Os Estados Unidos e uma nova ditadura na Líbia

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Por Beth Monteiro

Khalif Hiftar

Khalif Hiftar

O envio de navio de guerra para a costa da Líbia indica um possível apoio dos EUA ao golpe em curso, liderado pelo general aposentado, Khalif Hiftar.

A implantação é classificada como uma “medida de precaução” devido a anarquia política e confrontos entre milícias rivais, que ganham cada vez mais força no país, o que está obrigando os EUA a evacuarem a sua embaixada na capital líbia,Trípoli.

Washington está profundamente envolvido na guerra civil que está arruinando a Líbia e é quase certo que apoiará o general rebelde, que foi ativo na CIA e está buscando a realização de um golpe de Estado contra o governo dominado por fundamentalistas islâmicos.

General Hiftar, que rompeu com Kaddafi na década de 1980 e se estabeleceu nos EUA, juntou-se aos “rebeldes” apoiados pelos EUA, na guerra de 2011. Ele surge agora como um aspirante a ditador, supostamente recebendo apoio militar e financeiro de aliados regionais dos EUA como a Argélia, o Egito, a Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

O general lançou ataques contra milícias islâmicas em Benghazi e em outros lugares, usando armas de alta potência. Seus alvos incluem Ansar al-Sharia, a milícia jihadista que se aliou com os EUA e a NATO na guerra contra Kaddafi, mas voltou-se contra Washington e desempenhou um papel importante no ataque de 11 de setembro de 2012 ao consulado dos EUA e uma academia de CIA em Benghazi , em que o embaixador dos EUA J. Christopher Stevens e outros três americanos foram mortos.

Apesar dos desmentidos da Casa Banca, a embaixadora dos EUA na Líbia, Deborah Jones, elogiou a tentativa de golpe do general Hiftar :“É muito difícil condenar Hiftar, uma vez que suas forças estão indo atrás de grupos muito específicos da nossa lista de terroristas”,

De acordo com um artigo do New York Times, publicado segunda-feira (26),a administração Obama “aprovou, em uma conta classifica,despesas para estabelecer duas companhias de soldados de elite na Líbia.”

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