Assim como eu, como Roger Walters, Umberto Eco, Saramago e muitos outros escritores e artistas ativistas pela paz não encontram respostas para os atos de Israel.

Horror. Dor. Crianças morrendo. Um prédio sendo destruído
Por Lucia Helena Issa
Jornal GGN O jornal de todos os Brasis
As imagens e mensagens de meus amigos palestinos chegavam a cada minuto e devastavam meu coração.
Por que bombardear um prédio residencial em Gaza, um lugar já devastado, já destruído por Israel e considerado a maior prisão a céu aberto no mundo?
Por que Israel continua perpetuando e intensificando o Apartheid e o terrorismo de Estado contra mulheres e crianças palestinas?
Assim como eu, como Roger Walters, Umberto Eco, Saramago e muitos outros escritores e artistas ativistas pela paz não encontram respostas para os atos de Israel.
Derrubou-se o Muro de Berlim, mas se levantaram outros muros como o que Israel levantou para dividir o povo palestino. Os ataques, a destruição e as morte em Gaza, Cisjordânia e Líbano, e as ameaças permanentes levaram Israel a transformar-se em um Estado terrorista, utilizando ataques onde as maiores vítimas são mulheres e crianças.
As perguntas feitas por meu coração e minha mente e as perguntas feitas pelo gigante Perez Esquivel, vários anos e centenas de assassinatos de palestinos depois, permanecem sem respostas.
Lucia Helena Issa é jornalista, escritora e embaixadora da paz por uma organização internacional. Foi colaboradora da Folha de S.Paulo em Roma. Autora do livro “Quando amanhece na Sicília”. Pós-graduada em Linguagem, Simbologia e Semiótica pela Universidade de Roma. Atualmente, vive entre o Rio de Janeiro e o Oriente Médio e está terminando um livro sobre mulheres palestinas que lutam pela paz.