Ministra israelense defende bombardeio que matou mulher e filha de líder do Hamas

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Redação Opera Mundilivni-mouth

 

Ataque, ocorrido na noite desta terça-feira à casa de Mohamad al Deif, é mais um capítulo da guerra em Gaza

A ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni, defendeu nesta quarta-feira (20/08) os ataques contra a família do líder do Hamas, Mohamad al Deif, que aconteceram na noite de ontem e mataram a mulher e a filha do palestino. Autoridades israelenses afirmaram que o alvo dos bombardeamento era Deif.

A tentativa de “matar uma pessoa que está envolvida em terrorismo não é só legítima, mas desejável aos meus olhos. Durante todo este tempo, apoiei a morte dos líderes terroristas”, disse Livni.

Mohamad al Deif sobreviveu a uma série de tentativas de assassinato anteriores, que, acredita-se, deixaram o líder com graves sequelas. Testemunhas disseram que um terceiro corpo havia sido retirado do local, mas os médicos confirmaram a morte de apenas duas pessoas.

Na manhã desta quarta (20), outro ataque matou pelo menos setes pessoas, entre elas uma mulher grávida e três crianças. Desde a retomada dos ataques, 11 palestinos foram mortos.

No ano passado, a ministra Tzipi Livni liderou as conversas de paz entre Israel e a ANP (Autoridade Nacional Palestina), entretanto, as negociações fracassaram. “Não se deve negociar com o Hamas. Não acho que se possa conseguir um acordo e não se chegaria a um acordo com eles senão com responsáveis internacionais”, disse.

Autoridades do Hamas declararam que a retomada dos ataques israelenses violou o acordo de cessar-fogo que estava vigente. Fontes palestinas declararam que projéteis de alta potência foram usados durante o bombardeio. Entretanto, de acordo com o Exército israelense, os 60 ataques aéreos realizados são resposta ao disparo de 80 foguetes pelo Hamas.

O ministro do interior de Israel, Gideon Saar, defendeu os ataques e justificou dizendo que Mohammed Deif é “pessoalmente responsável” por dezenas de mortes. Por outro lado, Yaakov Perry, ministro da Ciência e ex-chefe do serviço de segurança israelense, disse estar convencido de que se não houvesse suspeitas de que Deif estava dentro da residência, “nós não a teríamos bombardeado”.

Nas redes sociais, outro líder do grupo islamita, Moussa Abu Marzuk, afirmou que “a mulher e a filha do grande líder são agora mártires”. O Hamas também pediu que a população expressasse grande dor e solidariedade durante o funeral da família de Al Deif.

Desde o acirramento do conflito entre Israel e Palestina, seis semanas atrás, mais de 2.000 palestinos morreram, sendo 75% deles civis. Em Israel, um sistema antimíssil “Iron Dome” impediu o avanço de grande parte dos foguetes lançados pelo Hamas.

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