Washington: Cúpula de 60 países dá status de III guerra mundial à luta contra o terrorismo

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Líderes de 60 países concordam, em Washington, que combater o Estado Islâmico é a batalha do século

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Em fuga. Líbios recém-chegados à ilha italiana de Lampedusa andam pelas ruas. Com as recentes incursões do Estado Islâmico, é cada vez maior o o número de pessoas que deixam a Líbia com medo do terror. Na semana passada, o Estado Islâmico decapitou 21 prisioneiros líbios

Washington, EUA. Os Estados Unidos expressaram nesta quinta que pretendem unir a comunidade internacional no combate ao terrorismo jihadista, durante uma cúpula mundial em Washington, na qual se discutiu uma estratégica concreta para “uma nova guerra contra um novo inimigo”.

O presidente Barack Obama e seu secretário de Estado, John Kerry, encerraram três dias de uma reunião “contra o extremismo violento” na presença de representantes de 60 países, entre eles o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, e os ministros do Interior francês e britânico, Bernard Cazeneuve e Theresa May, respectivamente.

A reunião ganhou relevância após os recentes atentados em Paris e Copenhague e em plena campanha internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria. “Estamos aqui hoje (nesta quinta) porque estamos unidos contra o aumento do extremismo violento e contra o terrorismo”, disse Obama na cúpula. “Os países devem se manter firmes em sua luta contra as organizações terroristas”, frisou Obama, prometendo trabalhar com países instáveis, como Iêmen e Somália, para ajudá-los a “evitar que haja espaços ingovernáveis, onde os terroristas possam encontrar refúgios seguros”.

O combate ao jihadismo extremista é “nossa guerra coletiva enquanto comunidade internacional”, reforçou o ministro jordaniano das Relações Exteriores, Nasser Judeh. “Os desafios que enfrentamos hoje são os de uma terceira guerra mundial”, afirmou, citando palavras do rei da Jordânia.

O presidente norte-americano, assim como outros membros de seu governo, cercou-se de cuidado para falar de radicalismo islâmico, uma precaução na linguagem reprovada por seus opositores do Partido Republicano. Obama defendeu ainda que “a noção de que o Ocidente está em guerra contra o islã é uma mentira horrível, e todos nós, sem importar nossa fé, temos a responsabilidade de repudiá-la”.

Novo inimigo. Analistas sustentam que cerca de 20 mil combatentes estrangeiros se somaram nos últimos anos aos extremistas na Síria e no Iraque. Pelo menos 4.000 eram provenientes da Europa Ocidental. “Não tem precedentes”, advertiu Kerry. Ban Ki-moon alertou que “o surgimento de uma nova geração de grupos terroristas como Daesh (acrônimo do EI em árabe) e (o grupo islamita nigeriano) Boko Haram representa uma grave ameaça para a paz e a segurança mundial”.

O encontro ocorre seis meses depois da criação de uma coalizão internacional de cerca de 60 países contra o Estado Islâmico – que essencialmente realiza bombardeios aéreos contra posições do EI na Síria e no Iraque.

Nova reunião

Promessa. A ONU se comprometeu a convocar nos próximos meses uma cúpula mundial de líderes religiosos para “enviar uma forte mensagem de solidariedade e tolerância”.

Grupo toma universidade

Bengasi, Líbia. Jihadistas que afirmam pertencer ao braço líbio do grupo Estado Islâmico (EI) tomaram o controle da universidade de Sirte, a 450 km de Trípoli, onde os cursos tiveram que ser suspensos, segundo um professor.

O braço líbio do Estado Islâmico tomou o controle das instalações após chegar à cidade, na véspera, com um comboio de cerca de 60 veículos pertencentes a essa organização jihadista, que desfilou nas ruas.

Fonte Normal

Publicado  por O Tempo 19/02/2015

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