Semana 11 da intervenção russa na Síria: Será um passo para trás, afastando-se do abismo? 1

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19/12/2015, The Saker, Unz Review
Tradução Vila Vudu

 

Mapa: Bases do Centcom, SouthFront


Foi semana sensacional
. Semana passada, concluí com a seguinte frase: “Só há um meio de evitar uma guerra: desistir, mesmo que de início a coisa continue a ser negada publicamente, da política de “Assad tem de sair”.[2] Agora, fato é que várias autoridades dos EUA, inclusive Kerry, já se manifestaram sobre o fato de que Assad não ‘precisa’ sair imediatamente, que é importante uma “transição” ou que “as instituições do Estado” têm de ser preservadas. Mas, claro, o que eu e vários outros queríamos realmente dizer era que os EUA têm de modificar fundamentalmente sua política para o conflito sírio. Além do mais, desde que a Turquia cometeu ato de guerra contra a Rússia sob o ‘guarda-chuva’ de EUA e OTAN, criou-se situação fantasticamente perigosa, na qual um estado bandido – a Turquia –, poderia sentir-se completamente impunível, por ser membro da OTAN. Também aqui, o que faz falta não é mais uma declaração positiva, mas mudança fundamental na política dos EUA.

É possível que essa mudança fundamental, talvez, tenha acontecido nessa semana. Outros têm interpretações diferentes do que aconteceu e não estou afirmando categoricamente que, sim, aconteceu – só o tempo dirá –, mas é possível, pelo menos, que tenha acontecido. Examinemos o que houve.

Primeiro, foram declarações muito claras, de Kerry, em Moscou. As mais noticiadas foram:
“Como enfatizei hoje, os EUA e nossos parceiros não estamos buscando a chamada ‘mudança de regime’, como se pensa na Síria” [Fonte].

“Não, não estamos procurando isolar a Rússia, como forma de política, não” [Fonte].
Ora… Sei muito bem que Kerry ‘perdeu’ todas e quaisquer negociações em que se envolveu com os russos, e já escrevi muitas vezes sobre isso. Sei também muito bem que Kerry tem longo currículo de dizer A na frente dos russos e não-A quando se explica em casa. Por fim, também compreendo que não é Kerry quem toma decisões, porque nos EUA essa é tarefa do “estado profundo”. Mas, tomadas todas essas precauções, é inegável que as frases de Kerry mostram virada oficial, embora não necessariamente factual, de 180 graus, abandono das metas oficiais dos EUA no que tenham a ver com ambos os estados, Rússia e Síria. Além do mais, todos vimos não só palavras, mas ações concretas, dos norte-americanos.

Primeiro, EUA e Rússia concordaram com fixar uma lista comum de “terroristas notórios” (e não se fala mais de combatentes “moderados” da liberdade). Por mais que seja discutível quem sobrará para a “lista dos bons moços”, não há dúvida de que todos que fazem alguma diferença na Síria – al-Qaeda e Daesh – aparecerão na “lista dos bandidos”. Assim, por sua vez, ficará muito mais difícil, mas não impossível (não esqueçam os “Contras”!) para os EUA continuar a fornecer-lhes assistência e dinheiro. Mas os EUA fizeram coisa ainda mais interessante:

– Os EUA anunciaram que estão retirando 12 de seus F-15s da Turquia, 6 F-15Cs e 6 F-15Es. Pode não parecer muito, mas são aeronaves altamente simbólicas, porque são as aeronaves suspeitas de terem dado “cobertura” ao F-16 turco que derrubou o Su-24 russo. Os F-15Cs, especialmente, são exclusivos para combate ar-ar, e só estão lá, se for para atacar a Força Aeroespacial Russa na Síria.

Claro, os EUA declararam que não passa de rodízio normal de aeronaves, que estava lá para exercício, mas o resumo é claro: dado que o secretário-geral da OTAN general Stoltenberg prometeu reforçar a presença da OTAN na Turquia, os EUA retiraram de lá 12 das joias da coroa de sua Força Aérea. Compare-se isso e o que fazem os russos, que continuam a aumentar a própria capacidade na Síria, especialmente a artilharia (ver aqui, aqui e aqui).

E há também essa notícia muito interessante: “A máquina de propaganda de Erdogan agora começou a culpar o comandante da Força Aérea Turca pelo ataque contra o Su-24 russo”. Leiam a notícia toda, parece que foi um balão de ensaio distribuído para as mídias sociais turcas, para culpar o comandante da Força Aérea turca, pelo ataque contra o Su-24 russo (e pouco importa que Erdogan tenha dito publicamente que ele, em pessoa, ordenara o ataque).

Por fim, a Rússia conseguir obter unanimidade no Conselho de Segurança da ONU para resolução contra as finanças do Daesh. Desnecessário dizer que, se a resolução visa mesmo diretamente as fontes de dinheiro do Daesh, ela põe em situação muito difícil o Qatar, a Arábia Saudita e, especialmente, a Turquia: não só a resolução prevê sanções contra qualquer país ou entidade que negocie com o Daesh, mas também determina que qualquer acusação de relacionamento financeiro persistente seja investigada em processo investigativo conduzido pela ONU. Segundo RT,
“A resolução também determina que os países informem o que tenham feito nos próximos 120 dias para interromper os processos de financiamento para o EI. Determina ainda que o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon produza “relatório de nível estratégico”, a ser apresentado dentro de 45 dias, de análise das fontes de dinheiro do EI. “Estamos contando com que seja relatório muito concreto e honesto” – disse [o embaixador russo no CS, Vitaly] Churkin a RT.

Churkin também mencionou o envolvimento da Turquia no comércio ilegal de petróleo com o EI, destacando que indivíduos e empresas comerciais turcas podem sofrer sanções amparadas nessa resolução. Acrescentou que países podem sofrer sanções “se acontecer de [algum país] não tomar medidas efetivas na luta contra o terrorismo financeiro.”

Segundo o enviado da Rússia à ONU, a Rússia era o único país que pode fazer prova de esquemas adotados por outros países para manter a prática de contrabando de petróleo associado ao EI, ou de como o EI usa o dinheiro que aufere nessas transações para comprar armas de outros países, especialmente de alguns, no Leste Europeu.

O documento é baseado no art. 7º da Carta da ONU e passa a viger imediatamente; conclama os membros a “mover-se com vigor e decisão para cortar o fluxo de fundos” para o EI. Diz que os governos devem impedir seus cidadãos de financiar ou prover serviços a “organizações terroristas ou terroristas individuais para qualquer fim, inclusive, mas não só esses: recrutamento, treinamento ou viagem, mesmo que na ausência de qualquer laço com qualquer específico ato terrorista.”
Assim sendo, não só os russos têm agora os meios para canalizar para o Conselho de Segurança da ONU toda a inteligência que reuniram sobre a colaboração entre Daesh e Turquia, mas o secretário-geral deve produzir relatório baseado, no mínimo, parcialmente, nessa inteligência. Todas essas notícias são muito muito muito ruins para Ancara.

Tudo isso posto, o que se passa aqui. Explico, então, o que acho que deve ter acontecido.

Minha hipótese

Primeiro, a derrubada do SU-24 russo está-se convertendo em risco altíssimo. Os russos imediatamente disseram que havia sido emboscada cuidadosamente planejada e covardemente executada, mas agora já há altos especialistas ocidentais que concordam. É embaraçoso e pode ficar muito pior com a decodificação dos registros de voo do SU-24 (os russos encontraram a caixa preta e levaram para Moscou). O quadro que emerge é o seguinte: não apenas foi provocação deliberada, uma emboscada, como, além disso, há provas irrecusáveis de que os turcos usaram a inteligência que os russos forneceram aos EUA sobre missões aéreas planejadas.

O fato de os EUA terem passado adiante aquela informação para os turcos já é ruim que chegue; mas os turcos usarem aquela informação para derrubar deliberadamente uma aeronave russa torna os EUA diretamente responsáveis pelo crime. Os EUA também são responsáveis pelo simples fato de que de modo algum os turcos saberiam montar emboscada complexa como aquela, sem que os EUA soubessem do que estava sendo planejado. Ora, é possível que alguém, na máquina militar dos EUA soubesse de coisas que outros não sabiam. Toda essa operação soa, aos meus ouvidos, exatamente igual a tantos planos também muito mal feitos e muito mal executados pelos quais a CIA é famosa; implica que é possível que Kerry, no Departamento de Estado, e até mesmo Obama, realmente não “soubessem” dos planos. Ou sempre souberam e agora fingem que não sabiam.

Seja qual for o caso, os EUA estão agora obviamente tentando ‘descarregar’ essa mais nova ‘ferrada’ sobre o lombo de Erdogan, o qual, por sua vez, tenta passá-la adiante para o lombo de seu comandante da Força Aérea.

Fato é que o plano fracassou, os russos não morderam a isca, não retaliaram militarmente e agora já se veem pilhas de consequências políticas daquele desatino. Quanto a Erdogan, o ‘plano’ era ele sair disso tudo como o Grão Paxá, o fodão da área. É hoje, isso sim, um patético covarde irresponsável (Putin ridicularizou o modo como os turcos correram para se agarrar à saia da OTAN, logo depois de o Su-24 russo ter sido derrubado, quando disse “e correram imediatamente para Bruxelas, gritando: “Socorro, eles estão nos machucando.” Quem está machucando vocês? Tocamos em alguém ali? Não. Eles se puseram, de medo, debaixo da OTAN.“). Até EUA e Europa estão, como até a imprensa noticia, fartos das bobagens de Erdogan e furiosos com ele. Quanto aos russos, parecem ver Erdogan como um “Saakashvili versão ponto-dois”– sujeito com o qual não há o que discutir e que o Kremlin considera politicamente morto.

Segundo, vejam a Síria. Mesmo sob pressão máxima, os russos não cederam, nem dão sinais de hesitação; é o exato oposto: mais do que dobraram o contingente naquele local, trouxeram sistemas de artilharia pesada e até ventilaram a ideia de abrir um segundo grande aeroporto na Síria (essa intenção foi depois desmentida por autoridades russas). Para os norte-americanos, significa algo bem simples: apesar de os russos serem muito menos fortes na Síria que os EUA, eles claramente não se intimidaram, não cederam, mantêm o que tinham desde o primeiro dia e até aprofundaram suas posições. Em outras palavras: os russos não fugirão da guerra.

Quero acreditar que os vários sinais de alerta emitidos por tantos, inclusive por mim mesmo, podem ter contribuído para convencer os analistas nos EUA de que os russos estavam prontos para lutar.

Primeiro, foi Peter Lavelle que, em seu programa na RT, “CrossTalk“, alerta para o perigo iminente de guerra literalmente há meses. Mas também muitos outros, dentre os quais Pepe Escobar, Paul Craig Roberts, Alastair Crooke, Stephen Landeman, Stephen Cohen, que soam o alarme e alertam o Império de que a Rússia não ‘piscará’ nem ‘cederá’ e que a guerra é perigo muito real, possivelmente já inevitável (alguns dos meus alertas podem ser lidos aqui, aqui, aqui e, claro, na minha coluna da semana passada). Sei como a inteligência processa os trabalhos e creio que coro tão insistente de avisos deve ter tido alguma influência na decisão dos EUA, de mudarem de curso, no mínimo, que seja, no futuro imediato.

Como já destaquei incontáveis vezes, o “contingente tático-operacional das Forças Aeroespaciais da Rússia na Síria” (é o nome oficial delas) é pequeno, isolado e vulnerável. A Síria está ilhada entre a OTAN e o CENTCOM e os EUA podem, se for preciso, trazer quantidade descomunal de poder de foto para a Síria e não há o que os russos possam fazer quanto a isso.

Podem ver vocês mesmos as bases aéreas dos EUA no CENTCOM e na Turquia, basta clicar aqui (imagem de alta resolução, 7MB, criada por SouthFront). Mas há uma coisa que até uma pequena força pode fazer: servir como [força] ‘fio enterrado’ [orig. “tripwire” force]: uma força que, se for atacada, o ataque disparará guerra total entre Rússia e EUA.

Se os norte-americanos tinham quaisquer dúvidas, elas foram instantaneamente dissipadas quando ouviram Putin declarar oficialmente que Nossa aviação de ataque voa agora com plena cobertura de forças de combate. Ordeno que todos ajam com extrema firmeza e total decisão. Todos e quaisquer alvos que ameacem grupo russo ou nossa infraestrutura terrestre devem ser imediatamente destruídos.

A combinação de todos esses fatores foi, aparentemente, suficiente para convencer os EUA a pisar no freio antes que as coisas ficassem realmente fora de controle.

Mais uma vez, não estou dizendo que aconteceu assim, mas quero crer que não erro e que alguém nos EUA finalmente se deu conta de que a guerra com a Rússia seria inevitável, se os EUA continuassem na mesma rota; então tomou a decisão de parar, antes que fosse tarde demais. Se isso é o que realmente aconteceu, é extremamente encorajador e são ótimas, excelentes notícias.

Por mais que estupidez extrema, extrema insanidade, para não falar no próprio mal absoluto, estejam sempre ativas no comando superior do Império Anglo-sionista, sempre há possibilidade de que homens e mulheres decentes e sãos façam a coisa certa e consigam deter os doidos mais varridos (como fez o almirante Mike Mullen, quando os neoconservadores queriam iniciar uma guerra contra o Irã).

O outro grande evento da semana foi, é claro, a conferência anual com jornalistas, do presidente Vladimir Putin. Postei o texto integral [ing.] no meu blog, e aqui só mencionarei uma parte excepcionalmente interessante: alguém perguntou a Putin se a Rússia planejava manter base militar na Síria para sempre. Eis a resposta:
“Há pessoas na Europa e nos EUA que repetiram sem parar que nossos interesses seriam respeitados, e que nossa base [militar] poderia ficar lá, se nós quiséssemos. Mas ainda não sei se precisamos de uma base lá. Uma base militar implica infraestrutura e investimentos consideráveis. Afinal de contas, o que temos lá são nossos aviões e módulos temporários, que servem como refeitório e dormitórios. Podemos desmontar tudo e partir em dois dias, meter tudo a bordo dos [aviões de transporte] Antei e ir para casa. Manter uma base é diferente. Muitos creem, inclusive na Rússia, que devemos ter uma base lá. Mas ainda não tenho tanta certeza. Por quê? Meus colegas europeus disseram-me que eu faria bem se alimentasse essas ideias. Perguntei por que, eles disseram: para que você possa controlar as coisas por lá. E por que quereríamos controlar as coisas por lá? Essa é a grande pergunta. Já comprovamos que não temos nenhum míssil de médio alcance. Nós os destruímos todos, porque só tínhamos mísseis de médio alcance com base em terra. Os norte-americanos também destruíram os mísseis deles, Pershing, de médio alcance, com base em terra. Mas conservaram os Tomahawks que se disparam do mar e de aviões. Os russos não temos esse tipo de mísseis, mas agora temos o Kalibr – com alcance de 1.500 km, disparável do mar e de porta-aviões, com um míssil Kh-101 com alcance de 4.500 km. Para que precisamos de base lá?

Caso precisemos alcançar alguém, podemos alcançar mesmo sem base. Tem de fazer algum sentido. Ainda não estou decidido. Temos ainda de pensar mais sobre essa coisa toda. Talvez precisemos de algum tipo de local temporário, mas deitar raízes e nos envolver pesadamente, não faz sentido algum, na minha avaliação. Vamos pensar mais sobre isso.”
Essa resposta pareceu-me sensacional. Alguém aí imagina um presidente dos EUA que tenha pensamento próprio e original sobre alguma coisa e exponha abertamente o que pensa? Putin, sem dúvida alguma, está ‘dialogando’, com sarcasmo, com os chamados ‘especialistas’ que há anos nos diziam o quanto a base em Tartus era essencial para nós, e que agora nos dizem que a base aérea em Khmeimim tem de ser a próxima “base eterna” da Rússia, nem tanto para proteger a Síria, mas para projetar o poder russo.

O caso é que a Rússia não tem nem interesse em, nem desejo por, essa tão dispendiosa projeção de poder: “Caso precisemos alcançar alguém, podemos alcançar mesmo sem base” [ing. “Should we need to reach somebody, we can do so without a base”.].

Essa tradução, por falar dela, está errada. O que Putin realmente disse foi “Если кого-то надо достать, мы и так достанем”. A palavra “dostat’” é traduzida ali por “alcançar”, mas eu traduziria por “pegar” [ing. “get”] no sentido de “se precisarmos pegar alguém [no sentido de “atirar contra alguém”], já podemos [i.e. mesmo sem base)”.[3] Não há dúvidas de que foi ameaça cifrada, mesmo que a tradução oficial não tenha captado e traduzido corretamente (e, sim, um míssil cruzador supersônico ‘invisibilizado’ [ing. stealthy] com alcance de 4.500km capacita a Rússia, sim, para ‘pegar’ quem quiser em todo o planeta, sobretudo se disparado por aeronave com alcance de 12 mil km de voo).

Quando líderes e especialistas ocidentais pressupõem que a Rússia trabalhe para construir bases no exterior, o que fazem é projetar, eles mesmos, a própria forma mentis imperialista. Já disse várias e várias vezes: a Rússia não tem qualquer intenção de vir a ser império, pela suficiente razão de que tornar-se império não é bom para a Rússia.

Tudo que a Rússia quer é ser estado efetivamente soberano, não alguma espécie de colônia dos anglo-sionistas, mas absolutamente não tem qualquer interesse em se converter num “anti-EUA” ou numa “União Soviética, o Retorno”. Hillary que passe a noite em claro, sem dormir de medo de que Putin esteja reconstruindo a URSS, mas, na Rússia, não há nem desejo nem eleitorado para tal projeto.

A Rússia quer ser nação forte e livre, mas não quer converter-se em império.

É impressionante observar o modo como e especialistas ocidentais projetam a própria forma mentis, deles mesmos, como se fosse pensamento de outros; em seguida, põem-se a morrer de medo de que aconteça… Deveras patético.

Na conclusão, só acrescentarei que é bastante provável que o foco mude novamente de volta para a Ucrânia. Não apenas a Ucrânia está a poucas horas de declarar calote oficial, como, também, os ucronazistas estão ameaçando abertamente a Crimeia com, não é piada, “um bloqueio naval”!

Considerando a falta de entusiasmo de EUA e OTAN a favor de Erdogan derrubador de SU-24 russo, duvido muito que alguém no ocidente aprecie muito essa ideia imbecil.

Então, entre o colapso econômico, o caos político, o inverno que está por perto, os nazi-doidos e seus planos alucinados de fazer guerra à Rússia, é bem provável que o próximo assunto volte a ser a Ucrânia ocupada por nazistas.

Duvido que os EUA tenham suficiente ‘capacidade (mental) para processamento de dados’, que os capacite a lidar com as duas crises ao mesmo tempo, não, pelo menos, de modo energético e sustentado. Aí também são boas notícias – o Império está supercomprometido e superdistendido, e esse é tipicamente o único caso em que o Império se interessa por negociar. Em pouco tempo saberemos se meu otimismo cauteloso se justifica, ou não.*****


[1] Não há “Semana” 8, porque o Saker teve um falecimento na família. E não conseguimos traduzir a Semana 6, até agora, por absoluta falta de máquina. As demais análises semanais já estão traduzidas e linkadas acima [NTs].

[3] Valha o que valer, o tradutor Google oferece as seguintes traduções: (fr.) Si quelqu’un a de l’obtenir, et donc nous allons obtenir; (ing.) If someone have to get it, and so we‘ll get; (port.) Se alguém tem que fazê-lo, e assim nós vamos chegar; (esp.) Si alguien tiene que hacerlo, y así nos pondremos en contacto. Todas as correções e comentários são bem-vindos [NTs].

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Um comentário sobre “Semana 11 da intervenção russa na Síria: Será um passo para trás, afastando-se do abismo?

  1. Responder gentil malta dez 24,2015 11:12

    Estamos vivendo uma época extremamente dificil da nossa história. A insanidade dos senhores do mundo, cuja barbarie é o seu padrão pode levar o mundo a destruição total. Ou quem sabe tudo isso pode ser prenuncio de novos tempos, de uma nova era.
    Os russos, acredito tem sido fator preponderante de manutenção de equilibrio.
    Há uma clara demonstração em suas atitudes diplomaticas e objetivas de resolver os conflitos globais e regonais através da inteligencia, bom senso, paciencia e firme determinação.
    Vejo nesses atributos a única maneira de evitar que as marionetes da Casa Branca, guiadas pelos cães loucos “senhores do mundo” leve o nosso belo planeta a destruição total.

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