O terrorismo e a dialogofobia- o filho da colonização

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A forma de combate ao terrorismo não pode ser o enfraquecimento do diálogo das organizações Internacionais pois criará um caminho de intervenção e o surgimento de um novo colonialismo nas regiões petroliferas.

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Por:Seyed Majid Froughi Arani*

O Presidente da Republica Islâmica do Irã, Hassan Rouhani, no seu discurso na 69º Assembléia Geral da ONU, acusou o Ocidente, com sua estratégia errada, de semear o extremismo no Oriente Médio. O Jornal New York Times, considerou essa abordagem como um certo pedido de processo penal estremecente contra o Ocidente. Alguns jornais, também, destacaram esta frase no seu discurso: “De fato, os órgãos de Inteligências colocaram a faca nas mãos de loucos.”

O Presidente da República Islâmica do Irã também no seu discurso convocou o mundo para o diálogo e cooperação com o intuito de erradicar o terrorismo do Daish (ISIL ), e referiu a ideologia desse grupo como sendo a violência e o  extremismo. Seu discurso continha críticas a sociedade internacional, alegando que o não cumprimento da Resolução WAVE, aprovada pela ONU no ano de 2013, propiciou as condições para crescimento do terrorismo.

O Presidente Hassan Rouhani, na ONU, considerou como objetivo do Daish, a destruição da civilização e a propogação da Islamofobia.

A religião pela sua natureza, prega a moderação e em princípio ela  é baseada na paz, enquanto,  a disseminação da fobia contra uma religião, ao contrário da sua natureza, significa uma propaganda nefasta praticar o terrorismo em nome dessa religião.

Outro objetivo desses grupos terroristas, além da islamofobia, é preparar o terreno para a intervenção estrangeira. Não se pode lutar contra o terrorismo, bombardeando e interferindo nos outros países. A intervenção, especialmente no Oriente Médio e nos países petróliferos, abre o caminho para o novo  colonialismo.

Caso o terrorismo consiga abrir caminho para a interferência estrangeira nos outros países, ele atingiria a um dos  grandes objetivos.

O mecanismo de erradicar o terrorismo passa por contribuição dos  países da região  atraves das suas potencialidades e pelas consultas com as elites. Discordar com o diálogo e a moderação fortalece o extremismo e a violência. Alguns, tentam insinuar como um perigo qualquer diálogo no quadro de  países e  entidades internacionais. Será que os opositores ao diálogo, atráves das barreiras, não estão pregando  a violência, o extremismo e o terrosrismo?  Como o diálogo entre as nações prejudica seus objetivos?

A comunidades internacional que deseja chegar a erradicação do terrorismo pelo caminho do diálogo e da colaboração, deve estar atento que qualquer ato  de violência, extremismo, massacre de crianças, mulheres em qualquer lugar do mundo, aparentemente, será uma manifestação de terrorismo. Como por  exemplo, a massacre dos curdos Iraquianos na cidade Halabche por Sadam Hossein em 1988 (nos anos finais da Guerra do Iraque contra o Irã), que foi reconhecido pela ONU, como genocídio, a ofensiva e a matança da população, das crianças e as mulheres em Gaza (a gravidade dessa ofensiva esta sendo estudada pelas entidades competentes Internacionais), os quais têm objetivos comuns com os atos bárbaros cometidos pelo Daish (ISIL ) no Iraque e na Síria.

A forma de combate ao terrorismo não pode ser o enfraquecimento do diálogo das organizações Internacionais pois criará um caminho de intervenção e o surgimento de um novo colonialismo nas regiões petroliferas.

 

 

*Primeiro Conselheiro

Embaixada da República Islâmica do Irã

 

 

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