Islam tinham capacidade militar máxima, quando negócios massivos de armas estavam sendo construídos no Leste da Europa e na Ucrânia, para contrabandear para a Síria quantidades massivas de armas fabricadas pelos soviéticos.

Contudo, as tropas sírias estão sendo extraordinariamente bem-sucedidas, até agora, na libertação de Aleppo, sucesso o qual resultou em Washington descobrir-se em posição muito estranha. O Financial Times já noticiou que os líderes da oposição síria já estão mantendo conversações secretas com a Rússia, para pôr fim às hostilidades em Aleppo. Pode acontecer de os EUA serem empurrados para fora da equação em vários conflitos chaves no Oriente Médio, inclusive na Síria. Com o desmascaramento do conceito de “oposição moderada”, EUA vão perdendo espaço para influenciar a Síria, na medida em que se vai comprovando que não há “moderados”, só há radicais da Frente Al-Nusra.

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EUA e UE estão em pânico total por causa dos desenvolvimentos na Síria, porque há possibilidade real de que se venha a expor completamente o verdadeiro papel que EUA e aliados europeus desempenharam na criação do chamado “Estado Islâmico” [ing. ISIS]. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Mark Toner até já ‘exigiu’ que a Rússia fosse impedida de combater contra o terrorismo internacional na Síria. Imediatamente depois dessa declaração, representantes de França, Grã-Bretanha e Alemanha tentaram aumentar a pressão, contra a Rússia, pelo Conselho de Segurança da ONU.

O estado delirante em que se debatem as elites europeias governantes apareceu muito claramente, publicamente, quando o Guardian publicou a sua mais recente demanda:
“Líderes europeus, especialmente o governo francês, estão alertando Vladimir Putin por canais privados de que se ele permitir que o presidente Bashar al-Assad da Síria converta uma já esperada retomada de Aleppo em vitória militar na maior parte do país, a Rússia será obrigada a pagar a conta da reconstrução.”
É como se os governantes em Londres, Paris e Berlin estivessem em situação de morte cerebral. Só a morte cerebral explica que tenham esquecido quem destruiu Iraque, Líbia, Síria, Afeganistão e inúmeros outros países. Os EUA, com o apoio ávido que lhe dá a União Europeia, mataram centenas de milhares de civis, destruíram moradias e a infraestrutura indispensável à sobrevivência dos que não foram mortos, o que resultou num verdadeiro êxodo de migrantes, do Oriente Médio e África, para a Europa. Assim sendo, talvez sejam eles obrigados a conta da reconstrução, em vez de obrigar países europeus menores a receber refugiados que, para começar, eles, sim, geraram. E quanto à responsabilidade de Washington?*****

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8 thoughts on “Vitória de Bashar al-Assad e Putin em Aleppo pôs o ocidente em surto de pânico

  1. Responder Irion dez 3,2016 23:26

    Tornou-se difícil disfarçar, pois ficou bastante claro o papel de EUA e Europa no fomento ao terrorismo internacional, e agora nos damos conta de que não é de hoje! Essas velhas lideranças illuminatis ianques e européias precisam ser defenestradas, o mundo anseia por paz. Deus abençôe Putin e a Rússia!

  2. Responder Elaine Erig dez 4,2016 0:53

    Congrats thé trut come!

  3. Responder Celio Rheis dez 17,2016 19:34

    Só cegos, idiotas e analfabetos politicos não conseguem perceber as mão da maldita águia sobre as maiores desgraças do ultimo século.

  4. Responder Eros Alonso dez 17,2016 21:50

    Quem deve pagar a conta pela reconstrução da Síria é o Ocidente que deu armas, alimentos e total ajuda aos terroristas islâmicos…com a tomada de Aleppo o que foi encontrado deixa escancarada essa ajuda nefasta do Ocidente para derrubar Assad.

  5. Responder Zamian dez 18,2016 16:44

    O mundo a um passo da guerra nuclear. A ambição pelo poder destrói o homem e destruirá a humanidade. As estratégias e sacanagens da politicagem internacional é o combustível da grande iminente catástrofe.

  6. Responder Anselmo Soares dez 19,2016 11:30

    Os libertadores do mundo são na verdade fomentadores da guerra e usam as guerras para promover o assalto aos países onde fazem as guerras. Não importa aos exploradores de Tio Sam o sofrimento de ninguém. Só interessa aos senhores da guerra saciar sua sanha por mais e mais poder.

  7. Responder Mas uma vez o bendito e maldito petróleo ta como interesse no pano de fundo! dez 19,2016 15:07

    Mais uma vez o petróleo com pano de fundo de uma gigantesca tragédia envolvendo seres humanos no front, e idiotas bebendo e comendo em troca de vidas.

  8. Responder odenicio jan 2,2017 0:35

    Estamos vendo em pleno século 21 a hegemonia dos Estados Unidos e da Europa sendo destruído pela Rússia, Irã, Síria e a China. A nação mais poderosa do mundo e o velho mundo nunca passaram por tamanha humilhação. Financiaram uma guerra longa e dura para derrubar o presidente Sírio e acabaram levando uma grande invertida. Perderam a guerra e foram humilhados. Agora com a posse do novo presidente Donald Tromp vão tentar fazer com que os Estados Unidos volte a mandar no mundo, mas vai encontrar um grande abacaxi para descascar. Só o tempo quem vai dizer quem manda no mundo.

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